Prótese de silicone. O que saber sobre ela?
O que são próteses (ou implantes) de silicone?
As próteses de silicone são utilizadas desde a década de 60, mas só chegaram ao Brasil nos anos 80. Elas são peças de silicone destinadas a substituir ou remodelar órgãos ou partes do corpo, geralmente com objetivos estéticos.
Fala-se em prótese1 quando um órgão natural é substituído pelo material artificial e em implante2 quando algo é acrescentado a um órgão já existente. No caso do uso do silicone, geralmente trata-se de implante2, porém a linguagem comum fala em prótese1 mesmo nesses casos.
O que é silicone?
O silicone é um composto sintético, derivado da rocha de quartzo, usado em muitos ramos da atividade humana (como adesivo, impermeabilizante, lubrificante, etc.) e, na medicina, para implantes. Trata-se de material inorgânico altamente resistente às variações ambientais, com uma durabilidade de cerca de 10 anos.
Ele é altamente coesivo (não se espalha com facilidade), inerte, incolor, inodoro e insípido e não passível de ser decomposto pela água, pelo calor ou por agentes oxidantes. Pode ser encontrado em forma líquida, gel, na consistência de borracha (elastômero de silicone) ou plástico. O silicone vem sendo utilizado há mais de 30 anos e até hoje não demonstrou ter efeitos cancerígenos ou provocar outras reações desagradáveis ou deletérias.
Como são as próteses (ou implantes) de silicone?
Em um grande número de próteses (as de seios3, glúteos4 ou panturrilha5, por exemplo) opta-se pelo uso de bolsas de silicone sob a forma de gel.
Para cada região do corpo existem diferentes tipos e volumes de próteses que o paciente escolhe juntamente com o médico, na dependência do seu objetivo.
Como e quando é implantada uma prótese1 de silicone?
Na maioria dos casos, as próteses de silicone são aplicadas por cirurgiões plásticos com finalidade estética, mas podem ser utilizadas em cirurgias reconstrutivas em casos de agenesias (atrofia6 de um órgão ou tecido7 por parada do desenvolvimento na fase embrionária), acidentes ou deformidades corporais congênitas8.
Como as técnicas usadas por cada profissional podem variar muito, seu médico deve ser previamente consultado sobre os procedimentos que serão realizados: que tipo cirurgia e anestesia9, qual o tempo de internação e recuperação, quais as complicações possíveis, etc. Isso ajudará você a decidir se deseja ou não colocar a prótese1 ou implante2.
As próteses mamárias podem ser aplicadas em qualquer idade depois de as mamas10 terem sido integralmente formadas, mas nas mulheres que pretendem engravidar elas devem ser feitas após a gravidez11, pois a gestação e a amamentação12 modificam muito o volume e a forma das mamas10.
Essas próteses usualmente são colocadas posteriormente à glândula13 mamária e, por isso, mesmo quando colocadas antes de uma eventual amamentação12, não a impedem.
As próteses de glúteos4 também podem ser colocadas em qualquer idade acima de 16 ou 18 anos, quando o crescimento dos glúteos4 já atingiu seu ponto máximo. Elas são colocadas acima da linha de pressão do paciente assentado, para evitar pressão sobre a prótese1. No entanto, o paciente fica impedido de tomar injeções nos glúteos4, porque isso poderia perfurar a prótese1.
Os implantes aplicados nas panturrilhas14 foram usados inicialmente em pacientes que haviam sofrido de paralisia15 infantil (doença já erradicada do país), mas atualmente também são utilizados por aqueles que têm pernas finas, como consequência de alguma doença ou de um fator constitucional, e que desejam aumentá-las.
As próteses de queixo ou de maçãs do rosto são usadas para aumentar ou remodelar essas regiões da face16 em pacientes que não apresentem razões dentárias para a deformidade delas.
Há, ainda, outros tipos menos comuns de próteses de silicone, destinadas a outras partes do corpo. Se, por acaso, você tiver interesse nelas, consulte seu médico.
As próteses normais devem ser revistas a cada 10 anos (prazo previsto para duração do produto) e talvez necessitem ser trocadas, mas em caso de arrependimentos elas podem ser retiradas a qualquer momento, restando apenas as cicatrizes17, que usualmente são pequenas, estrategicamente localizadas e, conforme o caso, inaparentes.
A ruptura prematura da prótese1 é uma possibilidade de complicação, mas se forem tomados os cuidados pertinentes, isso é uma ocorrência muito rara.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.