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Orelhas em abano: o que fazer com elas?

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O que é orelha1 em abano?

Chama-se orelhas2 em abano a uma conformação cosmética em que as orelhas2 são mais projetadas para frente que o normal, conferindo à face3 e à cabeça4 aparência especial. Estima-se que essa condição atinja cerca de 2% a 5% da população. Como pode haver uma gradação nesse defeito, é impossível dizer com exatidão a partir de que ponto ele se torna anormal. Assim, a sua correção depende mais da vontade da pessoa que da avaliação médica, porque se trata somente de um problema estético, sem nenhum prejuízo funcional. No entanto, pode ter um efeito psicológico e social severo, sobretudo em crianças e adolescentes.

Chama-se otoplastia5 à cirurgia que visa dar à orelha1 uma aparência mais natural e anatômica.

Quais são as causas da orelha1 em abano?

As orelhas2 em abano não são malformações6, mas uma condição que afeta 5% dos indivíduos de raça branca. Orelhas2 em abano, no entanto, parecem ter uma incidência7 familiar, embora não se tenha identificado nenhum gene que as cause e nem todos os irmãos, por exemplo, vão necessariamente ter o problema. Cerca de 60% das pessoas afetadas tem uma história familiar do problema.

Quais são as principais características da orelha1 em abano?

As orelhas2 em abano podem apresentar várias outras deformidades, tanto das próprias orelhas2 quanto de outros órgãos, especialmente do trato genitourinário. Muitos pacientes procuram camuflar as deformações cobrindo as orelhas2 com o cabelo8 comprido.

Como o médico diagnostica a orelha1 em abano?

Do ponto de vista médico, a otoplastia5 é indicada para corrigir orelhas2 que formam um ângulo maior de 30-35° em relação à cabeça4. Isto se dá graças ao aumento e lateralização da concha da orelha1 e à falta de dobradura adequada da anti-hélix, podendo esses problemas estarem ou não associados entre si ou acompanhados ou não da lateralização do lóbulo da orelha1.

Como o médico trata a orelha1 em abano?

Uma cirurgia chamada otoplastia5 visa corrigir a posição e outras anomalias das orelhas2, deixando-as com aparência natural e harmoniosa. É um procedimento muito simples, com duração de uma hora e risco muito baixo. Ambas as orelhas2 podem ser operadas no mesmo ato. Antes da cirurgia, várias fotografias das orelhas2 devem ser tomadas. A manipulação adequada das imagens de computador permite prever o resultado final, mesmo antes da cirurgia. Esta cirurgia procura dar equilíbrio e proporção às orelhas2 e à face3.

A posição das orelhas2 pode ser corrigida ainda quando criança, na adolescência ou na fase adulta: os pais ou o próprio paciente devem fazer a escolha do momento de operar. A cirurgia deve, no entanto, esperar até os cinco a sete anos de idade, porque até aí a orelha1 ainda está crescendo, chegando ao seu formato e tamanho definitivos. A anestesia9 dessa cirurgia pode ser local ou geral, dependendo da colaboração do paciente. O paciente deverá usar uma faixa elástica cobrindo a orelha1 durante aproximadamente trinta dias para a cicatrização ocorrer adequadamente. Deve também evitar dormir sobre a orelha1 operada, por 45 dias, em média.

Os pontos podem ser retirados de modo indolor e rápido após duas semanas. A cicatriz10 é muito pequena e com o tempo fica quase imperceptível. Além disso, fica na dobra detrás da orelha1, local normalmente invisível. A otoplastia5 deve ser contraindicada em todo paciente que tenha uma expectativa irrealística da cirurgia e também naqueles incapazes de cooperar com os cuidados pós-operatórios. Nessa fase, podem acontecer ligeiros sangramentos e hematomas11 e o paciente será orientado a tomar anti-inflamatórios e analgésicos12, se necessário.

Como evolui a cirurgia para corrigir a orelha1 em abano?

Um pequeno inchaço13 pode durar por três semanas, período no qual deve haver também algum desconforto, facilmente controlado com analgésicos12 e anti-inflamatórios comuns. Durante dez dias, deve-se evitar sol, frio, vento e traumatismos locais. Às vezes, ocorre uma diminuição da sensibilidade local por alguns meses. Os pacientes que antes da cirurgia escondiam suas orelhas2 com o cabelo8 comprido passam a se sentir mais confortáveis depois da cirurgia para usar cabelo8 curto ou preso para trás, melhorando sua autoestima.

Quais são as complicações possíveis da orelha1 em abano?

As complicações são raras, podendo ocorrer: infecção14, abertura de pontos e queloide15 (determinado geneticamente).

ABCMED, 2015. Orelhas em abano: o que fazer com elas?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/748712/orelhas-em-abano-o-que-fazer-com-elas.htm>. Acesso em: 25 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Orelha: Sistema auditivo e de equilíbrio do corpo. Consiste em três partes
2 Orelhas: Sistema auditivo e de equilíbrio do corpo. Consiste em três partes
3 Face: Parte anterior da cabeça que inclui a pele, os músculos e as estruturas da fronte, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula.
4 Cabeça:
5 Otoplastia: Cirurgia plástica na orelha que visa corrigir as alterações estéticas da orelha.
6 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
7 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
8 Cabelo: Estrutura filamentosa formada por uma haste que se projeta para a superfície da PELE a partir de uma raiz (mais macia que a haste) e se aloja na cavidade de um FOLÍCULO PILOSO. É encontrado em muitas áreas do corpo.
9 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
10 Cicatriz: Formação de um novo tecido durante o processo de cicatrização de um ferimento.
11 Hematomas: Acúmulo de sangue em um órgão ou tecido após uma hemorragia.
12 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
13 Inchaço: Inchação, edema.
14 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
15 Queloide: Cicatriz hipertrófica.
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