Tomar água em jejum - é mesmo benéfico?
Por que tomar água em jejum?
Há uma crença popular de que beber alguns copos de água imediatamente após acordar, em jejum, é bom para a saúde1. Esse é um hábito popular no Japão, onde acredita-se que esta prática pode tratar várias doenças, como dores de cabeça2, dores no corpo, melhoria do sistema cardiovascular3, artrite4, taquicardias, epilepsia5, excesso de gordura6, bronquite, asma7, tuberculose8, meningite9, doenças nos rins10 e urina11, vômitos12, gastrite13, diarreia14, diabetes15, constipação16, todas as doenças oculares, do útero17, câncer18, distúrbios menstruais, doenças do ouvido, nariz19 e garganta20.
Considedrada assim, com abrangência tão ampla, beber água em jejum parece ser uma panaceia sem sentido. No entanto, a água produz vários benefícios ao organismo:
- Uma hidratação adequada é importante para o funcionamento correto de todo o organismo, principalmente o cérebro21.
- O consumo adequado de água ajuda a eliminar os resíduos e nutrientes desnecessários, através da urina11, e ajuda na dissolução dos nutrientes a serem absorvidos e transportados pelo sangue22 para as células23 do corpo.
- A água ajuda a manter a elasticidade24 e a tonicidade da pele25 e também atua como um lubrificante para os músculos26 e articulações27.
- Mas ingerir água em excesso também pode ser prejudicial! A pessoa urina11 mais e, ao urinar, também perde sais minerais, cujo equilíbrio é necessário para o bom funcionamento do organismo.
- Não se deve beber mais de três litros de água por dia, pois isso faz os rins10 trabalharem mais e sem necessidade.
Leia sobre "Constipação16 em adultos", "Meu filho tem constipação16", "Alimentos laxativos28 e constipantes" e "Desidratação29".
Como tomar água em jejum?
Apesar de não haver estudos que comprovem a eficácia deste hábito, a Associação Médica do Japão aconselha que a “terapia da água” deva ser feita da seguinte maneira:
- Ao acordar, antes até de escovar os dentes, deve-se beber quatro copos de água.
- Não beber ou comer mais nada nos 45 minutos seguintes. Passado este tempo, a pessoa pode comer e beber normalmente.
- Não comer nem beber nada até duas horas depois do café da manhã.
- Preferivelmente, a água deve estar na temperatura ambiente ou morna e não deve conter flúor ou outros químicos.
A princípio pode ser difícil tomar água pela manhã, mas com o tempo esse hábito ficará mais fácil e mesmo automatizado e o próprio organismo vai começar a solicitar essa ingestão naturalmente. Para que a pessoa se acostume com o consumo de água, ela deve começar com pequenas quantidades. Inicie tomando um copo de água, vá aumentando progressivamente para 2, 3 e 4 copos. Para algumas pessoas, é útil complementar os benefícios da água com um pouco de suco do limão.
Quais são os benefícios de tomar água em jejum?
- Beber água em jejum pela manhã ajuda na produção de novas células musculares30 e sanguíneas e depura o corpo de toxinas31 indesejadas.
- Tomar água em jejum auxilia no equilíbrio do sistema linfático32 do corpo, ou seja, facilita a drenagem33 da linfa34.
- Beber água em jejum ao acordar limpa o intestino, fazendo com que os nutrientes sejam absorvidos mais facilmente ao longo do dia.
- A ingestão de água ao acordar contribui para o tratamento de várias doenças, como as relacionadas anteriormente.
- Beber água em jejum ao acordar acelera o metabolismo35 em até 25%, aumentando a queima calórica durante todo o dia e provendo uma inibição do apetite, sendo uma boa tática para ajudar a emagrecer.
- A água é um importante combustível para o cérebro21, 75% do qual é feito de água. A hidratação tem grande influência sobre ele.
- Beber água em jejum evita a constipação16, já que a principal causa da constipação16 é a desidratação29.
As bebidas alcoólicas, ao contrário, desidratam muito o corpo e podem anular os benefícios de tomar água.
Veja também sobre "Circulação36 da linfa34", "Drenagem33 linfática" e "Dicas para emagrecer".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.