Demência frontotemporal
O que é a demência1?
Em medicina, a palavra demência1 é empregada para definir quadros que se caracterizam por deficiência cognitiva2 persistente e progressiva. Essa deficiência acaba por interferir nas atividades rotineiras do indivíduo, embora ele demore ou não chegue a perder inteiramente a consciência do mundo que o cerca. Ela se caracteriza por um declínio progressivo da capacidade intelectual do indivíduo e perda da capacidade de memorizar e resolver os problemas do dia a dia, o que interfere em seus relacionamentos e atividades sociais e profissionais.
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O que é demência1 frontotemporal?
A demência1 frontotemporal é o nome dado ao tipo de demência1 que ocorre em razão da degeneração3 de um ou de ambos os lobos4 frontais e temporais do cérebro5.
Quais são as causas da demência1 frontotemporal?
Cerca de metade das pessoas cometidas pela demência1 frontotemporal tem história familiar da doença. Aqueles que a herdam parecem ter uma mutação6 em um gene do cromossoma 17.
Qual é o mecanismo fisiológico7 da demência1 frontotemporal?
Os lobos4 frontais (esquerdo e direito) regulam o humor, o comportamento, o julgamento e o autocontrole. A existência de lesões8 nestes lobos4 leva a alterações da personalidade e comportamento, modificação da forma como a pessoa se sente e expressa as emoções e, também, à perda da capacidade de julgamento.
Os lobos4 temporais (esquerdo e direito) estão envolvidos na organização dos inputs sensoriais como, por exemplo, aquilo que se ouve ou vê. A existência de lesões8 nestes lobos4 pode levar à dificuldade de encontrar correspondência entre palavras e imagens.
A demência1 frontotemporal é o subtipo mais comum das demências e é sobretudo uma perturbação do comportamento.
Quais são as principais características clínicas da demência1 frontotemporal?
As pessoas com demência1 frontotemporal podem perder toda crítica e se tornarem exageradamente desinibidas, deixando de lado todo o acanhamento e se tornando aéticas. Os sintomas9 iniciais podem afetar o comportamento e, algumas vezes, a linguagem, tornando as pessoas “diferentes” do que sempre foram. Elas podem manifestar alterações inusitadas do seu caráter e comportamento demonstrando, por exemplo, insensibilidade e/ou comportamentos obsessivos.
No início da doença, frequentemente ocorrem problemas de linguagem e podem variar de um linguajar depravado à total perda da linguagem. Outros sintomas9 comuns da demência1 frontotemporal são repetir as mesmas frases inúmeras vezes, ecoar aquilo que os outros dizem e não conseguir encontrar a palavra certa para nomear um objeto.
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Como o médico diagnostica a demência1 frontotemporal?
O médico baseia o diagnóstico10 nos sintomas9, nos resultados do exame neurológico e utiliza exames de sangue11 para identificar a lesão12 cerebral. A demência1 frontotemporal pode ser diagnosticada também por imagiologia cerebral, eletroencefalograma e testes neuropsicológicos. Estes testes podem ajudar a determinar se a demência1 é de tipo frontotemporal ou se é de outro tipo. O diagnóstico10 só pode ser confirmado após a morte, pelo exame histológico13 do tecido14 cerebral.
Como o médico trata a demência1 frontotemporal?
Ainda não existe cura ou tratamento disponível para a demência1 frontotemporal. No entanto, os sintomas9 secundários, como a depressão, por exemplo, podem ser aliviados pela medicação. Em vez de tentar modificar o comportamento da pessoa afetada por este tipo de demência1, os cuidadores devem encarar as atitudes da pessoa como sendo consequências de uma patologia15 e procurar desenvolver as suas próprias estratégias para lidar com a pessoa doente, tal como evitar a confrontação e arranjar formas de contornar as obsessões.
Como evolui a demência1 frontotemporal?
A demência1 frontotemporal provoca uma deterioração mental progressiva e inevitável. A expectativa de vida16 a partir do início da doença é, em média, de 6 a 12 anos. A morte ocorre, normalmente, devido a uma infecção17.
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As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.