Informações sobre os linfangiomas
O que é linfangioma?
Os linfangiomas, também denominados higromas císticos, são malformações1 linfáticas que resultam num tumor2 benigno. A rede vascular3 linfática está disseminada em todo o organismo, para coletar o fluido acumulado entre as células4. Há três tipos dе linfangiomas: linfangiomas simples (capilares5), linfangiomas cavernosos (boca6) e linfangiomas císticos (pescoço7 е axila).
Quais são as causas do linfangioma?
Não se conhece exatamente as causas dos linfangiomas, mas sabe-se que são congênitos8. A incidência9 deles é de cerca de um para cada 10.000 nascimentos e são mais comuns em indivíduos do sexo masculino que do sexo feminino, sendo normalmente detectados ао nascer ou nа infância.
Qual é a fisiopatologia10 do linfangioma?
O sistema linfático11 é responsável pela coleta do excesso de fluidos dos tecidos que são encaminhados, por meio de numerosos pequenos vasos, de volta para o sistema venoso12. Quando ocorre uma anomalia no sistema linfático11 verifica-se um acúmulo exacerbado dentro dos vasos linfáticos, o que resulta numa dilatação deles na região comprometida e esse fluido fica estacionado, podendo sofrer uma infecção13.
Quais são os principais sinais14 e sintomas15 do linfangioma?
Os linfangiomas se apresentam sob a forma de cistos preenchidos por linfa16 е às vezes também contendo sangue17. Podem ser microcistos, macrocistos ou mistos, superficiais ou profundos, especialmente os localizados no pescoço7, embora possam afetar qualquer órgão ou tecido18 do corpo. Nessa região cefálica podem causar deformidades, disfagia19, disartria20, disfonia21 e favorecer infecções22 recorrentes. As alterações causadas pelos linfangiomas provocam fluxo lento e acúmulo da linfa16, com edema23 subsequente e um processo de inflamação24 denominado linfangite25.
Como o médico diagnostica o linfangioma?
Os linfangiomas superficiais podem ser detectados clinicamente, por meio da consulta médica que levante o histórico do paciente e as características físicas das lesões26. Os linfangiomas profundos podem exigir exames de imagens, como a ultrassonografia27, a ressonância magnética28, a angiorressonância e a angiotomografia. Assim, verificam a presença das formações císticas, a extensão e a profundidade delas, bem como demonstram outras características morfológicas das estruturas afetadas.
Como o médico trata o linfangioma?
O tratamento dos linfangiomas pode envolver injeção29 intralesional30, guiada por ultrassom, de medicamentos para provocar a esclerose31 dos cistos. Com o advento desses medicamentos, a cirurgia praticada anteriormente perdeu espaço, mas ainda é indicada para a remoção de lesões26 sólidas, após o tratamento esclerosante. Nem sempre há a possibilidade da ressecção completa das lesões26, por elas apresentarem caráter infiltrativo.
Como prevenir o linfangioma?
Não há como prevenir os linfangiomas.
Como evolui o linfangioma?
Quase sempre a evolução dos linfangiomas é lenta, mas a resolução espontânea é rara. A intervenção terapêutica32 é recomendada quando os linfangiomas causam deformidades e há recorrência33 de episódios de linfangite25.
Quais são as complicações possíveis do linfangioma?
A remoção dos linfangiomas pode gerar sequelas34 permanentes, estéticas ou funcionais.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.