Quando uma criança começa a andar?
Começando a andar
O momento em que a criança começa a andar é um dos marcos mais importantes no seu desenvolvimento. Graças à aquisição dessa função, a criança ganha maior autonomia e, na concepção1 popular, deixa de ser bebê para tornar-se uma criança pequena. Esse processo, contudo, se instala gradativamente e começa mais ou menos por volta do primeiro aniversário (um pouco antes ou um pouco depois), mas continua se aperfeiçoando vida afora.
O caminhar tem seus pródromos2: primeiro o bebê assenta-se, depois engatinha, em seguida fica de pé, agarrado a qualquer coisa e, então, anda. Os primeiros passos são um marco crucial no sentido da independência, da autonomia da criança. Quando ela consegue largar a cadeira ou o sofá que serviam de apoio e caminha ainda hesitante para os braços da mãe, não demora muito para que esteja se movendo por todo lado. De início, ela talvez seja levada pela mão3, mas logo depois estará correndo à frente dos adultos.
Paralelamente, outras funções também estão se desenvolvendo e tanto contribuem com o andar como também recebem contribuições dele. É o caso da coordenação motora, desenvolvimento da força e do equilíbrio, do refinamento da sensibilidade e das percepções, entre outras.
Quando o bebê começa a andar?
O andar é precedido de outros eventos preparatórios. Em geral, o bebê começa a tentar assentar aos 4 meses, mas só consegue ficar assentado sem apoio por volta dos 6 meses. A partir daí, ele aprende a engatinhar e depois dessa etapa, por volta dos 8 meses, tenta ficar de pé, agarrado a algo. A maioria dos bebês4 dá os primeiros passos entre os 9 e os 12 meses de vida e com 15 meses já anda desembaraçadamente. Mas esses são apenas números médios e num caso particular podem ser um pouco maiores ou um pouco menores, sem que isso signifique problema. Em alguns casos, muitas crianças normais só andam com 1 ano e 4-5 meses, ou até mais.
É importante estimular o bebê nas suas tentativas, mas é igualmente importante não ser apressado. Tudo ocorrerá naturalmente, sob o comando da natureza de cada criança. Depois de algum tempo as crianças se igualam nessa função: andarão bem, quer tenham começado mais cedo ou mais tarde.
E depois?
Com 1 ano e 2 meses, a criança geralmente já consegue se levantar e se abaixar por si mesma, sem precisar da ajuda de outras pessoas. Um mês depois ela já conseguirá empurrar brinquedos. Com 16 meses ela talvez já comece a querer subir escadas, embora ainda demore alguns meses mais para que consiga esse feito. Só com um ano e meio é que conseguirá subir e descer degraus, mesmo assim ainda precisando de apoio para descer.
Nessa etapa, a criança gosta de escalar móveis e outros obstáculos e pode tentar chutar uma bola, embora desajeitadamente. Se uma música for tocada, é provável que faça movimentos de dança seguindo o ritmo. Depois do segundo ano, a criança já terá adquirido o modo adulto de caminhar e começa a ser capaz de dar pulos. Com 3 anos, ela já adquiriu os movimentos básicos do caminhar e ações como andar, levantar, correr e pular já se tornaram automáticas.
Como a criança pode ser ajudada?
Se depois de aprender a ficar de pé a criança precisar de ajuda para voltar a sentar, o adulto não deve fazer o trabalho por ela, mas mostrar-lhe como dobrar os joelhos para conseguir sentar, incentivando-a a tentar sozinha. Ela pode ser estimulada se alguém se posiciona à sua frente e lhe oferece suas mãos5, para que ele caminhe na sua direção ou lhe ofereça brinquedos para empurrar e se apoiar. Os andadores, ao contrário, facilitam demais o deslocamento e portanto não estimulam o desenvolvimento adequado dos músculos6 das pernas. Tampouco a criança deve usar sapato logo que começa a andar, porque ficar descalça ajuda mais a treinar o equilíbrio, a coordenação motora e formar a cavidade da planta do pé.
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As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.