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Conjuntivite. O que é? Como evitar?

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O que é conjuntivite1?

Conjuntivite1 é uma inflamação2 da membrana transparente e fina que reveste o branco dos olhos3 e o interior das pálpebras4 (conjuntiva5). Pode atacar um só ou ambos os olhos3 ao mesmo tempo e durar de três a quinze dias. Normalmente, cura sem deixar sequelas6.

Ela pode ser causada por fatores alérgicos, irritativos ou infecciosos e cada um deles necessita de um tratamento específico. A conjuntivite1 alérgica ocorre nas pessoas que sofrem de outras alergias como rinite7 ou bronquite. A conjuntivite1 irritativa pode dar-se pelo contato direto dos olhos3 com alguma substância irritante (fumaça, produtos de limpeza, poluentes industriais, etc.). A conjuntivite1 infecciosa é transmitida por vírus8, fungos ou bactérias. Quando infecciosa, ela é altamente contagiante, sendo comuns casos simultâneos em uma mesma residência, colégio ou local de trabalho.

Em 2011, um grande surto de conjuntivite1 na cidade de São Paulo registrou quase 120 mil casos só no primeiro trimestre.

Como a conjuntivite1 é transmitida?

Evidentemente, só as conjuntivites9 infecciosas são contagiosas. Elas são transmitidas por vírus8, fungos ou bactérias e pode-se pegá-las por contato. O estar em companhia de pessoas infectadas, em ambientes fechados, o uso comum de objetos, o contato direto com pessoas contaminadas ou mesmo a água da piscina são fatores que favorecem a contração da conjuntivite1 infecciosa.

As conjuntivites9 alérgicas ou irritativas dependem de contatos com alérgenos10 ou fatores irritativos, respectivamente.

Quais são os sintomas11 das conjuntivites9?

O olho12 torna-se avermelhado, edematoso, lacrimejante, pruriginoso - às vezes com secreção - e a pessoa tem a sensação de que há um corpo estranho no olho12.

As conjuntivites9 alérgicas e irritativas geralmente afetam os dois olhos3 ao mesmo tempo. As irritativas são episódicas e as alérgicas têm períodos de melhorias e reincidências. Ela é benigna por não envolver a córnea13 e ocorre geralmente em regiões ou épocas mais frias. A conjuntivite1 por infecção14 geralmente começa por um dos olhos3 podendo, subsequentemente, afetar também o outro. Nas infecções15 bacterianas há secreção purulenta16 que se acumula no canto dos olhos3.

Como o médico diagnostica as conjuntivites9?

O diagnóstico17 das conjuntivites9 e a determinação de seu tipo são realizados pelas características clínicas. A presença ou não de secreção e seu aspecto são fatores que indicam o tipo das conjuntivites9. Nas que ocorrem por alergia18 ou irritação, a secreção tende a ser clara. Na conjuntivite1 viral, há mais lacrimejamento do que secreção. No caso de conjuntivite1 bacteriana, a secreção geralmente é purulenta16 e acumula no canto dos olhos3.

Como tratar a conjuntivite1?

Consulte um oftalmologista19 antes de usar qualquer colírio20 nos olhos3.

As conjuntivites9 bacterianas devem ser tratadas com antibióticos tópicos de amplo espectro.

Para as conjuntivites9 virais, o tratamento consiste na utilização de compressas frias, vasoconstritores tópicos e lágrimas artificiais.

As conjuntivites9 alérgicas devem ser tratadas com anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos21. Deve-se evitar o contato com os alérgenos10 ou fatores irritativos.

Quais as medidas que podem ser adotadas para evitar a propagação das conjuntivites9?

Para evitar as conjuntivites9 deve-se:

  • Lavar frequentemente as mãos22.
  • Evitar as aglomerações.
  • Não frequentar piscinas ou praias.
  • Não coçar os olhos3.
  • Trocar com frequência as toalhas e os sabonetes ou usar toalhas de papel.
  • Trocar diariamente as fronhas dos travesseiros.
  • Não compartilhar o uso de instrumentos ou maquiagem.
  • Evitar o contato direto com outras pessoas contaminadas.
  • Não ficar em ambientes onde haja bebês23 e não colocá-los muito próximos ao amamentar.

Alguns outros cuidados devem ser observados: não usar lentes de contato, evitar banhos de sol e luz direta nos olhos3. Isso pode aumentar a dor nos olhos3.

Quais os cuidados a serem tomados se eu estiver com conjuntivite1?

  • Não usar lentes de contato.
  • Não frequentar aglomerações, nem piscinas ou praias.
  • Evitar a luminosidade intensa, pois essa pode fazer com que o olho12 contaminado venha a doer mais.
  • A água boricada não deve ser usada.
ABCMED, 2012. Conjuntivite. O que é? Como evitar?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-dos-olhos/260520/conjuntivite-o-que-e-como-evitar.htm>. Acesso em: 23 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Conjuntivite: Inflamação da conjuntiva ocular. Pode ser produzida por alergias, infecções virais, bacterianas, etc. Produz vermelhidão ocular, aumento da secreção e ardor.
2 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
3 Olhos:
4 Pálpebras:
5 Conjuntiva: Membrana mucosa que reveste a superfície posterior das pálpebras e a superfície pericorneal anterior do globo ocular.
6 Sequelas: 1. Na medicina, é a anomalia consequente a uma moléstia, da qual deriva direta ou indiretamente. 2. Ato ou efeito de seguir. 3. Grupo de pessoas que seguem o interesse de alguém; bando. 4. Efeito de uma causa; consequência, resultado. 5. Ato ou efeito de dar seguimento a algo que foi iniciado; sequência, continuação. 6. Sequência ou cadeia de fatos, coisas, objetos; série, sucessão. 7. Possibilidade de acompanhar a coisa onerada nas mãos de qualquer detentor e exercer sobre ela as prerrogativas de seu direito.
7 Rinite: Inflamação da mucosa nasal, produzida por uma infecção viral ou reação alérgica. Manifesta-se por secreção aquosa e obstrução das fossas nasais.
8 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
9 Conjuntivites: Inflamações da conjuntiva ocular. Podem ser produzidas por alergias, infecções virais, bacterianas, etc. Produzem vermelhidão ocular, aumento da secreção e ardor.
10 Alérgenos: Substância capaz de provocar reação alérgica em certos indivíduos.
11 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
12 Olho: s. m. (fr. oeil; ing. eye). Órgão da visão, constituído pelo globo ocular (V. este termo) e pelos diversos meios que este encerra. Está situado na órbita e ligado ao cérebro pelo nervo óptico. V. ocular, oftalm-. Sinônimos: Olhos
13 Córnea: Membrana fibrosa e transparente presa à esclera, constituindo a parte anterior do olho.
14 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
15 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
16 Purulenta: Em que há pus ou cheio de pus; infeccionada. Que segrega pus. No sentido figurado, cuja conduta inspira nojo; repugnante, asqueroso, sórdido.
17 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
18 Alergia: Reação inflamatória anormal, perante substâncias (alérgenos) que habitualmente não deveriam produzi-la. Entre estas substâncias encontram-se poeiras ambientais, medicamentos, alimentos etc.
19 Oftalmologista: Médico especializado em diagnosticar e tratar as doenças que acometem os olhos. Podem prescrever óculos de grau e lentes de contato.
20 Colírio: Preparação farmacológica líquida na qual se encontram dissolvidas diferentes drogas que atuam na conjuntiva ocular.
21 Mastócitos: Células granulares que são encontradas em quase todos os tecidos, muito abundantes na pele e no trato gastrointestinal. Como os BASÓFILOS, os mastócitos contêm grandes quantidades de HISTAMINA e HEPARINA. Ao contrário dos basófilos, os mastócitos permanecem normalmente nos tecidos e não circulam no sangue. Os mastócitos, provenientes das células-tronco da medula óssea, são regulados pelo FATOR DE CÉLULA-TRONCO.
22 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
23 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
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