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Você está tomando seus remédios como devia?

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O uso correto das medicações e a boa aderência a um tratamento medicamentoso são definidos pela maneira como os pacientes tomam seus medicamentos de acordo com uma prescrição médica. Isto envolve fatores como o preenchimento completo e legível do receituário médico, a compreensão pelo paciente das explicações fornecidas por quem fez a prescrição e a lembrança de tomar as medicações na hora certa, na dose adequada e pelo tempo necessário de acordo com a recomendação de um profissional de saúde1 competente.

Quais são as barreiras mais comuns à aderência a um tratamento?

  • Impossibilidade de pagar pelas medicações.
  • Não acreditar que o tratamento seja necessário ou irá ajudar na recuperação.
  • Dificuldade de organizar a ingestão de várias medicações em um mesmo dia e em horários diferentes.
  • Não compreender as doses prescritas de cada remédio.
  • Confusão sobre quando e como tomar os medicamentos.
  • Dúvidas quanto à diluição de medicamento em pó que precisa ser dissolvido em água.
  • Não compreender a letra do profissional que fez o receituário médico.

Quais as consequências de não tomar um medicamento corretamente?

A principal consequência são os danos à saúde1. A pobre aderência ao tratamento pode interferir na habilidade de tratar as doenças, levando a complicações e à baixa qualidade de vida para os pacientes.

Caso você esteja se sentindo bem e não apresente mais sintomas2, você pode achar que sua doença está curada. Mas se você tem uma infecção3 bacteriana que precisa de tratamento com antibióticos, parar de tomar a medicação antes do intervalo prescrito pelo médico pode ser perigoso. Se a duração completa do uso de um antibiótico não é seguida, um pequeno número de bactérias pode ainda estar vivo no seu organismo. Estes germes parecem ter alguma resistência natural aos antibióticos. Caso eles se multipliquem ou espalhem pelo organismo, uma nova cepa4 de germes resistentes pode começar a se desenvolver, o que acarreta o aparecimento de infecções5 sérias que não respondem aos tratamentos disponíveis. É importante o uso apropriado de antibióticos exatamente de acordo com a orientação médica. Tome todas as doses do antibiótico, mesmo que a infecção3 esteja melhorando.

O que posso fazer para evitar os danos do uso incorreto de medicamentos?

  • Não pare de tomar uma medicação, a menos que seu médico fale para fazer isto.
  • Não divida remédios com outras pessoas.
  • Só use uma medicação quando for realmente necessário.
  • Não tome receitas que funcionaram para amigos, vizinhos, parentes, etc. Procure um médico para obter um diagnóstico6 e tratamento corretos para o que você está sentindo.
  • Não guarde o que sobrou de um antibiótico para usar em um outro momento.
  • Múltiplas drogas podem ser necessárias e em diferentes horários de administração, o que dificulta a adesão ao tratamento. Crie uma rotina para o uso de medicações de uso regular. É mais fácil lembrar de tomar remédios se você associá-los às atividades rotineiras, como por exemplo ingerir as medicações após o café da manhã, após o almoço, antes do jantar ou antes de ir para a cama à noite.
  • Existem medicações que podem ser usadas junto com os alimentos, mas existem aquelas que devem ser ingeridas longe do horário das refeições. Pergunte ao médico se a alimentação interfere na absorção do medicamento que você está usando.
  • Uma nova medicação pode interferir com alguma outra que você já usa. Fale com o médico todos os medicamentos que você está usando, inclusive aqueles vendidos sem prescrição médica, vitaminas ou fitoterápicos.
  • Os efeitos colaterais7 dos medicamentos usados às vezes podem fazer com que a pessoa se sinta pior ao tomá-las do que melhor. Caso o efeito colateral8 de um medicamento esteja incomodando você, converse com o seu médico e veja o que pode ser feito para evitar tal incômodo. Pode ser que determinado medicamento possa ser substituído por outro, ou o seu médico ajuste o tempo e a dose da medicação.
  • Quando as pessoas estão se sentindo bem, elas podem não lembrar de usar as medicações que precisam, pois falta aquele “lembrete físico” que mostra que precisam de medicamentos. Isto é muito comum em pessoas com hipertensão arterial9 (pressão alta), mas os danos no longo prazo acabam aparecendo.
  • Use um porta-medicamentos que tenha os dias da semana anotados. Eles são vendidos em farmácias ou drogarias e permitem o armazenamento das medicações em compartimentos de acordo com os dias da semana, o que ajuda a verificar se alguma dose foi esquecida.
  • Mantenha um papel com a anotação das medicações em uso, doses e horários nos quais eles devem ser usados. Ou anote esses dados em um dispositivo móvel que você costuma levar com você como celular, palm, ipad, etc. Existe uma série de dispositivos desenvolvidos para ajudar os pacientes a aderirem ao uso correto dos medicamentos. Com eles você pode contar com alertas de voz para lembrá-lo dos horários das medicações, sensores automáticos de dispensação de medicações, gerenciamento de medicações com comandos de alerta, etc.
  • Tenha certeza de que você compreendeu como deve usar determinado medicamento antes de sair do consultório do seu médico.
ABCMED, 2010. Você está tomando seus remédios como devia?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/62332/voce-esta-tomando-seus-remedios-como-devia.htm>. Acesso em: 5 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
2 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
3 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
4 Cepa: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
5 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
6 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
7 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
8 Efeito colateral: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
9 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
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Comentários

22/07/2010 - Comentário feito por marcos
Re: Você está tomando seus remédios como devia?
Uma das classes de medicamentos citados no artigo è a de antihipertensivos,existem muitos medicamentos disponíves para um controle adequado da pressão arterial e o medicamento adequado, sempre deverá ser indicado por um bom especialista.Mas fica aqui um alerta, a baixa aderência aos programas terapêuticos antihipertensivos, acaba por trazer severas consequências, e citando apenas uma,com a pressão elevada, um dos órgãos que pode ser lesionado é o rim , que por possuir uma rica rede de microvasos, que possuem baixa tolerância às grandes variações pressóricas, acaba por ter sua circulação comprometida, podendo levar a episódios de insuficiência renal aguda, que ainda pode ser revertida, passando pelo severo controle da pressão arterial, até uma insuficiência renal crônica, que afeta de maneira bem acentuada a qualidade de vida do paciente, portanto NUNCA ABANDONE SEU TRATAMENTO, ANTES DE CONSULTAR ESPECIALISTAS COMPETENTES-UMA PRESSÃO MAL CONTROLADA, PODE ACARRETAR GRAVES PROBLEMAS, SENDO OS RENAIS APENAS UM DOS MAIS GRAVES.

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