Plagiocefalia - o que é isso?
O que é a plagiocefalia1?
A plagiocefalia1 é uma deformidade da cabeça2 da criança, em geral transitória, que faz com que ela assuma uma aparência achatada.
Quais são as causas da plagiocefalia1?
A plagiocefalia1 se desenvolve por um posicionamento vicioso da cabeça2, mantido ou por um torcicolo3 congênito4 ou quando o crânio5 macio do bebê fica submetido a uma pressão constante ou repetida. Muitos bebês6 desenvolvem plagiocefalia1 quando ficam muito tempo dormindo ou sentado na mesma posição. Esta condição ocorre mais frequentemente em bebês6 prematuros cujos crânios são especialmente flexíveis.
A plagiocefalia1 também pode se desenvolver por uma posição viciosa no útero7, pela posição “assentada” do feto8/bebê, por nascimentos múltiplos, por nascimento prematuro, por torcicolo3 congênito4 e por dormir numa mesma posição.
A plagiocefalia1 congênita9 é uma malformação10 cerebral resultante de um ambiente intrauterino restritivo ou de um torcicolo3 congênito4 (um espasmo11 ou rigidez dos músculos do pescoço12, ainda no útero7) devido à manutenção prolongada de uma mesma posição (plagiocefalia1 posicional).
Saiba mais sobre "Torcicolo3".
Quais são as principais características clínicas da plagiocefalia1?
É comum encontrar a plagiocefalia1 já ao nascer. Normalmente, ela não tem quaisquer efeitos nocivos duradouros sobre o desenvolvimento neurológico do bebê. É provável que, deixada sem tratamento, a cabeça2 permanecerá deformada na idade adulta. Alguns problemas que podem surgir são assimetria facial notável, áreas planas visíveis com cabelos cortados curtos, desalinhamento da mandíbula13, etc.
Na plagiocefalia1 posicional, a cabeça2 vista de cima assume a forma de um paralelogramo que gera na zona posterior do crânio5 um aplanamento14 lateral. Produz orelhas15 desalinhadas, assimetria facial e abaulamento16 da frente. Muitos bebês6 que nascem por parto vaginal têm, de início, uma cabeça2 de forma estranha causada pela pressão ao passar pelo canal do parto. Normalmente, isso se corrige espontaneamente em cerca de seis semanas. Se persistir além disso, provavelmente se trata de um caso de plagiocefalia1.
Como o médico trata a plagiocefalia1?
A plagiocefalia1 é uma desordem tratável. O tratamento inclui exercícios especiais, variação da posição da cabeça2 durante o sono ou uso de órteses17 corretivas ou de moldagem. Os bebês6 com plagiocefalia1 normalmente respondem muito bem aos tratamentos não-invasivos, tais como as técnicas de reposicionamento, que os pais podem praticar em casa. Os pais devem alternar a direção da cabeça2 do bebê ao colocá-lo para dormir e evitar deixar o bebê por longos períodos em assentos, balanços, porta-bebês6 ou em outro lugar onde a cabeça2 fique imóvel por muito tempo.
Durante a alimentação, os pais devem oferecer os talheres em lados variados a cada dia para que o bebê seja alimentado e alterne a posição de rotação da cabeça2 para receber os alimentos. O médico também pode recomendar exercícios de fisioterapia18 diários para ajudar a aumentar a amplitude de movimentos do pescoço19 do bebê.
Os bebês6 com plagiocefalia1 severa geralmente usam um capacete personalizado ou uma cinta para a cabeça2, cerca de 23 horas por dia durante dois a seis meses.
Leia mais sobre "Fisioterapia18".
Como evolui a plagiocefalia1?
As técnicas de reposicionamento e o uso de um capacete craniano personalizado redirecionam o crescimento natural da cabeça2 do bebê para uma posição e forma normais.
Como prevenir a plagiocefalia1?
Práticas simples em casa, incluindo técnicas de reposicionamento, podem prevenir a plagiocefalia1. Os pais devem evitar que os bebês6 se mantenham sempre numa mesma posição. Deitar de barriga para baixo durante a vigília é essencial para o desenvolvimento de habilidades motoras e fortalece os músculos do pescoço12, além de prevenir a plagiocefalia1.
Veja também sobre "Microcefalia20" e "Braquicefalia21".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.