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Discinesia tardia: quais medicamentos podem causá-la? Tem prevenção?

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O que é discinesia tardia1?

Chama-se discinesia tardia1 a um quadro de movimentos involuntários da língua2, lábios, rosto, tronco e extremidades que ocorrem em pacientes tratados com neurolépticos3 por longo prazo ou medicações antagonistas dopaminérgicas.

Quais são as causas da discinesia tardia1?

A discinesia tardia1 pode ser causada por um tratamento prolongado com neurolépticos3 ou antagonistas da dopamina4. Embora esses movimentos sejam mais comumente associados ao uso de neurolépticos3, aparentemente eles já existiam mesmo antes do desenvolvimento de tais agentes, mas as pessoas com esquizofrenia5 e outras desordens neuropsiquiátricas são especialmente vulneráveis ao desenvolvimento desta condição, após a exposição aos neurolépticos3 convencionais, anticolinérgicos, toxinas6, abuso de substâncias e outros agentes.

A amissulprida também tem sido apontada como causa da discinesia tardia1. Também a metoclopramida, um antiemético7 antagonista8 potente do receptor de dopamina4, anti-histamínicos, fluoxetina, amoxapina (um antidepressivo tricíclico) e outros agentes podem causar discinesia tardia1, particularmente em doentes idosos. Por outro lado, agentes antipsicóticos mais recentes, como a olanzapina e a risperidona, por exemplo, oferecem menores riscos desse efeito.

As discinesias tardias são mais comuns em pacientes com esquizofrenia5, transtorno esquizoafetivo, transtorno bipolar ou que tenham sido tratados com medicamentos antipsicóticos por longos períodos, mas elas podem ocorrer também em outros pacientes. Por exemplo, as pessoas com síndrome9 alcoólica fetal, outras deficiências de desenvolvimento e transtornos cerebrais são vulneráveis ao desenvolvimento de discinesia tardia1, mesmo depois de receber apenas uma dose do agente causador. Muito provavelmente, traços genéticos também produzem uma vulnerabilidade à discinesia tardia1 quando o indivíduo é exposto a agentes particulares.

Não são todas as pessoas que tomam esses medicamentos que apresentam o problema e não se sabe ao certo o que faz com que certas pessoas o manifestem e outras não. Mas sabe-se que mulheres e pessoas mais velhas têm maior risco de apresentá-lo.

Qual é a fisiopatologia10 da discinesia tardia1?

Basicamente, a discinesia tardia1 é um distúrbio dos movimentos. O sistema piramidal11 controla os movimentos voluntários e as atividades motoras extrapiramidais resultam em movimentos involuntários, automáticos. Embora a fisiopatologia10 da discinesia tardia1 ainda não esteja bem esclarecida, a hipótese mais provável é de que o bloqueio da dopamina4 nessas estruturas desempenhe um papel na patogênese12 da condição. A nicotina também parece ter um papel na fisiopatologia10 desse quadro.

Quais são os principais sinais13 e sintomas14 da discinesia tardia1?

Os indivíduos tratados com neurolépticos3 podem sofrer discinesias agudas ou crônicas, tardias. As perturbações agudas dos movimentos incluem acatisia15 (necessidade de movimentar as pernas, de andar; impossibilidade de estar parado, sentado), distonia16 aguda, outras discinesias hipercinéticas, síndromes parkinsonianas, manifestadas por bradicinesia17, rigidez e tremor. As síndromes tardias incluem, além da discinesia orofacial prototípica, outras hipercinesias18 entre elas a acatisia15 tardia, o blefaroespasmo19 tardio, a distonia16 tardia, a mioclonia20 tardia e os tiques tardios.

A acatisia15 tardia manifesta-se por contorções durante os movimentos de marcha; o blefaroespasmo19 (contração sustentada ou repetitiva da pálpebra) geralmente ocorre em conjunto com distonias21 da parte inferior da face22, que se apresenta como postura fixa da face22, do pescoço23, extremidades e tronco e deve ser diferenciada da distonia16 aguda, que ocorre nos primeiros dias de tratamento com neurolépticos3; a mioclonia20 tardia é rara e se apresenta como breves repuxões de músculos24 na face22, pescoço23, tronco e extremidades e os tiques se assemelham à síndrome9 de Tourette e são caracterizados por múltiplos tiques motores e vocais, ecolalia25, ecopraxia26, coprolalia27 e copropraxia28. Além disso, pode haver também um tremor tardio associado ao tratamento em longo prazo com os antagonistas da dopamina4.

A discinesia tardia1 deve ser diferenciada dos distúrbios agudos do movimento induzidos por neurolépticos3. O prototípico da discinesia tardia1 é a mastigação vestíbulo-lingual, mas pode haver movimentos coreiformes29 e atetoides30 rítmicos da língua2, mandíbula31, tronco e extremidades durante o tratamento com neuroléptico32 ou até quatro semanas depois que eles foram descontinuados. Em geral, ela aparece pelo menos três meses depois que o indivíduo é exposto ao neuroléptico32, ou um mês depois, se o paciente está com 60 anos ou mais. As discinesias tardias não ocorrem durante o sono.

Como o médico diagnostica a discinesia tardia1?

O diagnóstico33 das discinesias agudas ou crônicas exige uma história médica cuidadosa e uma história do uso de medicações pelo paciente e quase sempre o diagnóstico33 é complementado pela observação dos movimentos: a hipercinesia34 orofacial é a forma prototípica, caracterizada por movimentos irregulares de amplitude variável e baixa frequência da língua2, bochechas, mandíbula31, área perioral e outras regiões da face22, dedos, mãos35 e pés. Podem ser observados movimentos na parte superior da face22, como o piscar excessivo e o enrugamento da testa. Eles se parecem com movimentos involuntários, repetitivos e estereotipados, como caretas com ou sem protrusão da língua2. Às vezes, os movimentos se assemelham a fazer “beicinho”, mascar ou chupar alguma coisa ou a dentaduras mal ajustadas.

A discinesia tardia1 é comumente associada a movimentos atetoides36 das extremidades, incluindo torções, contorções, ondulações dos dedos das mãos35 e pés. Também podem ser observados movimentos semelhantes ao de tocar guitarra ou piano e outros movimentos de flexão e extensão dos dedos. Movimentos de flexão e extensão dos tornozelos e dos dedos dos pés são característicos e movimentos discinéticos do pescoço23, tronco e pelve37 são vistos ocasionalmente. Movimentos bruscos do abdome38 e diafragma39, resultando em irregularidade respiratória podem ocorrer.

A discinesia tardia1 induzida por neurolépticos3 geralmente está presente em repouso e diminui ou desaparece quando a parte do corpo afetada é ativada e é aumentada quando a atenção do paciente é retirada dos movimentos, como quando o examinador pede ao paciente para mover uma parte diferente do corpo. A acatisia15 tardia inclui a presença de sintomas14 subjetivos de inquietação e a vontade de se mover. O blefaroespasmo19 tardio se manifesta como contrações repetitivas, contundentes e sustentadas do músculo orbicular do olho40. Tremores tardios persistentes manifestam-se como movimentos involuntários rítmicos senoidais de membros, cabeça41, pescoço23 ou da voz. Um diagnóstico33 diferencial deve ser feito com a doença de Huntington, doença de Wilson42, uma neoplasia43 do sistema nervoso44, hipertireoidismo45, parkinsonismo e outras reações induzidas por medicamentos ou pela retirada de neurolépticos3. Se existir a suspeita de infecção46, indicada uma punção lombar para obtenção de amostras de líquido cefalorraquidiano47 para análise laboratorial.

Como o médico trata a discinesia tardia1?

Se o paciente estiver tomando neurolépticos3 eles devem ser interrompidos. Os neurolépticos3 atípicos têm um risco mais reduzido de causarem discinesia tardia1. A clozapina tem sido recomendada como tratamento preferencial para pacientes48 com discinesia tardia1 que ainda requerem antipsicóticos. Os agentes terapêuticos para os quais existe alguma sustentação científica incluem a vitamina49 E, a levodopa, os benzodiazepínicos, a toxina50 botulínica, a reserpina, a tetrabenazina e o propranolol. Habitualmente, a discinesia tardia1 estabelecida é resistente aos tratamentos.

Como prevenir a discinesia tardia1?

A prevenção primária da discinesia tardia1 pode ser feita usando-se a menor dose efetiva de neurolépticos3 por um período o mais curto possível, ponderando os riscos do uso dos neurolépticos3 contra os riscos de exacerbação da psicose51.

ABCMED, 2015. Discinesia tardia: quais medicamentos podem causá-la? Tem prevenção?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/795629/discinesia-tardia-quais-medicamentos-podem-causa-la-tem-prevencao.htm>. Acesso em: 11 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Discinesia tardia: Síndrome potencialmente irreversível, caracterizada por movimentos repetitivos, involuntários e não intencionais dos músculos da língua, boca, face, pescoço e (mais raramente) das extremidades. Ela se caracteriza por movimentos discinéticos involuntários e irreversíveis e pode se desenvolver com o uso de medicamentos tais como antipsicóticos e neurolépticos.
2 Língua:
3 Neurolépticos: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
4 Dopamina: É um mediador químico presente nas glândulas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro.
5 Esquizofrenia: Doença mental do grupo das Psicoses, caracterizada por alterações emocionais, de conduta e intelectuais, caracterizadas por uma relação pobre com o meio social, desorganização do pensamento, alucinações auditivas, etc.
6 Toxinas: Substâncias tóxicas, especialmente uma proteína, produzidas durante o metabolismo e o crescimento de certos microrganismos, animais e plantas, capazes de provocar a formação de anticorpos ou antitoxinas.
7 Antiemético: Substância que evita o vômito.
8 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
9 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
10 Fisiopatologia: Estudo do conjunto de alterações fisiológicas que acontecem no organismo e estão associadas a uma doença.
11 Piramidal: Osso do carpo, localizado entre o OSSO SEMILUNAR e o HAMATO.
12 Patogênese: Modo de origem ou de evolução de qualquer processo mórbido; nosogenia, patogênese, patogenesia.
13 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
14 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Acatisia: Síndrome caracterizada por sentimentos de inquietação interna que se manifesta por incapacidade de se manter quieta. É frequentemente causada por medicamentos neurolépticos.
16 Distonia: Contração muscular involuntária causando distúrbios funcionais, dolorosos e estéticos.
17 Bradicinesia: Dificuldade de iniciar os movimentos, lentidão nos movimentos e dificuldade de realizar os movimentos com fluência. É o sintoma mais proeminente na doença de Parkinson e que leva à incapacidade de realização das atividades diárias.
18 Hipercinesias: Motilidade patologicamente excessiva, com aumento da amplitude e da rapidez dos movimentos.
19 Blefaroespasmo: Doença neuromuscular que causa contração involuntária dos músculos ao redor dos olhos, fazendo com que o paciente pisque os olhos de modo involuntário e vigoroso.
20 Mioclonia: Contração muscular súbita e involuntária que se verifica especialmente nas mãos e nos pés, devido à descarga patológica de um grupo de células nervosas.
21 Distonias: Contração muscular involuntária causando distúrbios funcionais, dolorosos e estéticos.
22 Face: Parte anterior da cabeça que inclui a pele, os músculos e as estruturas da fronte, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula.
23 Pescoço:
24 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
25 Ecolalia: Repetição patológica e aparentemente sem sentido (“fazer eco“) de uma palavra ou frase recém falada por outra pessoa.
26 Ecopraxia: Repetição por imitação dos movimentos de outra pessoa. É uma ação involuntária e tem uma qualidade semi-automática e incontrolável.
27 Coprolalia: Tendência incontrolável a usar palavras obscenas.
28 Copropraxia: Tique nervoso que se traduz em atos descontrolados de fazer gestos obscenos ou tidos socialmente como proibidos.
29 Movimentos coreiformes: Movimentos convulsivos, rápidos, forçosos e involuntários que podem ser sutis ou se tornar confluentes, alterando marcadamente os padrões normais de movimento. Geralmente a hipotonia e reflexos pendulares estão associados. As afecções caracterizadas por episódios persistentes ou recidivantes de coreia como manifestação primária da doença são chamadas transtornos coreicos. A coreia também é uma manifestação frequente das doenças dos gânglios da base.
30 Atetoides: Discinesia caracterizada por incapacidade em manter em posição estável os dedos, artelhos, língua e outras partes do corpo, resultando em movimentos lentos e contínuos, senoidais e involuntários suaves. Esta doença é frequentemente acompanhada por coreia (sendo denominada coreoatetose). Atetose pode ocorrer como manifestação de doenças dos gânglios da base ou de toxicidade de drogas.
31 Mandíbula: O maior (e o mais forte) osso da FACE; constitui o maxilar inferior, que sustenta os dentes inferiores. Sinônimos: Forame Mandibular; Forame Mentoniano; Sulco Miloióideo; Maxilar Inferior
32 Neuroléptico: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
33 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
34 Hipercinesia: Motilidade patologicamente excessiva, com aumento da amplitude e da rapidez dos movimentos.
35 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
36 Movimentos atetoides: Discinesia caracterizada por incapacidade em manter em posição estável os dedos, artelhos, língua e outras partes do corpo, resultando em movimentos lentos e contínuos, senoidais e involuntários suaves. Esta doença é frequentemente acompanhada por coreia (sendo denominada coreoatetose). Atetose pode ocorrer como manifestação de doenças dos gânglios da base ou de toxicidade de drogas.
37 Pelve: 1. Cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ossos ilíacos), sacro e cóccix; bacia. 2. Qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
38 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
39 Diafragma: 1. Na anatomia geral, é um feixe muscular e tendinoso que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. 2. Qualquer membrana ou placa que divide duas cavidades ou duas partes da mesma cavidade. 3. Em engenharia mecânica, em um veículo automotor, é uma membrana da bomba injetora de combustível. 4. Na física, é qualquer anteparo com um orifício ou fenda, ajustável ou não, que regule o fluxo de uma substância ou de um feixe de radiação. 5. Em ginecologia, é um método contraceptivo formado por uma membrana de material elástico que envolve um anel flexível, usado no fundo da vagina de modo a obstruir o colo do útero. 6. Em um sistema óptico, é uma abertura que controla a seção reta de um feixe luminoso que passa através desta, com a finalidade de regular a intensidade luminosa, reduzir a aberração ou aumentar a profundidade focal.
40 Olho: s. m. (fr. oeil; ing. eye). Órgão da visão, constituído pelo globo ocular (V. este termo) e pelos diversos meios que este encerra. Está situado na órbita e ligado ao cérebro pelo nervo óptico. V. ocular, oftalm-. Sinônimos: Olhos
41 Cabeça:
42 Doença de Wilson: Doença de Wilson ou degeneração hepatolenticular é uma doença hereditária autossômica recessiva causada pelo acúmulo tóxico de cobre nos tecidos, principalmente no cérebro e no fígado, o que leva o portador a manifestar sintomas neuropsiquiátricos e de doença hepática. É tratada com medicamentos que reduzem a absorção de cobre ou removem seu excesso do corpo, mas ocasionalmente um transplante de fígado é necessário. Os distúrbios hepáticos mais proeminentes geralmente ocorrem em crianças e adolescentes, enquanto que os doentes com predominância de sintomas neurológicos e psiquiátricos têm geralmente vinte anos de idade ou mais no momento que procuram atendimento médico.
43 Neoplasia: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
44 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
45 Hipertireoidismo: Doença caracterizada por um aumento anormal da atividade dos hormônios tireoidianos. Pode ser produzido pela administração externa de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo iatrogênico) ou pelo aumento de uma produção destes nas glândulas tireóideas. Seus sintomas, entre outros, são taquicardia, tremores finos, perda de peso, hiperatividade, exoftalmia.
46 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
47 Líquido cefalorraquidiano: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
48 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
49 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
50 Toxina: Substância tóxica, especialmente uma proteína, produzida durante o metabolismo e o crescimento de certos microrganismos, animais e plantas, capaz de provocar a formação de anticorpos ou antitoxinas.
51 Psicose: Grupo de doenças psiquiátricas caracterizadas pela incapacidade de avaliar corretamente a realidade. A pessoa psicótica reestrutura sua concepção de realidade em torno de uma idéia delirante, sem ter consciência de sua doença.
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