O que você sabe sobre a atrofia muscular?
O que é a atrofia1 muscular?
“Atrofia muscular” é uma expressão médica usada para se referir a uma diminuição no volume de um músculo (massa muscular) e, consequentemente, da sua força.
Quais são as causas da atrofia1 muscular?
A atrofia1 muscular é a resultante de várias doenças comuns, de estados de desnutrição2 ou simplesmente de falta de atividade ou exercício dos músculos3. Existem várias doenças e distúrbios que podem levar à perda de massa muscular: câncer4, insuficiência cardíaca5, doença pulmonar obstrutiva crônica, queimaduras extensas, insuficiência hepática6, distúrbios eletrolíticos, anemia7, etc.
Outras condições, como sedentarismo8, caquexia9, denervação10 dos músculos3, miopatias ou distrofias11 inflamatórias, etc, também podem causar atrofia1 muscular. Pessoas que passam grandes períodos de tempo sentadas, acamadas ou com condições médicas que limitam seus movimentos podem perder massa muscular e desenvolver atrofia1.
Algumas condições médicas e enfermidades, entre outras, que podem causar atrofias12 musculares são miopatias associadas ao álcool, esclerose13 lateral amiotrófica, síndrome14 de Guillain-Barré, subnutrição, neuropatias motoras, imobilidade, poliomielite15, artrite reumatoide16, lesões17 da medula espinal18 e acidente vascular cerebral19.
Qual é a fisiopatologia20 da atrofia1 muscular?
A atrofia1 muscular ocorre em virtude de uma alteração no equilíbrio entre a síntese e a degradação das proteínas21. Na atrofia1 muscular, a síntese é diminuída e a degradação é ativada. O contrário da atrofia1 muscular é a hipertrofia22 do músculo, um aumento no tamanho do músculo, em virtude de respostas que possuem o efeito oposto aos da atrofia1. Normalmente, ao longo do processo de envelhecimento, ocorre, como um evento fisiológico23 normal, uma diminuição gradual da massa e da função muscular. A causa exata disso é ainda desconhecida, mas pode ser devido a uma falha progressiva de células24 satélites, que são células24 que normalmente regeneram fibras musculares25 ou a uma diminuição da disponibilidade dos fatores necessários ao crescimento e manutenção da massa muscular.
Quais são as principais características da atrofia1 muscular?
A atrofia1 muscular afeta, sobretudo, as pessoas que já passaram da idade média de vida, mas pode ser controlada pela estimulação dos meios que induzem uma hipertrofia22 muscular. Sabe-se que em seres humanos, os períodos de imobilização prolongada, como o caso de pacientes acamados ou dos astronautas, por exemplo, causam atrofia1 e fraqueza muscular.
A forma mais grave de atrofia1 muscular é a atrofia1 neurogênica, que ocorre quando existe uma lesão26 ou doença de um nervo que se conecta ao músculo. Este tipo de atrofia1 muscular tende a ocorrer mais repentinamente do que a atrofia1 por desuso. Embora as pessoas possam se adaptar à atrofia1 muscular, mesmo as atrofias12 menores provocam alguma perda de movimento ou de força.
Como o médico diagnostica a atrofia1 muscular?
O diagnóstico27 da atrofia1 muscular começa com a história clínica e o exame físico. O médico deverá medir o tamanho do músculo ou músculos3 comprometidos e tentar determinar qual nervo ou nervos estão afetados. Os exames a serem feitos incluem, conforme o caso, exames de sangue28, radiografias, tomografia computadorizada29 ou ressonância magnética30, eletromiografia31, biópsia32 do músculo ou nervo, exames de condução nervosa.
Como o médico trata a atrofia1 muscular?
O tratamento pode incluir a terapia física, ultrassonografias e, em alguns casos, cirurgia para corrigir uma contratura. A atrofia1 por desuso pode ser revertida com exercício físico e melhor nutrição33. O tratamento das atrofias12 patológicas exige o tratamento da enfermidade de base. Uma fisioterapia34, contudo, pode ajudar sintomaticamente.
Uma ferramenta importante na reabilitação da atrofia1 muscular é a estimulação elétrica funcional dos músculos3. Uma vez que a ausência de aminoácidos que formam os músculos3 pode contribuir para a degradação deles, a terapia de aminoácido pode ser útil para regenerar o tecido35 do músculo danificado ou atrofiado. A cirurgia, se for o caso, deve ficar reservada apenas para casos de contraturas incômodas.
Como evolui a atrofia1 muscular?
Se nada for feito a respeito, a atrofia1 muscular se torna crônica e progressiva, levando a um estado de grande fraqueza do segmento afetado.
Como prevenir a atrofia1 muscular?
Uma das maneiras clássicas para aumentar a força muscular e prevenir a atrofia1 é com o exercício anaeróbico, o que tende a inibir as vias de degradação musculares.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.