Queloides: definição, causas, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução e prevenção
O que são queloides?
Os queloides são respostas cicatriciais anômalas e exacerbadas, constituídas por lesões1 fibroelásticas salientes, de cores rosadas, avermelhadas ou escuras que podem ocorrer sobre quaisquer cicatrizes2 na pele3. São cicatrizes2 aberrantes que acontecem apenas nos seres humanos. Apesar de benignas, não contagiosas e indolores, constituem um problema estético de grande importância.
Quais são as causas dos queloides?
Os queloides parecem ter um forte componente genético e geralmente têm a sua formação no interior dos tecidos, em cicatrizes2 em que a pele3 tenha sofrido algum corte, abertura ou lesão4; como em queimaduras, doenças como a varicela5 e a acne6, furos nas orelhas7 ou para colocação de piercing, arranhões, cortes cirúrgicos, feridas traumáticas, locais de vacinação, etc. Os queloides se caracterizam pela produção exagerada de fibroblastos8, que são células9 que produzem o colágeno10.
Quais são os principais sinais11 e sintomas12 dos queloides?
Os queloides ocorrem em ambos os sexos, embora seja relatada uma maior incidência13 no sexo feminino. Quase sempre eles se localizam em locais de lesões1 prévias da pele3, sejam acidentais, cirúrgicas, provocadas por doenças, por abrasões ou inflamações14, no entanto, mais raramente, os queloides podem também ocorrer em regiões de pele3 íntegra. As lesões1 que estão sobre o local de um machucado ou ferimento na pele3 apresentam-se como protuberâncias salientes de consistência endurecida e superfície lisa e cor vermelha, rosada ou semelhante à pele3. Os locais mais comuns em que surgem os queloides são a região do esterno15, os ombros, as orelhas7 e a face16. As lesões1 podem coçar.
Como o médico diagnostica os queloides?
O diagnóstico17 de queloide18 depende de uma observação direta da lesão4. Porém não é fácil diferenciar entre queloide18 e cicatriz19 hipertrófica, tanto ao microscópio ótico quanto ao eletrônico. O queloide18 pode alastrar-se além da área da lesão4 e pode não regredir, enquanto que a cicatriz19 hipertrófica é limitada à área do trauma e em muitos casos regride com o tempo. Uma biópsia20 da pele3 pode ajudar a descartar outras formações patológicas que ocorrem na pele3.
Como o médico trata os queloides?
O tratamento dos queloides representa um desafio para os médicos. Eles são difíceis de erradicar e mesmo quando retirados cirurgicamente, tendem a recidivar. Existem várias técnicas para tratar os queloides, à escolha do médico. Dentre elas pode-se citar a remoção cirúrgica, a radioterapia21, a crioterapia22, o gel de silicone, a injeção23 intralesional24 de agentes diversos e a laserterapia ou a malha de compressão, em casos de queimaduras.
Como evoluem os queloides?
Embora os queloides não representem risco à saúde25, podem afetar grandemente a aparência e serem, mesmo, desfiguradores.
Em alguns casos, ao longo dos anos os queloides podem diminuir, ficarem mais lisos e menos visíveis.
A exposição ao sol faz com que o queloide18 fique mais escuro do que a pele3 no seu entorno.
A remoção do queloide18 pode produzir uma cicatriz19 ainda maior e mais anômala que a anterior.
Os queloides muito extensos podem causar limitação da mobilidade nas áreas afetadas do corpo.
Como prevenir os queloides?
Muitas vezes a prevenção não é possível, mas para toda cicatriz19 valem alguns cuidados:
- Não arranhe a crosta em formação. Não coce a cicatriz19, não tire as crostas formadas.
- Adicione alimentos ricos em vitamina26 E à sua dieta (tomates, pimentões, ovo27, fígado28, sementes, cereais, etc.).
- Limpe a ferida e cubra-a com gaze limpa.
- Se a cicatriz19 começar a transformar-se em queloide18, fale logo com o seu dermatologista sobre o melhor tratamento a realizar. Existem algumas pomadas cicatrizantes que podem ajudar.
- Se você ou algum membro da sua família é propenso ao desenvolvimento de queloides, procure não submeter-se a cirurgias evitáveis ou a perfurações da pele3.
- Evite fumar e tomar banhos de sol.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.