Tuberculose pulmonar. Você conhece?
O que é tuberculose1 pulmonar?
A tuberculose1 pulmonar é uma infecção2 que atinge os pulmões3, causada pelo Bacilo4 de Koch, nome dado ao Mycobactrerium tuberculosis em homenagem ao microbiologista alemão Heinrich Hermann Robert Koch que, em 1882, o ligou à tuberculose1. Trata-se de uma das infecções5 humanas conhecidas há mais longo tempo.
Embora a forma pulmonar seja a mais espalhada, a infecção2 pode também atacar os rins6, os intestinos7, o sistema nervoso8, os ossos, as articulações9, os gânglios10, os ovários11, etc., sem afetar os pulmões3, não havendo praticamente setor orgânico que esteja livre dela. Quando atinge as meninges12 cérebro13-espinhais causa uma forma grave, conhecida como “meningite tuberculosa”. A infecção2 é dita miliar quando se espalha através do sangue14 para vários órgãos e partes do organismo.
A difusão da bactéria15 causadora depende muito das condições de vida das pessoas, sendo muito influenciada pelo nível de aglomerações, habitação, trabalho e alimentação.
Depois de uma fase de declínio, que se seguiu à descoberta dos antibióticos, a incidência16 da tuberculose1 está novamente em alta, talvez devido à resistência a esses medicamentos.
Quais as causas da tuberculose1 pulmonar?
A transmissão da tuberculose1 pulmonar se dá de pessoa a pessoa. Contrai-se a enfermidade pela inalação do Bacilo4 de Koch expelido pelo doente quando fala, tosse ou espirra, mas a difusão dele é muito facilitada por certas condições pessoais e sociais como:
- Debilitação do organismo.
- Desnutrição17.
- Tabagismo.
- Alcoolismo.
- Aglomerações.
- Más condições de higiene.
Apenas a pessoa com tuberculose1 ativa transmite o bacilo4 e não as que têm a doença em forma latente. A contaminação é muito frequente, mas na maioria das vezes o sistema imunológico18 é capaz de deter a proliferação do bacilo4. É, pois, uma infecção2 mais comum em presídios, em asilos, em favelas ou em outras populações que vivam em condições desfavoráveis de vida.
Quais os sintomas19 da tuberculose1 pulmonar?
Os sintomas19 mais comuns da tuberculose1 pulmonar são tosse, habitualmente seca de início e posteriormente com escarros, febre20 baixa ou moderada (mais comum ao entardecer), sudorese21 noturna, perda do apetite, emagrecimento, palidez, fraqueza, sensação de cansaço e dores musculares. Nos casos mais evoluídos pode ocorrer dificuldade de respiração, eliminação de sangue14 no escarro e acúmulo de pus22 na pleura23. Os sinais24 de debilidade orgânica são tão evidentes que até recentemente esses pacientes eram popularmente considerados como “fracos do pulmão”.
Como se faz o diagnóstico25 da tuberculose1 pulmonar?
Em princípio, a suspeita de tuberculose1 pulmonar é feita com base numa história e exame clínicos e numa radiografia de tórax26 que se mostre compatível com a doença. O teste de Mantoux também pode levantar suspeitas. Ele consiste em injetar-se tuberculina por via subcutânea27. Se dentro de 72 a 96 horas houver uma grande reação local, isso indica que há uma infecção2 ativa ou uma hipersensibilidade pela vacinação prévia com BCG28 feita na infância.
O diagnóstico25 de confirmação pode vir através da coleta de secreção do pulmão29, do aspirado gástrico ou da fibrobroncoscopia, quando não há expectoração30, em que seja encontrado o Mycobacterium tuberculosis. A biópsia31 pulmonar através de cirurgia pode ser necessária em alguns raros casos. Há outros métodos ainda mais especializados, em geral de manejo exclusivo dos especialistas.
Qual o tratamento da tuberculose1 pulmonar?
Atualmente o tratamento com antibióticos é plenamente eficaz e deve ser feito em ambulatórios ou consultórios, mas deve durar seis meses, no mínimo.
O abandono precoce do tratamento é a principal causa de insucesso e por isso deve ser acompanhado durante todo o tempo por uma equipe de saúde32. O Ministério da Saúde32 recomenda que a internação (em hospital geral) só seja feita em casos onde haja um estado geral muito ruim, complicações graves da doença ou necessidade de cirurgia.
Como prevenir a tuberculose1 pulmonar?
As crianças pequenas devem ser imunizadas com a vacinação pelo BCG28 ainda na maternidade. A vacina33 utilizada em todo o Brasil, previne contra as formas sistêmicas e graves da tuberculose1 (ou seja, contra a meningite34 tuberculosa e a tuberculose1 miliar), com eficácia de quase 100%. Já contra a tuberculose1 pulmonar isolada, seu índice de proteção é bem menor, cerca de 30%.
Os adultos devem evitar aglomerações, sobretudo em lugares fechados e não usar objetos ou vasilhas de pessoas contaminadas.
Houve um tempo em que se procurava isolar os pacientes tuberculosos em sanatórios específicos com a finalidade de afastá-los do convívio com as pessoas sadias. Hoje em dia, com a progressão das terapêuticas, isso não é mais necessário.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.