Câncer de pâncreas: fatores de risco, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento
Algumas considerações sobre o câncer1 de pâncreas2
O pâncreas2 é uma glândula3 com dupla função, endócrina (secreta insulina4 e glucagon5) e exócrina (secreta enzimas digestivas). Ele é localizado na parte superior do abdome6, posteriormente ao estômago7. O tipo mais comum de câncer1 de pâncreas2 é o adenocarcinoma8, tumor9 que se origina no tecido10 glandular (90% das neoplasias11 malignas desse órgão). Outros tipos podem ser: pseudotumores, tumores endócrinos, neoplasias11 císticas, neoplasias11 sólidas, mesenquimais12 ou hematopoiéticas. O câncer1 de pâncreas2 é raro antes dos 30 anos e mais frequente após os 60 anos e ligeiramente mais comum em homens que em mulheres e em negros que em brancos. Esse tipo de câncer1 é a quinta causa de morte por malignidade no ocidente. No Brasil, ele representa 2% de todos os tipos de câncer1 e 4% do total de mortes por câncer1. A taxa de mortalidade13 devido ao câncer1 de pâncreas2 é alta, seja porque o diagnóstico14 geralmente é tardio, seja pela sua característica extremamente agressiva. A sobrevida15 média após cinco anos é baixa. Após o diagnóstico14, o tempo de vida é de 4 a 6 meses, em média.
O câncer1 de pâncreas2 pode ocorrer em qualquer parte do órgão (cabeça16, processo uncinado17, corpo, colo18 e cauda), mas é mais comum na cabeça16 do pâncreas2.
Fatores de risco para o câncer1 de pâncreas2
Alguns fatores aumentam a possibilidade do indivíduo vir a sofrer um câncer1 de pâncreas2:
- Tabagismo.
- Uso crônico19 de álcool.
- Obesidade20.
- Hábitos dietéticos como a ingestão de gorduras e de carne em excesso.
- Pancreatite21 crônica.
- Aplicações anteriores de radioterapia22.
- Diabetes mellitus23 tipo 2.
- Exposição prolongada a determinados produtos químicos.
- Certas síndromes genéticas.
- Cirurgias para tratamento de úlceras24 ou retirada da vesícula biliar25.
- Câncer1 de mama26 ou melanoma27 familiar.
Quais são os principais sinais28 e sintomas29 do câncer1 de pâncreas2?
O crescimento do tumor9 pancreático geralmente é lento e não apresenta sintomas29 específicos nos primeiros momentos, o que dificulta o diagnóstico14 precoce. Suas primeiras manifestações podem ser dor abdominal, perda de apetite, emagrecimento (frequente), fraqueza, cansaço, diarreia30, tontura31, icterícia32, urina33 escura, fezes claras com cor de argila e diabetes mellitus23 tipo 2. Os sintomas29 dependem da região onde esteja localizado o tumor9.
Como o médico diagnostica o câncer1 de pâncreas2?
A suspeita do câncer1 de pâncreas2 é feita por meio de uma história clínica e um exame físico bem feitos. A presença de uma vesícula biliar25 distendida, sem a presença de dor, é um forte indicativo de câncer1 pancreático. A monitoração sanguínea dos marcadores tumorais pode ajudar no diagnóstico14 (o mais usado é o CA 19-9). A ultrassonografia34, a tomografia computadorizada35, a colangiografia36, a ressonância magnética37, o PET e, por fim, a biópsia38 do tecido10 pancreático ajudam a fechar o diagnóstico14. Como os sintomas29 iniciais do câncer1 de pâncreas2 podem ser confundidos com manifestações de outras enfermidades, deve ser feito um rigoroso diagnóstico14 diferencial.
Como o médico trata o câncer1 de pâncreas2?
O único tratamento possível visando à cura é a cirurgia, com a retirada de todo o tumor9 respeitando-se margem de segurança livres da doença, assim como a retirada dos gânglios39 regionais. Este procedimento, contudo, somente está indicado em pacientes em que o câncer1 esteja localizado, sem metástases40.
Tumores da cauda do pâncreas2 podem ser removidos através de uma pancreatectomia distal41. Em casos avançados, onde uma cirurgia radical não é mais possível, uma cirurgia de bypass pode ser realizada paliativamente para diminuir a obstrução e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Quimioterapia42 e radioterapia22 podem ser associadas à cirurgia, usadas para evitar recidivas43 do tumor9 ou como tratamentos paliativos44 para aliviar os sintomas29. Deve-se ter em conta que a pancreatectomia é uma cirurgia de grande porte, exigindo que o paciente esteja em bom estado geral para a sua realização.
Como prevenir o câncer1 de pâncreas2?
Não há como prevenir o câncer1 de pâncreas2 de maneira absoluta, mas há como diminuir a influência dos fatores de risco: não fumar e evitar o excesso e o uso crônico19 de álcool. Pessoas com pancreatite21 crônica, diabetes mellitus23, histórico familiar para câncer1 ou submetidas a certas cirurgias de estômago7, duodeno45 e vesícula biliar25 devem manter um acompanhamento médico regular, por estarem sob um maior risco da enfermidade.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.