Incontinência fecal: definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução e prevenção
O que é incontinência fecal1?
A incontinência fecal1 é a perda involuntária2 de gases ou fezes por uma dificuldade de controlar voluntariamente a eliminação deles. Ela pode variar de um vazamento ocasional de fezes até a perda total do controle sobre os movimentos de exoneração3 intestinais.
Quais são as causas da incontinência fecal1?
O canal anal4 é constituído por um esfíncter5 interno e outro externo e é enervado pelo nervo pudendo, fundamental para o funcionamento de toda a musculatura que controla o esfíncter anal6. Qualquer alteração anatômica ocorrida nessa região pode levar à incontinência fecal1. A incontinência fecal1 pode ser congênita7 ou adquirida. As causas adquiridas são ligadas a enfermidades, traumas, fístulas8 ou cirurgias na região anal ou no períneo9. Algumas enfermidades sistêmicas, como acidentes vasculares10 cerebrais, diabetes mellitus11, esclerose múltipla12 etc., também podem causar incontinência fecal1. Nas pessoas idosas costuma ocorrer redução no número de células13 do períneo9 e fechamento insuficiente do canal anal4, causando incontinência fecal1. Acima dos 70 anos, ela se manifesta igualmente nos dois sexos, mas nas pessoas mais novas ela predomina nas mulheres, porque o trabalho de parto pode provocar uma degeneração14 parcial do nervo pudendo. E também porque a prisão de ventre, outra causa importante de incontinência fecal1, é mais comum no sexo feminino. Em alguns doentes, a diarreia15 pode provocar uma necessidade imperiosa de defecar, incapaz de ser controlada pelos músculos16 anais.
Quais são os principais sinais17 e sintomas18 da incontinência fecal1?
Mais comumente se perdem involuntariamente gases intestinais ou fezes liquefeitas, mas também se pode perder fezes sólidas.
Como o médico diagnostica a incontinência fecal1?
O diagnóstico19 das causas da incontinência fecal1 pode ser feito por meio do exame proctológico20 e da retossigmoidoscopia21. Enquanto o primeiro permite examinar o ânus22, o segundo serve para visualizar a parte interna das porções mais baixas do intestino grosso23. Para um diagnóstico19 mais minucioso da incontinência fecal1 podem ser necessários exames como a eletromanometria e a miografia24 do nervo pudendo. O diagnóstico19 da enfermidade de base, quando é o caso, necessita exames específicos.
Como o médico trata a incontinência fecal1?
O tratamento da incontinência fecal1 pode ser clínico ou cirúrgico. Clinicamente, o tratamento é feito por meio de dietas e medicamentos específicos. As pomadas que melhoram a sensibilidade anal podem ajudar.
O biofeedback é um treinamento que permite ao paciente reconhecer o nível de contração necessário para fechar o ânus22, trabalhando a musculatura dessa região. A cirurgia é indicada quando se exige a implantação de um esfíncter anal6 artificial. Nos casos de enfermidades sistêmicas, elas devem igualmente ser diagnosticadas e tratadas.
Como evolui a incontinência fecal1?
A primeira manifestação clínica da incontinência fecal1 é a perda da capacidade de segurar gases intestinais, sendo seguida pelo fato de que o indivíduo não consegue mais conter uma diarreia15 e, posteriormente, as fezes sólidas.
Como prevenir a incontinência fecal1?
A única maneira de prevenir a incontinência fecal1 é evitar as condições que a causam. Um episódio inesperado e indesejado, no entanto, pode ser evitado ou postergado realizando uma ligeira lavagem intestinal antes de sair de casa, pois assim a pessoa esvazia o reto25.
Procure ajuda médica para auxiliá-lo a resolver esta condição.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.