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Estou perdendo peso. Por que será?

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Estou perdendo peso...

Se você está perdendo peso intencionalmente porque está fazendo uma dieta, se dedicando a mais exercícios físicos ou até mesmo tomando remédios com esta finalidade, a resposta é óbvia. Se, por outro lado, a perda de peso é involuntária1 e de causa desconhecida, ela merece ser investigada. A princípio você pode nem notar que está perdendo peso e a observação inicial pode partir de outras pessoas. Mas pode ser que você mesmo esteja percebendo o fato, seja porque suas roupas estejam ficando mais folgadas, seja porque o espelho ou a balança estejam lhe mostrando evidências desse emagrecimento.

A perda involuntária1 de peso pode ocorrer após uma perda de apetite devido a causas emocionais ou físicas ou mesmo se você está consumindo a mesma quantidade de calorias2 que de costume. Seja como for, ela deve ser motivo de preocupação e investigação.

Saiba como está seu peso: "Cálculo3 do Índice de Massa Corporal4". Veja também sobre "Calorias2".

Por que será?

A perda de peso involuntária1 pode ser extremamente perturbadora, especialmente quando você perde uma quantidade significativa de peso, sem saber o porquê. No entanto, mesmo podendo ser um sinal5 de doença grave, ela também pode ser algo bem simples, como a diminuição do apetite em resposta a uma situação estressante.

A perda de peso não intencional é mais prevalente em pessoas com condições médicas pré-existentes. Frequentemente ela é o resultado de uma condição médica crônica subjacente. Algumas pessoas que mostram este sintoma6 sofrem de doenças crônicas, chamadas às vezes de doenças consumptivas, incluindo, entre outras, o câncer7, a AIDS e a depressão. No entanto, doenças de curto prazo, como a gripe8 ou o resfriado comum também podem levar à diminuição do peso.

As causas mais simples e mais comuns de perda de peso não intencional incluem depressão, diarreia9, úlceras10 orais e infecções11 virais. Outras causas mais sérias e menos comuns incluem o câncer7, o hipertireoidismo12, infecções11 abdominais, gastroenterite13, demência14, doença celíaca e AIDS.

A perda de peso também pode ser o resultado de um transtorno alimentar, como a anorexia15 mental ou bulimia16, por exemplo.

Leia sobre "Anorexia15 mental", "Bulimia16 nervosa", "Estresse", "Depressão" e "Como lidar com o estresse".

Quais são as principais características clínicas da perda de peso?

As consequências da perda de peso variam muito, dependendo do que a causou. Você pode notar que as roupas estão mais folgadas em seu corpo ou notar alguma mudança em sua aparência ou na forma de seu rosto. Algumas pessoas não se dão conta de estarem perdendo peso até que subam em uma balança.

As perdas de peso devidas a uma doença subjacente ocorrem juntamente com outros sinas e sintomas17, como febre18, perda de apetite, desconforto ou dor abdominal, diarreia9 ou constipação19 intestinal.

Certos medicamentos podem causar perda de peso, alguns tendo isso por objetivo, outros como efeito colateral20 indesejado. Quando a perda de peso se deve a um estresse emocional, a pessoa retorna ao peso normal quando o tenha ultrapassado. Aconselhamento e apoio psicológicos podem ser necessários para ajudar a chegar a esta fase de reequilíbrio.

Quando devida a uma doença, a recuperação ou não do peso depende da evolução da causa e das medidas adotadas no tratamento.

Saiba mais sobre "Controle do apetite", "Dor abdominal", "Diarreia9" e "Psicoterapias".

Como evolui a perda de peso?

Algumas pessoas perdem peso com muita celeridade; outras, mais lentamente. Isso se deve, em parte, à natureza das condições subjacentes e ao metabolismo21 de cada indivíduo.

A perda de peso por períodos muito prolongados pode levar à desnutrição22, quando não se está consumindo uma quantidade adequada de nutrientes. Geralmente ela se faz acompanhar de anemia23, com deficiência de ferro e de vitamina24 B. Em casos graves, como na anorexia15 mental, a perda de peso pode ter repercussões fisiológicas25 intensas e mesmo letais.

Quando a perda de peso é conseguida voluntariamente, em esforços para emagrecer, ela é recebida com comemoração e euforia.

Veja mais sobre "Desnutrição22", "Anemias", e "Anemia ferropriva26".

 

ABCMED, 2016. Estou perdendo peso. Por que será?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1283423/estou-perdendo-peso-por-que-sera.htm>. Acesso em: 19 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Involuntária: 1.    Que se realiza sem intervenção da vontade ou que foge ao controle desta, automática, inconsciente, espontânea. 2.    Que se encontra em uma dada situação sem o desejar, forçada, obrigada.
2 Calorias: Dizemos que um alimento tem “x“ calorias, para nos referirmos à quantidade de energia que ele pode fornecer ao organismo, ou seja, à energia que será utilizada para o corpo realizar suas funções de respiração, digestão, prática de atividades físicas, etc.
3 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
4 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
5 Sinal: 1. É uma alteração percebida ou medida por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida. 2. Som ou gesto que indica algo, indício. 3. Dinheiro que se dá para garantir um contrato.
6 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
7 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
8 Gripe: Doença viral adquirida através do contágio interpessoal que se caracteriza por faringite, febre, dores musculares generalizadas, náuseas, etc. Sua duração é de aproximadamente cinco a sete dias e tem uma maior incidência nos meses frios. Em geral desaparece naturalmente sem tratamento, apenas com medidas de controle geral (repouso relativo, ingestão de líquidos, etc.). Os antibióticos não funcionam na gripe e não devem ser utilizados de rotina.
9 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
10 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
11 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
12 Hipertireoidismo: Doença caracterizada por um aumento anormal da atividade dos hormônios tireoidianos. Pode ser produzido pela administração externa de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo iatrogênico) ou pelo aumento de uma produção destes nas glândulas tireóideas. Seus sintomas, entre outros, são taquicardia, tremores finos, perda de peso, hiperatividade, exoftalmia.
13 Gastroenterite: Inflamação do estômago e intestino delgado caracterizada por náuseas, vômitos, diarréia e dores abdominais. É produzida pela ingestão de vírus, bactérias ou suas toxinas, ou agressão da mucosa intestinal por diversos mecanismos.
14 Demência: Deterioração irreversível e crônica das funções intelectuais de uma pessoa.
15 Anorexia: Perda do apetite ou do desejo de ingerir alimentos.
16 Bulimia: Ingestão compulsiva de alimentos, em geral seguida de indução do vômito ou uso abusivo de laxantes. Trata-se de uma doença psiquiátrica, que faz parte dos chamados Transtornos Alimentares, juntamente com a Anorexia Nervosa, à qual pode estar associada.
17 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
18 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
19 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
20 Efeito colateral: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
21 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
22 Desnutrição: Estado carencial produzido por ingestão insuficiente de calorias, proteínas ou ambos. Manifesta-se por distúrbios do desenvolvimento (na infância), atrofia de tecidos músculo-esqueléticos e caquexia.
23 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
24 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
25 Fisiológicas: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
26 Anemia Ferropriva: Anemia por deficiência de ferro. É o tipo mais comum de anemia. Há redução da quantidade total de ferro corporal até a exaustão das reservas de ferro. O fornecimento de ferro é insuficiente para atingir as necessidades de diferentes tecidos, incluindo as necessidades para a formação de hemoglobina e dos glóbulos vermelhos.
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