Síndrome nefrítica: conceito, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção e possíveis complicações
O que é a síndrome nefrítica1?
A síndrome nefrítica1 é a condição clínica em que os glomérulos renais2 que originam a urina3 sofrem uma série de distúrbios que alteram a filtração do sangue4. A síndrome nefrítica1 pode ser aguda, crônica ou de progressão rápida.
Quais são as causas da síndrome nefrítica1?
Quase sempre a síndrome nefrítica1 aguda é consequente a glomerulonefrites devidas a infecções5 bacterianas à distância, como na garganta6, por exemplo. Pode acontecer também como comprometimento dos rins7 em várias doenças infecciosas ou como reações do organismo a corpos estranhos, como próteses ou outros. Em todos esses casos ocorre uma inflamação8 renal9 por depósito dos chamados imunocomplexos10, que são moléculas formadas pela junção de antígenos11 e anticorpos12.
As causas das síndromes nefríticas crônicas são mais desconhecidas, mas parecem estar relacionadas com algum distúrbio glomerular não sabido ou não detectado.
As causas da forma de progressão rápida não se tornam conhecidas em muitos casos.
A síndrome nefrítica1 pode dever-se ao depósito de imunocomplexos10 pela presença de enfermidades autoimunes13 silenciosas ou porque o sistema imunológico14 do indivíduo passa a produzir anticorpos12 que atacam os glomérulos15.
Quais são os principais sinais16 e sintomas17 da síndrome nefrítica1?
Nas síndromes nefríticas geralmente há hipervolemia (aumento do volume de líquidos no organismo), edema18, hipertensão arterial19, hematúria20, proteinúria21, oligúria22 e presença de leucócitos23 na urina3, etc., embora nem sempre essas alterações ocorram todas ao mesmo tempo. A síndrome nefrítica1 aguda, mais que as outras, está associada ao desenvolvimento de hipertensão arterial19, de reações inflamatórias no tecido24 intersticial25 dos rins7 e de interrupção temporária da função renal9. A síndrome nefrítica1 crônica se desenvolve gradual e silenciosamente. A síndrome nefrítica1 rapidamente progressiva é a forma mais grave e pode levar à destruição da maioria dos glomérulos15 em semanas ou dias. A síndrome26 aguda é a mais frequente em pessoas de todas as idades e também a mais simples de tratar.
Como o médico diagnostica a síndrome nefrítica1?
Quando a síndrome nefrítica1 gera sintomas17, pode ser diagnosticada clinicamente com mais facilidade por meio da história clínica do paciente e do exame físico e pode ser confirmada por exames laboratoriais simples de sangue4 e urina3. Exames de imagens complementam o diagnóstico27. Nas síndromes secundárias a doenças infecciosas pode-se também pesquisar no sangue4 a presença de anticorpos12 específicos dos agentes infecciosos. Alguns casos necessitam de uma biópsia28 renal9 para precisar o seu diagnóstico27.
Como o médico trata a síndrome nefrítica1?
O tratamento da síndrome nefrítica1 depende da causa da doença. Sintomaticamente, deve cuidar-se da pressão arterial29 e do equilíbrio hidroeletrolítico30 do indivíduo, administrando os anti-hipertensivos e diuréticos31 adequados e observando uma dieta com restrição de sódio e proteínas32. No caso de haver infecção33 bacteriana vigente ou doenças autoimunes13 ativas esses processos devem ser adequadamente tratados. Em alguns casos, só a biópsia28 do rim34 permite fazer um planejamento terapêutico específico.
Como prevenir a síndrome nefrítica1?
A prevenção tem como objetivo principal procurar evitar os males que possam lesar os glomérulos renais2. Para isso, deve-se ter cuidados para evitar infecções5 bacterianas de qualquer espécie e tratar adequadamente as infecções5 eventualmente contraídas.
Quais são as complicações possíveis da síndrome nefrítica1?
As síndromes nefríticas rapidamente progressiva ou crônica levam à perda irreversível da função renal9, embora esse curso possa ser retardado por diversas estratégias.
As síndromes nefríticas rapidamente progressiva e crônica podem levar à falência renal9 em semanas ou dias e à consequente doença terminal renal9.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.