Drenagem linfática - Quais os benefícios? Quem não deve fazer?
O que é a circulação linfática1?
A circulação linfática1 é uma terceira circulação2, além da arterial e da venosa. Ao contrário do sangue3, que conta com a bomba cardíaca para impulsioná-lo, o fluido que circula pelas vias linfáticas, conhecido como linfa4, não conta com uma bomba equivalente e se move lentamente pelo corpo. Para circular, depende da ação de compressão dos músculos5, que pressionam a linfa4 através dos vasos linfáticos. Este fluido é então transportado para os ductos linfáticos, que desembocam nas veias6 subclávias, adentrando então no sistema circulatório7. A circulação linfática1 é constituída por uma rede complexa de delgados vasos e capilares8 linfáticos que se distribuem por todo o corpo, produzem e transportam a linfa4 dos tecidos até o sistema circulatório7 e são responsáveis pela absorção de detritos e macromoléculas produzidas durante os processos metabólicos. A linfa4 tem uma composição parecida com a do sangue3, mas não possui hemácias9 e 99% dos seus glóbulos são linfócitos. Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionais que impedem o refluxo, o que faz com que a circulação2 da linfa4 se dê sempre à frente, num sentido centrípeto - das extremidades em direção ao tronco. Os vasos linfáticos são de calibre muito pequeno, podem sofrer obstruções com facilidade e se isso acontecer o líquido se acumula na zona afetada, produzindo um inchaço10 denominado edema11. Mesmo não tendo vasos obstruídos, devido à lentidão da circulação2, a linfa4 tende a se acumular nos tecidos. A circulação linfática1 também capta as gorduras e vitaminas no intestino e as destina ao fígado12, onde essas substâncias são metabolizadas e posteriormente enviadas ao sistema circulatório7 como nutrientes.
O que é drenagem13 linfática?
A drenagem13 linfática é uma técnica de massagem que visa ativar a circulação linfática1 para evitar o acúmulo de líquido. Ela pode ser feita manualmente ou por meio de aparelhos. Os profissionais indicados para fazer a drenagem13 linfática são fisioterapeutas e massoterapeutas.
Em que consiste a drenagem13 linfática?
A massagem deve ser feita sobre o trajeto dos vasos linfáticos, no sentido progressivo da circulação linfática1, o que significa, para cada segmento do corpo, no sentido dos gânglios linfáticos14. Assim, nas pernas, os movimentos devem ser ascendentes; na barriga, até a virilha; nos braços e tórax15, em direção às axilas; no rosto, até o pescoço16; no couro cabeludo rumo às têmporas... A drenagem13 linfática feita com as mãos17 é mais eficiente do que a feita com aparelhos e permite que o profissional trabalhe mais intensamente as regiões do corpo mais necessitadas. Nos gânglios linfáticos14, o profissional deve fazer movimentos circulares no sentido horário, que os esvazie. Feita a drenagem13, a linfa4 volta a se acumular e por isso, para ter resultados benéficos, este tratamento deve ser feito frequentemente, de uma a três vezes por semana. Se a própria pessoa aprender a fazê-la, o ideal é que ela a faça todos os dias. Os efeitos benéficos gerais da drenagem13 linfática, como diminuição do inchaço10 e um sentimento de leveza, são sentidos de imediato. Já nos seus usos terapêuticos, os resultados dependem de outros fatores, como alimentação adequada, abandono do tabagismo, controle do estresse e do grau da condição a ser tratada.
Por que fazer drenagem13 linfática?
Um dos objetivos da drenagem13 linfática é retirar a linfa4 que se acumula entre as células18 e ajudar a diminuir a retenção de líquidos. Além disso, ela ajuda a combater a celulite19 e as gorduras localizadas, desintoxica o organismo, eliminando mais rapidamente as substâncias nocivas ao nosso corpo, ativa a circulação2 sanguínea e o sistema imunológico20. Terapeuticamente, essa massagem também pode ser utilizada como tratamento sintomático21 auxiliar e paliativo22 nos casos de filariose, em que os vasos linfáticos são obstruídos por um parasita23. A drenagem13 linfática não deve ser feita em casos em que haja infecção24, pois isso pode espalhá-la ainda mais. Ela também não deve ser feita em pessoas com doenças ou fragilidades vasculares25, insuficiência cardíaca26, trombose27 e hipertensão arterial28 descompensada, para evitar complicações. Também os pacientes com câncer29 ou que estejam se submetendo à quimioterapia30 não devem fazê-la para evitar que eventuais células18 tumorais se espalhem pelo corpo.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.