Gostou do artigo? Compartilhe!

Câncer anal: o que saber sobre ele?

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

Algumas considerações sobre o câncer1 de ânus2

O ânus2 é o esfíncter3 muscular situado na extremidade terminal do intestino grosso4, que controla a saída das fezes para o exterior. Ele é constituído pelo canal anal5 e pelas bordas externas do ânus2. O câncer1 de ânus2 (ou câncer1 anal) é uma patologia6 maligna rara (2 a 4% de todas as neoplasias7 que afetam o intestino grosso4) que acomete o canal ou as bordas externas do ânus2. O canal anal5 (parte interna do ânus2) é a porção que fica situada entre o orifício anal e o anel anorretal. Os tumores podem ser de diferentes tipos histológicos8, mas o carcinoma9 epidermoide é o tipo que ocorre com muito maior frequência (cerca de 98% dos casos). Os tumores do canal anal5 são mais frequentes em mulheres e os das bordas do ânus2 são mais comuns em homens e geralmente ocorrem acima dos 60 anos de idade.

Quais são as causas do câncer1 de ânus2?

Como na maioria dos casos de câncer1, parece não haver um fator único determinante do câncer1 anal. Conhecem-se alguns fatores que parecem favorecer a incidência10 do câncer1 de ânus2, o qual vem aumentando em razão da maior incidência10 de alguns desses fatores. Entre eles contam-se: idade acima dos 50 anos, infecções11 pelos vírus12 HPV e HIV13, tabagismo, imunodepressão, fístula14 anal crônica, hábitos alimentares com baixa ingestão de fibras e prática de sexo anal.

Quais são os principais sinais15 e sintomas16 do câncer1 de ânus2?

Os sinais15 e sintomas16 mais frequentes do câncer1 de ânus2 são: intestino preso ou solto, presença de sangue17 rútilo nas evacuações, caroço na área externa ou interna do ânus2, dor, pressão ou coceira, inchaço18 no ânus2 ou na virilha. Em muitos casos, contudo, o câncer1 de ânus2 pode progredir até certo ponto sem sintomas16 ou apresentar apenas uma sensação de desconforto anal.

Como o médico diagnostica o câncer1 de ânus2?

A suspeita diagnóstica começa com a história clínica e o exame físico e o diagnóstico19 definitivo é dado pelos exames complementares e pela biópsia20. O médico proctologista deve fazer, então, uma detida inspeção21 e o toque retal, anuscopia e retoscopia, ultrassonografia22 endoanal e, por fim, uma biópsia20, que selará o diagnóstico19 e classificará o tumor23.

Como o médico trata o câncer1 de ânus2?

O tratamento compreende a quimioterapia24, a radioterapia25 e a cirurgia. A eleição entre essas três modalidades de tratamento depende da extensão da lesão26 e das condições clínicas do paciente. Tipicamente, é feita a combinação de dois ou três desses procedimentos. Se o problema for abordado no início, o tratamento geralmente leva a bons resultados.

Como evolui o câncer1 de ânus2?

Pode acontecer do câncer1 de ânus2 recidivar. Por isso, o paciente deve fazer exames de controle regularmente, de acordo com as orientações do seu proctologista.

Como prevenir o câncer1 de ânus2?

Use uma dieta com boa ingestão de fibras e pobre em gorduras.

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic e da American Society of Colon and Rectal Surgeons.

ABCMED, 2015. Câncer anal: o que saber sobre ele?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/741547/cancer-anal-o-que-saber-sobre-ele.htm>. Acesso em: 11 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Ânus: Segmento terminal do INTESTINO GROSSO, começando na ampola do RETO e terminando no ânus.
3 Esfíncter: Estrutura muscular que contorna um orifício ou canal natural, permitindo sua abertura ou fechamento, podendo ser constituído de fibras musculares lisas e/ou estriadas.
4 Intestino grosso: O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecum), cólon (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus. Ele tem um papel importante na absorção da água (o que determina a consistência do bolo fecal), de alguns nutrientes e certas vitaminas. Mede cerca de 1,5 m de comprimento.
5 Canal Anal: Segmento terminal do INTESTINO GROSSO, começando na ampola do RETO e terminando no ânus.
6 Patologia: 1. Especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. 2. Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença. 3. Por extensão de sentido, é o desvio em relação ao que é próprio ou adequado ou em relação ao que é considerado como o estado normal de uma coisa inanimada ou imaterial.
7 Neoplasias: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
8 Histológicos: Relativo à histologia, ou seja, relativo à disciplina biomédica que estuda a estrutura microscópica, composição e função dos tecidos vivos.
9 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
10 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
11 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
12 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
13 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
14 Fístula: Comunicação anormal entre dois órgãos ou duas seções de um mesmo órgão entre si ou com a superfície. Possui um conduto de paredes próprias.
15 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
16 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
17 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
18 Inchaço: Inchação, edema.
19 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
20 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
21 Inspeção: 1. Ato ou efeito de inspecionar; exame, vistoria, inspecionamento. 2. Ato ou efeito de fiscalizar; fiscalização, supervisão, observação. 3. Exame feito por inspetor (es).
22 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
23 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
24 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
25 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
26 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.

Comentários

27/07/2017 - Comentário feito por Vilma
Estou confiando em Deus, mas pelo que li, e foi...
Estou confiando em Deus, mas pelo que li, e foi de grande ajuda, preciso de ajuda urgentemente. Pretendo entrar em contato com uma das Doutoras aqui relacionadas. Gostaria de saber como chegar até elas. Eu já desconfiava mas o medo, e o cons-trangimento não me deixaram agir.

  • Entrar
  • Receber conteúdos