Micose de unha ou onicomicose: o que é? Quais as causas? Como é o diagnóstico? E o tratamento?
O que são micoses de unha ou onicomicoses?
As onicomicoses são infecções1 fúngicas2 das unhas3. As unhas3 dos pés são afetadas mais comumente que as das mãos4, pois oferecem um ambiente mais propício ao desenvolvimento dos fungos (umidade, escuro e aquecimento) encontrados dentro dos calçados. Além disso, a queratina (material de que a unha é composta), "alimento" dos fungos, é mais abundante nas unhas3 dos pés que nas das mãos4. As onicomicoses representam tanto um problema de saúde5 quanto um problema estético e, sob ambas as vertentes, requerem pronta solução. Frequentemente, as onicomicoses estão associadas às dermatomicoses6.
Quais são as causas das onicomicoses?
As onicomicoses são causadas por fungos contraídos do solo, de animais ou de outras pessoas, por meio de instrumentos contaminados de cortar e embelezar as unhas3, como, por exemplo, alicates e tesouras. As pessoas com imunodeficiências, diabetes mellitus7, psoríase8, etc. estão mais predispostas às micoses de unhas3 que as outras.
Quais são os principais sinais9 e sintomas10 das onicomicoses?
As manifestações clínicas das onimicoses são muito variadas:
- Espessamento e descolamento das unhas3.
- Manchas brancas.
- Deformação e mesmo destruição das unhas3.
- Ao mesmo tempo as unhas3 mudam de cor e se tornam quebradiças ou muito endurecidas e podem se descolar da pele11 dos dedos.
As onicomicoses parecem mais frequentes nas mulheres idosas e nos homens jovens. Raramente afetam as crianças.
Como o médico diagnostica as onicomicoses?
Num primeiro momento, o diagnóstico12 das micoses de unhas3 pode ser feito pela observação das lesões13 ungueais14 e, posteriormente, o tipo dela pode ser confirmado pelo exame direto do fungo15, por meio de raspagem da unha e cultura deste raspado em meios de cultura apropriados. A biópsia16 pode demonstrar se o fungo15 é realmente invasivo ou apenas comensal17. O diagnóstico12 diferencial das onicomicoses deve ser feito com a psoríase8, o líquen plano e a paquioníquia18 congênita19 (desordem genética da formação da queratina) e demais infecções1 ungueais14.
Como o médico trata as onicomicoses?
Hoje em dia têm aparecido fármacos que tornam mais fácil e rápido um tratamento, em comparação ao que era muito difícil e demorado antigamente. Alguns autores antigos chegaram mesmo a considerar as onicomicoses como incuráveis. O tratamento das micoses de unha depende da extensão das mesmas. Geralmente são utilizados medicamentos tópicos (de uso local), sob a forma de cremes, soluções ou esmaltes. Somente nos casos mais sérios o tratamento por via oral é prescrita. A melhora é demorada (pode levar de meses até um ano!) porque depende do crescimento e substituição da unha, o que acontece muito lentamente. O tratamento deve ser mantido durante todo este tempo e a boa higiene das unhas3 é fundamental durante todo o processo.
Como evoluem as onicomicoses?
As onicomicoses podem ser completamente curadas com medicamentos e recursos adequados. Se não tratadas, elas constituem uma porta de entrada para múltiplos micro-organismos que podem ocasionar infecções1 graves.
Depois do tratamento, a unha continua a crescer normalmente dando lugar a uma nova unha saudável.
Como prevenir as onicomicoses?
- Mantenha hábitos de higiene rigorosos nas mãos4 e nos pés.
- Evite andar descalço em pisos molhados.
- Mantenha sob vigilância a pele11 ou pelo de seu animal de estimação, porque eles podem ser uma fonte de contaminação.
- Evite mexer com a terra sem usar luvas.
- Use sempre seu próprio material de manicure.
- Na medida do possível, procure usar calçados largos e bem ventilados.
- Caso você use vestiários de academias para tomar banho, use sempre um chinelo, evitando pisar diretamente no chão.
- Prefira as meias de algodão às de tecido20 sintético.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.