Fimose: como é? O que deve ser feito?
O que é fimose1?
Fala-se em fimose1 quando o prepúcio2 (uma dobra de pele3 e membrana mucosa4 retrátil que cobre a extremidade do pênis5) não pode ser completamente retraído para expor totalmente a glande (”cabeça” do pênis5). O prepúcio2 normal geralmente recobre a glande quando o pênis5 está flácido e se retrai quando ele está ereto6, deixando a glande à mostra. A dificuldade em expor a glande ocorre quando o prepúcio2 possui uma abertura muito pequena para a passagem da glande.
No bebê, existe naturalmente uma aderência do prepúcio2 à glande (fimose1 fisiológica7), a qual desaparece na grande maioria dos meninos até os 3 anos de idade. Incidentalmente, chama-se parafimose à situação em que a glande é exposta apesar da dificuldade, mas não consegue novamente ser recolhida, causando um estrangulamento da glande (impedindo o fluxo venoso e linfático8) ou impedindo a higiene adequada.
Deve lembrar-se que a circuncisão (remoção cirúrgica da prega de pele3 que envolve a glande), prática usada para corrigir a fimose1, tem implicações culturais e religiosas importantes e existe há mais de cinco mil anos, tendo um aspecto ritual entre egípcios, gregos e hebreus.
Quais são as causas da fimose1?
O problema pode ser de origem congênita9 ou adquirida, acontecendo na criança e no adulto. As causas principais da fimose1 adquirida são cicatrizes10 devido a inflamações11 ou infecções12 (ou simplesmente assaduras intensas e persistentes) que retraem a pele3, deixando o anel do prepúcio2 mais estreito.
Quais são os sinais13 e sintomas14 da fimose1?
A fimose1 pode causar dor ao urinar, ardência, acúmulo de secreções, inchaço15, dor e desconforto durante as relações sexuais. Quando ocorre a parafimose (condição na qual o prepúcio2 se retrai com dificuldade, mas não consegue voltar à sua posição normal) pode-se ter inchaço15 e aumento da glande, podendo ocorrer necrose16 da glande (devido a uma grande diminuição do suprimento sanguíneo para esta região do corpo).
Como o médico diagnostica a fimose1?
O diagnóstico17 da fimose1 é feito basicamente pela inspeção18 local. A fimose1 deve ser diferençada de outras enfermidades do pênis5 que possam se confundir com ela. Um médico pediatra, cirugião pediátrico ou urologista19 pediátrico, no caso de crianças, deve ser consultado. Em adultos, esta condição pode ser avaliada pelo urologista19.
Como o médico trata a fimose1?
Geralmente a fimose1 deve ser removida por meio de cirurgia de circuncisão ou pela prepucioplastia (tratamento da fimose1 sem a retirada do prepúcio2), conduzida por um urologista19. Estas intervenções podem ser feitas no próprio consultório ou em day clinic, usando anestesia20 local.
A prepucioplastia é mais conservadora do que a circuncisão e permite o tratamento da fimose1 sem a retirada do prepúcio2. Se a fimose1 existe desde pequeno, a cirurgia deve ocorrer entre os sete e dez anos e terá por objetivo melhorar a higienização, prevenir infecções12 e tornar as relações sexuais mais cômodas na vida adulta. A idade ideal para a cirurgia ainda é motivo de discussão entre os especialistas.
A parafimose, uma complicação da fimose1, constitui um quadro que deve ser atendido prontamente, pelo risco de necrose16 da glande. Pode ser tentada a redução manual, após a aplicação de anestesia20 local e, se isso não produzir resultado, o paciente deve ser encaminhado para a cirurgia.
Como prevenir a fimose1?
Deve-se fazer uma adequada higiene local, para evitar assim as infecções12 ou inflamações11 do prepúcio2.
Como evolui a fimose1?
Não devem ser praticados (principalmente em crianças) exercícios que visem foçar a retração do prepúcio2, porque isso pode causar pequenos traumatismos ou ferimentos, cujas cicatrizes10 pioram o problema, ao invés de solucioná-lo.
Uma complicação possível da fimose1 é a parafimose.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.