O que você sabe sobre afasia?
O que é afasia1?
A afasia1 (do grego: a = não + fasia = fala) é uma perturbação da fala que ocorre depois de ela ter sido adquirida de maneira normal. Consiste na dificuldade de expressão e/ou compressão da linguagem falada e/ou escrita. É um enfraquecimento ou perda do poder de captação, manipulação e expressão das palavras. A afasia1 não é em si uma doença, mas um sintoma2 de uma condição subjacente. Dentre os tipos de afasia1 existentes, encontram-se a afasia1 de Wernicke, afasia1 de Broca e afasia1 global.
Quais são as causas da afasia1?
A afasia1 ocorre em virtude de lesões3 em alguns centros cerebrais. Geralmente, está relacionada a uma lesão4 do lado esquerdo do cérebro5, em áreas responsáveis pela compreensão da linguagem. As condições clínicas que mais frequentemente causam afasia1 são tumores cerebrais, acidente vascular cerebral6, doenças infecciosas como a meningite7, traumatismos cranioencefálicos, epilepsias e o uso de algumas medicações. A causa mais comum é um acidente vascular cerebral6 cuja localização se dá junto à artéria cerebral média8 esquerda ou aos ramos junto à região do cérebro5 responsável pela linguagem.
Quais são as principais características clínicas da afasia1?
A afasia1 caracteriza-se por dificuldades de se expressar verbalmente e compreender o que está sendo dito. Pode levar a um discurso vago ou vazio, caracterizado por longos circunlóquios e pelo uso excessivo de expressões indefinidas como "coisa", "aquilo" etc. Em alguns casos, pode apresentar-se como um comprometimento grave da linguagem escrita e falada e da repetição da linguagem. A afasia1 na maioria das vezes é caracterizada pela dificuldade em nomear pessoas e objetos.
Apesar de haver vários tipos de afasia1, distinguem-se dois grandes grupos: as afasias de expressão e as afasias sensoriais ou de recepção. As afasias de expressão compreendem essencialmente (1) a afasia1 de Broca, descoberta por Paul Broca em 1861, que se caracteriza pela dificuldade ou incapacidade de articular um discurso oral ou escrito e de produzir linguagem eficiente, além de uma alteração ligeira a moderada da compreensão; (2) a afasia1 de condução, constituída por lesões3 que conectam as áreas de Broca e Wernicke, causa dificuldade de oferecer respostas adequadas, embora a compreensão esteja pouco alterada; (3) a afasia1 sensorial (receptiva) e (4) a afasia1 de Wernicke, que é uma afasia1 fluente, caracterizada por uma perturbação da compreensão do discurso, embora a fala esteja fluente, com poucas repetições espontâneas. Na afasia1 de Wernicke, normalmente o paciente apresenta dificuldade de compreensão e de expressão, mas consegue articular as palavras e se irrita quando não é compreendido.
Como o médico diagnostica a afasia1?
O diagnóstico9 da afasia1 é feito através da avaliação da capacidade de compreensão e expressão do paciente. O correto é iniciar pela avaliação sensorial, já que a deficiência auditiva pode interferir no processo de comunicação. Nos casos de hemiplegia10, se faz necessário ter certeza de que apenas um lado do cérebro5 está comprometido. O diagnóstico9 das causas da afasia1 pode exigir exames laboratoriais bioquímicos (sangue11, urina12, líquor13 etc.) e de imagens, como radiografias, ressonância magnética14, tomografia computadorizada15, eletroencefalograma16 e estudo da condução nervosa.
Como o médico trata a afasia1?
O tratamento para a afasia1 baseia-se em exercícios que estimulem a linguagem oral e escrita. Além do tratamento médico, dirigido para a enfermidade subjacente, existe também a opção de combinação das terapias fisioterápicas, fonoaudiológicas, ocupacionais e psicológicas para a afasia1 em si. A doença subjacente causal deve ser tratada pelos meios próprios.
Como evolui a afasia1?
Alguns pacientes afásicos recuperam-se em tempo relativamente curto, enquanto outros podem não se recuperar totalmente, dependendo da causa.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.