Dissecção da aorta: definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução e possíveis complicações
O que é a dissecção da aorta1?
A dissecção da aorta1 é um descolamento das camadas desse vaso que é a maior artéria2 do corpo, fazendo com que o sangue3 circule entre elas, forçando-as, enquanto o revestimento externo permanece intacto. Assim, se origina um novo canal dentro da parede aórtica, pelo qual o sangue3 também passa a circular. A dissecção da aorta1 é sempre uma emergência4 médica e pode por consequência levar à morte rapidamente, mesmo com um tratamento adequado, seja por um rompimento catastrófico ou por embolização5 da artéria2. Em geral, a dissecção da aorta1 é um fenômeno agudo6, mas também pode manifestar-se de maneira crônica.
Quais são as causas que podem levar a uma dissecção da aorta1?
A causa da maioria das dissecções aórticas é a deterioração da parede arterial, geralmente causada pela hipertensão arterial7, contada em mais de 75% das pessoas que sofrem esse problema. Outras causas incluem doenças hereditárias do tecido conectivo8, anomalias cardiovasculares congênitas9, persistência do canal arterial10, defeitos da válvula aórtica, arteriosclerose11 e lesões12 traumáticas. Em casos raros, pode acontecer uma dissecção iatrogênica13 acidental quando o médico introduz um cateter numa artéria2 para fazer uma angiografia14.
Qual a fisiopatologia15 da dissecção da aorta1?
A parede da aorta16 é composta por três camadas: uma túnica íntima17, camada interna em contato direto com o fluxo sanguíneo; uma túnica média18 e uma túnica adventícia, a camada mais externa. Na dissecção da aorta1, o sangue3 penetra entre as camadas íntima e média e a alta pressão aí existente faz com que mais sangue3 entre neste espaço, propagando ao longo do comprimento da aorta16.
Quais são os principais sinais19 e sintomas20 da dissecção da aorta1?
Os principais sinais19 e sintomas20 da dissecção da aorta1 são dor, geralmente repentina e intensa, no peito21 e nas costas22, entre as omoplatas e irradiada ao longo do trajeto da aorta16. À medida que a dissecção avança, ela pode obstruir os pontos de onde uma ou várias artérias23 partem da aorta16. Em função disso, pode ocorrer um acidente vascular cerebral24, um ataque cardíaco, uma dor abdominal repentina, uma lesão25 nervosa que cause formigamento ou a impossibilidade de mover uma extremidade.
Como o médico diagnostica a dissecção da aorta1?
Os sinais19 e sintomas20 de uma dissecção aórtica são tão típicos que permitem ao médico estabelecer de pronto o diagnóstico26. Observa-se uma redução ou ausência de pulso nos braços e nas pernas, um sopro cardíaco27 que pode ser auscultado com o estetoscópio, alterações dos batimentos cardíacos e sinais19 de tamponamento cardíaco. As imagens da radiografia do tórax28 mostrarão uma aorta16 dilatada. A ecografia29 pode confirmar o diagnóstico26 mesmo na ausência de uma dilatação aórtica. A tomografia computadorizada30 com a injeção31 de uma substância de contraste é um exame rápido e confiável. A ressonância magnética32 (angiorressonância) pode completar o diagnóstico26.
Como o médico trata a dissecção da aorta1?
As pessoas com uma dissecção aórtica devem ser atendidas numa unidade de cuidados intensivos. A administração de fármacos deve começar o mais cedo possível porque a morte pode ocorrer dentro de poucas horas. O tratamento da dissecção da aorta1 geralmente requer cirurgia. O médico deve decidir rapidamente se a cirurgia está indicada ou se continuará a terapia com fármacos. Numa dissecção aguda, o médico deve atuar também para evitar as complicações do quadro. Uma terapia analgésica deve ser estabelecida imediatamente porque a condição é muito dolorosa. Os parâmetros circulatórios e respiratórios (pulsação, pressão arterial33, batimentos cardíacos, ritmo respiratório, etc.) devem ser monitorados rigidamente.
Como evolui a dissecção da aorta1?
O risco da dissecção da aorta1 é de que a aorta16 possa romper, levando a uma perda massiva de sangue3. As dissecções da aorta16 que resultam na ruptura do vaso têm uma taxa de 90% de mortalidade34. Cerca de 75% das pessoas que sobrevivem de imediato, mas que não recebem tratamento, morrem nas duas primeiras semanas e 40% das tratadas sobrevivem pelo menos 10 anos. Até os anos 60, o prognóstico35 dos pacientes com dissecção de aorta36 era catastrófico. Atualmente, entretanto, o prognóstico35 é um pouco melhor.
Quais são as complicações possíveis da dissecção da aorta1?
As complicações da dissecção da aorta1 são sempre muito graves e envolvem a ruptura do vaso e embolias diversas, com suas consequências.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.