Atalho: 6G4I0N3
Gostou do artigo? Compartilhe!

Anorexia mental. O que é? Quais são as causas?

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é anorexia1 mental?

A anorexia1 mental é um tipo de desordem alimentar de natureza psicológica que implica numa severa restrição de alimentos com a justificativa irracional de emagrecer, mesmo numa pessoa já anormalmente magra. Às vezes se associam outras providências com a mesma finalidade irrazoável: provocar vômitos2, exagerar em exercícios, tomar pílulas para reduzir o apetite, usar diuréticos3, laxantes4 ou enemas5.

A pessoa que sofre de anorexia1 mental tem um distúrbio da imagem corporal e embora muito emagrecida, crê-se gorda. A questão do emagrecimento se torna uma obsessão invencível e pode conduzir à privação de alimentos e até mesmo à morte.

Quais são as causas da anorexia1 mental?

Até o momento, nenhuma causa definitiva foi determinada para anorexia1 mental. Alguns estudos sugerem uma participação genética hereditária. Outros estudos apontam a possibilidade de uma disfunção hipotalâmica ou nos neurotransmissores cerebrais. Problemas alimentares na infância precoce e depressões da mãe parecem aumentar o risco. Excesso de sentimentos negativos, exigências muito pesadas sobre as crianças, perfeccionismo exagerado ou crianças que tenham sofrido abusos, são fatores que também parecem contribuir. Outras razões, de diversas ordens, parecem estar implicadas na eclosão da anorexia1 mental. Quase sempre (cerca de 95% dos casos) a pessoa afetada é uma adolescente ou uma mulher jovem, mas também pode ocorrer em crianças, em adultos e no sexo masculino. Os caucasianos são mais afetados que pessoas de outras raças, a condição incide mais nas classes econômicas superiores que nas outras e nas pessoas para quem o peso corporal é uma questão essencial, como modelos, atletas, dançarinos, etc.

Quais são os sinais6 e sintomas7 da anorexia1 mental?

Os principais sinais6 e sintomas7 da anorexia1 mental são um intenso medo de ganhar peso, contra todas as evidências em contrário, provocação de vômitos2 após alimentar-se, emagrecimento extremo e desnutrição8 (e suas complicações), imagem corporal distorcida, desconhecimento da gravidade do problema, amenorreia9. As unhas10 e os cabelos ficam frágeis e a pele11 torna-se seca e amarelada e pode desenvolver lanugos (finos fios de cabelo12, como dos recém-nascidos). A pessoa chega a pesos incrivelmente baixos.

Como o médico diagnostica a anorexia1 mental?

A história clínica e o exame físico são elementos suficientes para o diagnóstico13 da anorexia1 mental. Exames específicos podem ser necessários para avaliar as complicações orgânicas ocasionadas por ela.

Como é o tratamento da anorexia1 mental?

O tratamento da anorexia1 mental consiste em certas formas de psicoterapia e em alguns remédios psiquiátricos, mas estes devem ser prescritos com cuidado, porque muitos deles têm efeito direto sobre o apetite.

Como evolui a anorexia1 mental?

Algumas anorexias mentais tendem a ser de curta duração, enquanto outras podem ser crônicas. Cerca de metade delas se cura completamente. Da outra metade, parte se torna crônica e parte se alterna com outros distúrbios alimentares.

A desnutrição8 causada pela anorexia1 mental pode afetar órgãos vitais como coração14, rins15 e cérebro16. A frequência cardíaca e a pressão arterial17 abaixam e podem ocorrer distúrbios hidroeletrolíticos. As complicações causadas pela privação de alimentos são reversíveis tão logo haja um ganho significativo de peso.

A anorexia nervosa18 apresenta uma alta taxa de mortalidade19 devido aos suicídios associados ou às complicações da desnutrição8.

ABCMED, 2012. Anorexia mental. O que é? Quais são as causas?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/psicologia-e-psiquiatria/298480/anorexia-mental-o-que-e-quais-sao-as-causas.htm>. Acesso em: 18 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Anorexia: Perda do apetite ou do desejo de ingerir alimentos.
2 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
3 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
4 Laxantes: Medicamentos que tratam da constipação intestinal; purgantes, purgativos, solutivos.
5 Enemas: Introdução de substâncias líquidas ou semilíquidas através do esfíncter anal, com o objetivo de induzir a defecação ou administrar medicamentos.
6 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
7 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Desnutrição: Estado carencial produzido por ingestão insuficiente de calorias, proteínas ou ambos. Manifesta-se por distúrbios do desenvolvimento (na infância), atrofia de tecidos músculo-esqueléticos e caquexia.
9 Amenorréia: É a ausência de menstruação pelo período equivalente a 3 ciclos menstruais ou 6 meses (o que ocorrer primeiro). Para períodos inferiores, utiliza-se o termo atraso menstrual.
10 Unhas: São anexos cutâneos formados por células corneificadas (queratina) que formam lâminas de consistência endurecida. Esta consistência dura, confere proteção à extremidade dos dedos das mãos e dos pés. As unhas têm também função estética. Apresentam crescimento contínuo e recebem estímulos hormonais e nutricionais diversos.
11 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
12 Cabelo: Estrutura filamentosa formada por uma haste que se projeta para a superfície da PELE a partir de uma raiz (mais macia que a haste) e se aloja na cavidade de um FOLÍCULO PILOSO. É encontrado em muitas áreas do corpo.
13 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
14 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
15 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
16 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
17 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
18 Anorexia nervosa: Distúrbio alimentar caracterizado por uma alteração da imagem corporal associado à anorexia.
19 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.