Atalho: 58XBNAP
Gostou do artigo? Compartilhe!

Apendicite. O que é?

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é apendicite1?

Apendicite1 é a inflamação2 do apêndice3, uma pequena estrutura localizada na região inferior direita do abdome4. O apêndice3 é uma extensão da primeira porção do intestino grosso5. Ainda não se sabe com certeza sua função, mas é sabido que podemos viver sem ele sem consequências aparentes.


A apendicite1 é uma emergência6 médica que requer pronto tratamento cirúrgico para a remoção do apêndice3. Se não tratada, pode complicar levando à perfuração e à infecção7.


Ela pode ocorrer em qualquer idade, mas é rara antes dos 2 anos e mais comum entre 10 e 30 anos.


O que causa a apendicite1?


A causa da apendicite1 nem sempre é esclarecida. Algumas vezes pode ocorrer por:

  • Obstrução: restos alimentares, bolo fecal, corpo estranho ou tumores podem obstruir o orifício do apêndice3.
  • Infecção7: a apendicite1 pode seguir uma infecção7, como por exemplo uma infecção7 intestinal, ou resultar de um edema8 do apêndice3 em resposta a alguma infecção7 do organismo.

Quais são os sintomas9?


O primeiro sintoma10 é geralmente um incômodo abdominal próximo ao umbigo11 ou na região abdominal superior que vai se tornando uma dor forte à medida que progride para o abdome4 inferior, do lado direito (fossa ilíaca12 direita). A dor piora em um período de 12 a 18 horas e eventualmente pode tornar-se severa.

Outros sintomas9 clássicos da apendicite1 são:

  • Perda de apetite.
  • Náusea13 e/ou vômito14 logo depois que a dor começa.
  • Edema8 abdominal.
  • Febre15 de 37,2 ° C e 38,8 ° C.
  • Dificuldade de eliminação de gases.
  • Piora da dor com movimentos, tosse ou caminhada.

Em metade dos casos, alguns outros sintomas9 aparecem, incluindo:

  • Dor forte em qualquer região do abdome4 superior ou inferior, dor lombar ou próxima ao reto16. A localização da dor pode variar dependendo da localização do apêndice3 ou da idade. Crianças jovens e mulheres grávidas, especialmente, podem sentir a dor em diferentes locais.
  • Dor para urinar.
  • Vômito14 que precede a dor abdominal.
  • Cãimbras ou espasmos17 severos.
  • Constipação18 ou diarreia19 com gases.


Quando procurar o médico?

Sempre que apresentar uma dor semelhante à descrita acima.

  • Toda dor abdominal que impeça uma pessoa de ficar em uma posição confortável requer atendimento médico imediato. Neste caso, não coma20, não beba e não use nenhum medicamento para dor (analgésicos21), antiácidos22 ou laxantes23 antes de conversar com um médico.
  • Caso você apresente estes sintomas9 procure ajuda médica imediatamente, pois o diagnóstico24 e o tratamento precoces são muito importantes para a boa evolução.


Como a apendicite1 é diagnosticada?


O diagnóstico24 pode ser difícil. Os sintomas9 podem ser vagos e muito semelhantes aos sintomas9 de outras doenças incluindo problemas na vesícula25, infecção7 urinária, doença de Crohn26, gastrite27, infecção7 intestinal e problemas no ovário28.


O exame físico é importante para localizar a dor. Pode ser necessário que o médico faça uma pressão na região da fossa ilíaca12 direita; quando a pressão for aliviada, a dor vai piorar momentaneamente – isto mostra que o peritôneo29 local está inflamado. Outros sinais30 observados são rigidez abdominal e tendência a contrair os músculos31 abdominais em resposta à pressão sobre um apêndice3 inflamado.


Alguns exames auxiliam no esclarecimento do diagnóstico24 como radiografia de abdome4, ultrassonografia32 abdominal, exame de urina33, toque retal, hemograma completo e até mesmo uma tomografia computadorizada34 abdominal.

O seu médico saberá indicar a melhor conduta.

ABCMED, 2010. Apendicite. O que é?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/54015/apendicite-o-que-e.htm>. Acesso em: 5 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Apendicite: Inflamação do apêndice cecal. Manifesta-se por abdome agudo, e requer tratamento cirúrgico. Sua complicação mais freqüente é a peritonite aguda.
2 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
3 Apêndice: Extensão do CECO, em forma de um tubo cego (semelhante a um verme).
4 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
5 Intestino grosso: O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecum), cólon (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus. Ele tem um papel importante na absorção da água (o que determina a consistência do bolo fecal), de alguns nutrientes e certas vitaminas. Mede cerca de 1,5 m de comprimento.
6 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
7 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
8 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
9 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
10 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
11 Umbigo: Depressão no centro da PAREDE ABDOMINAL, marcando o ponto onde o CORDÃO UMBILICAL entrava no feto. OMPHALO- (navel)
12 Fossa ilíaca: É uma das divisões da anatomia para a superfície da parede abdominal. Existe a fossa ilíaca direita que se localiza abaixo da região umbilical, próxima ao quadril do lado direito e tem como principais órgãos que se encontram sob esta região o ceco e o apêndice. E existe a fossa ilíaca esquerda que se localiza abaixo da região umbilical, próxima ao quadril do lado esquerdo. O principal órgão que se encontra sob esta região é a projeção do cólon sigmoide.
13 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
14 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
15 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
16 Reto: Segmento distal do INTESTINO GROSSO, entre o COLO SIGMÓIDE e o CANAL ANAL.
17 Espasmos: 1. Contrações involuntárias, não ritmadas, de um ou vários músculos, podendo ocorrer isolada ou continuamente, sendo dolorosas ou não. 2. Qualquer contração muscular anormal. 3. Sentido figurado: arrebatamento, exaltação, espanto.
18 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
19 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
20 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
21 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
22 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
23 Laxantes: Medicamentos que tratam da constipação intestinal; purgantes, purgativos, solutivos.
24 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
25 Vesícula: Lesão papular preenchida com líquido claro.
26 Doença de Crohn: Doença inflamatória crônica do intestino que acomete geralmente o íleo e o cólon, embora possa afetar qualquer outra parte do intestino. A doença cursa com períodos de remissão sintomática e outros de agravamento. Na maioria dos casos, a doença de Crohn é de intensidade moderada e se torna bem controlada pela medicação, tornando possível uma vida razoavelmente normal para seu portador. A causa da doença de Crohn ainda não é totalmente conhecida. Os sintomas mais comuns são: dor abdominal, diarreia, perda de peso, febre moderada, sensação de distensão abdominal, perda de apetite e de peso.
27 Gastrite: Inflamação aguda ou crônica da mucosa do estômago. Manifesta-se por dor na região superior do abdome, acidez, ardor, náuseas, vômitos, etc. Pode ser produzida por infecções, consumo de medicamentos (aspirina), estresse, etc.
28 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
29 Peritôneo: Membrana serosa que recobre internamente a cavidade abdominal e a maioria das vísceras contidas na mesma. Tem funções de proteção e fixação destas, e pode ser sede de processos inflamatórios e infecciosos.
30 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
31 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
32 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
33 Exame de urina: Também chamado de urinálise, o teste de urina é feito através de uma amostra de urina e pode diagnosticar doenças do sistema urinário e outros sistemas do organismo. Alguns testes são feitos em uma amostra simples e outros pela coleta da urina durante 24 horas. Pode ser feita uma cultura da urina para verificar o crescimento de bactérias na urina.
34 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.