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Empiema pleural ou pus na cavidade pleural: o que é isso? Tem jeito de evitar?

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O que é empiema1 pleural?

Empiema1 pleural é uma coleção de pus2 no interior da cavidade pleural3, entre os pulmões4 e a parede do tórax5.

Quais são as causas do empiema1 pleural?

A maioria dos empiemas pleurais surge a partir de uma infecção6 pulmonar pré-existente. A cavidade pleural3 pode ser atingida por via linfática, sanguínea ou de forma direta. Em geral, os estafilococos são os principais agentes envolvidos e as pneumonias são a maior causa de propagação (nesses casos, por via direta). Outra causa comum é a manipulação cirúrgica do tórax5 como nas toracocenteses e drenagens pleurais feitas sem a técnica apropriada.

Os empiemas pleurais habitualmente passam por três fases evolutivas:

  1. Um simples exsudato7 fluido, geralmente estéril.
  2. Segue-se a formação de uma secreção purulenta8, rica em fibrina9.
  3. Finalmente, ocorre a formação de uma membrana envoltória espessa, contendo pus2, que restringe a expansão do pulmão10.

Mais raramente, o empiema1 pode resultar da contaminação do espaço pleural, por infecções11 de outros órgãos que sejam contíguos à pleura12 (esôfago13, parede torácica14, linfonodos15 mediastinais) ou de traumatismos torácicos.

Quais são os principais sinais16 e sintomas17 do empiema1 pleural?

Na fase aguda, os principais sinais16 e sintomas17 do empiema1 pleural são: dor torácica, dispneia18, tosse e quadro toxicêmico geral.

Os empiemas mais crônicos podem apresentar sinais16 inflamatórios locais, com abaulamento19 do hemitórax20 afetado, flutuação e drenagem21 espontânea da coleção purulenta8, seja por fístula22 pleurocutânea (para o exterior do corpo) ou por erosão do parênquima23 pulmonar (para dentro dos pulmões4).

Como o médico diagnostica o empiema1 pleural?

O primeiro passo diagnóstico24 é sugerido por uma história clínica e exame físico detalhados, complementados por uma radiografia de tórax5 (póstero-anterior, perfil e lateral) e uma toracocentese25 (extração do líquido acumulado na cavidade pleural3) para exame do líquido retirado. A ecografia26 torácica ou a tomografia computadorizada27 podem ser usadas complementarmente, em casos de dúvidas.

Como o médico trata o empiema1 pleural?

Em geral o médico inserirá um tubo na caixa torácica do paciente para drenar o líquido existente, usando o ultrassom como guia. Quase sempre usará antibióticos injetáveis, mas por vezes o problema se torna mais difícil e recorrente. Em casos graves, parte do pulmão10 precisa ser ressecada.

Como prevenir o empiema1 pleural?

O tratamento precoce e correto das infecções11 pulmonares pode prevenir muitos casos de empiema1 pleural.

Como evolui o empiema1 pleural?

A maioria das pessoas acometidas se recupera totalmente.

Quando a pneumonia28 se complica com o empiema1, o risco de morte é significativamente maior.

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da National Institutes of Health e da American Society of Clinical Oncology (ASCO).

ABCMED, 2013. Empiema pleural ou pus na cavidade pleural: o que é isso? Tem jeito de evitar?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/349799/empiema-pleural-ou-pus-na-cavidade-pleural-o-que-e-isso-tem-jeito-de-evitar.htm>. Acesso em: 6 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Empiema: Coleção de pus na cavidade pleural.
2 Pus: Secreção amarelada, freqüentemente mal cheirosa, produzida como conseqüência de uma infecção bacteriana e formada por leucócitos em processo de degeneração, plasma, bactérias, proteínas, etc.
3 Cavidade pleural: Cavidade dupla (porém, separada) dentro da CAVIDADE TORÁCICA. Consiste em um espaço entre as PLEURAS visceral e parietal e contém normalmente uma camada capilar de um líquido seroso que lubrifica as superfícies da pleura.
4 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
5 Tórax: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original Sinônimos: Peito; Caixa Torácica
6 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
7 Exsudato: Líquido com alto teor de proteínas séricas e leucócitos, produzido como reação a danos nos tecidos e vasos sanguíneos.
8 Purulenta: Em que há pus ou cheio de pus; infeccionada. Que segrega pus. No sentido figurado, cuja conduta inspira nojo; repugnante, asqueroso, sórdido.
9 Fibrina: Proteína formada no plasma a partir da ação da trombina sobre o fibrinogênio. Ela é o principal componente dos coágulos sanguíneos.
10 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
11 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
12 Pleura: Membrana serosa que recobre internamente a parede torácica e a superfície pulmonar.
13 Esôfago: Segmento muscular membranoso (entre a FARINGE e o ESTÔMAGO), no TRATO GASTRINTESTINAL SUPERIOR.
14 Parede torácica: A parede torácica abrange a caixa torácica óssea, os músculos da caixa torácica e o diafragma. Ela abriga órgãos como o coração, pulmões e á atravessada pelo esôfago no seu trajeto em direção ao abdome.
15 Linfonodos: Gânglios ou nodos linfáticos.
16 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
17 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
18 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
19 Abaulamento: 1. Ato, processo ou efeito de abaular. 2. Convexidade que se dá a diversas superfícies (ruas, estradas, coberturas etc.) para facilitar o escoamento de águas pluviais. 3. Em forma de curva, arqueada ou convexa.
20 Hemitórax: Termo usado para indicar uma das metades (hemisférios) do tórax, esquerdo ou direito.
21 Drenagem: Saída ou retirada de material líquido (sangue, pus, soro), de forma espontânea ou através de um tubo colocado no interior da cavidade afetada (dreno).
22 Fístula: Comunicação anormal entre dois órgãos ou duas seções de um mesmo órgão entre si ou com a superfície. Possui um conduto de paredes próprias.
23 Parênquima: 1. Célula específica de uma glândula ou de um órgão, contida no tecido conjuntivo. 2. Na anatomia botânica, é o tecido vegetal fundamental, que constitui a maior parte da massa dos vegetais, formado por células poliédricas, quase isodiamétricas e com paredes não lignificadas, a partir das quais os outros tecidos se desenvolvem. 3. Na anatomia zoológica, é a substância celular mole que preenche o espaço entre os órgãos.
24 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
25 Toracocentese: Punção da cavidade pleural para drenar um derrame.
26 Ecografia: Ecografia ou ultrassonografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
27 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
28 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
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Comentários

05/05/2014 - Comentário feito por lilian
mim ajudou a fazer meu trabalho de penumo
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