Cálculo renal. Saiba mais.
O que é cálculo1 renal2?
Cálculos renais, litíase3 urinária, litíase3 renal2, nefrolitíase, urolitíase ou, popularmente, pedras nos rins4, são concreções5 (formação de cristais) de sais minerais ou outras substâncias que podem se formar nos rins4 ou na bexiga6 e que podem migrar pelas vias urinárias, causando dor intensa e complicações graves. Eles podem alcançar tamanhos variados, indo desde pequenos grãos até o tamanho do próprio rim7. Na maioria das vezes eles aparecem devido a problemas metabólicos e têm uma elevada taxa de recorrência8.
Cerca de 70 a75% dos cálculos renais são formados por precipitações de cálcio. A urina9 tem uma formação química variável, mas geralmente é uma solução saturada ou supersaturada e, por isso, passível de dar origem a cálculos renais, mediante diversos processos físico-químicos. Uma classe especial de cálculos é aquela constituída por cálculos secundários a infecções10.
Quais as causas do cálculo1 renal2?
Nem sempre é fácil determinar as causas exatas da formação dos cálculos renais. Parece haver um componente genético na formação de um grande número de cálculo1 renal2.
Embora certos alimentos possam promover a formação de cálculos, os cientistas não acreditam que algum tipo de alimento possa causá-los em pessoas não susceptíveis.
Certas infecções10 urinárias, bem como distúrbios renais e metabólicos também estão relacionados à formação de cálculos. Nos lugares de clima quente, a desidratação11 é um importante fator de risco12. Certos diuréticos13, antiácidos14 e outros medicamentos podem aumentar o risco de formação de cálculos pelo aumento de cálcio na urina9. Outras causas de cálculo1 renal2 são gota15, excesso de ingestão de vitamina16 D e obstrução do trato urinário17.
Quais os sintomas18 do cálculo1 renal2?
Se o cálculo1 for muito pequeno, pode passar despercebido e ser eliminado pela urina9 sem causar sintomas18. Cálculos maiores, enquanto estejam albergados pelo parênquima19 renal2 ou pelas vias urinárias, podem também ser assintomáticos, mas se começarem a migrar por elas produzem dor muito intensa.
Essa dor geralmente é de início brusco, localiza-se na região lombar20 alta e irradia para os flancos21, costas22, região pélvica23, grandes lábios (na mulher) e testículos24 (nos homens), quase sempre acompanhada de náuseas25 e vômitos26 e, eventualmente, febre27. Pode ocorrer, também, dor ao urinar ou a presença de sangue28 na urina9.
Como o médico faz o diagnóstico29 do cálculo1 renal2?
Além dos sintomas18 clínicos, os cálculos renais aparecem nas radiografias simples de abdome30, nas ultrassonografias e nas tomografias renais, capazes de fornecer informações sobre o tamanho e a localização dos cálculos. O exame de urina31 quase sempre revelará a presença de sangue28.
Qual o tratamento do cálculo1 renal2?
O tratamento deve ser buscado prontamente, pela possibilidade de ocorrerem complicações sérias.
Em um primeiro momento, consistirá em aliviar a dor por meio de potentes analgésicos32 e relaxantes musculares. Várias medicações vêm sendo tentadas com a intenção de dissolver alguns cálculos, mas os resultados são inseguros e dependem da composição química do cálculo1.
A litotripsia consiste na fragmentação de cálculos renais pela emissão de ondas sonoras de choque33 e a posterior eliminação deles por via urinária. Muito utilizada num passado recente, vem sendo restringida em alguns países devido aos riscos de efeitos colaterais34 indesejáveis no longo prazo (diabetes35, hipertensão36), devido ao efeito das ondas de choque33 sobre o pâncreas37 e os rins4. Há também procedimentos endoscópicos que podem ser tentados em casos específicos. Em alguns casos a cirurgia pode estar indicada.
Como prevenir os cálculos renais?
- Quem já teve um cálculo1 renal2 sempre estará susceptível à formação de novos cálculos. Daí a importância de medidas de prevenção. Pacientes com grande tendência à recorrência8 de cálculos renais devem proceder a uma análise metabólica na tentativa de determinar as possíveis causas dessa formação de cálculos e, se possível, evitá-las.
- Ingerir no mínimo de 2 a 3 litros de líquido por dia, preferencialmente água.
- Pessoas com cálculos formados por oxalato de cálcio devem restringir o uso de certos alimentos como chocolates, café, refrigerantes do tipo cola, nozes, beterraba, espinafre, morango e chá.
- Manter a urina9 asséptica (livre de bactérias) tanto quanto possível. Para tal, devem ser realizados exames regulares de urina9.
- Medicamentos específicos para prevenir a recorrência8 dos cálculos podem ser utilizados em alguns casos.
- A prevenção de novos cálculos deve ser feita pelo resto da vida.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Mayo Clinic, National Kidney Foundation e National Health Service (NHS) do Reino Unido.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.