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Labirintite. O que devo saber sobre ela?

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O que é labirintite1?

Labirintite1 é uma infecção2 ou inflamação3 do labirinto4, condição que ocorre raramente. As doenças do labirinto4 são conhecidas popularmente como “labirintites”, mas devem receber corretamente o nome de labirintopatias (afecções5 do ouvido interno6 ou labirinto4) ou vestibulopatias (problemas que acometem o sistema vestibular7 ou de equilíbrio). Estas são bem mais frequentes.


Quais são os sintomas8 das labirintopatias?

Os principais sintomas8 são:

  • Tontura9 (instabilidade física associada a falta de equilíbrio) ou vertigem10 (sensação de movimento oscilatório ou giratório do próprio corpo ou do ambiente em relação ao corpo)
  • Falta de equilíbrio
  • Nistagmo11
  • Zumbido ou tinnitus12
  • Deficiências auditivas
  • Sensação de ouvido tampado
  • Crises vertiginosas ou sintomas8 neurovegetativos (vertigem10, náusea13, vômitos14, instabilidade postural, nistagmo11 espontâneo, que podem estar acompanhados de sintomas8 cocleares)


Quais são as causas de labirintopatias?

São várias as causas de labirintopatias, algumas delas são:

  • Infecções15
  • Traumatismos de cabeça16 e pescoço17
  • Erros alimentares
  • Tumores
  • Doenças metabólicas (hipo ou hiperglicemia18, doenças da tireoide19, hipercolesterolemia20)
  • Distúrbios vasculares21 hipertensão arterial22 ou hipotensão23, arteriosclerose24)
  • Efeito de medicamentos como cafeína, anticoncepcionais, tranquilizantes, anti-inflamatórios, etc.
  • Anemias
  • Alterações articulares, como na articulação25 temporo-mandibular (ATM)
  • Doenças do sistema nervoso central26


Como o médico faz o diagnóstico27?

O diagnóstico27 geralmente é baseado no exame otoneurológico que compreende uma avaliação clínica do paciente (anamnese28, exame físico e exames clínicos subsidiários) seguida de uma avaliação auditiva e outra vestibular29, com exames complementares como audiometria30, imitanciometria, exames eletrofisiológicos e eletronistagmografia.


Qual o tratamento das labirintopatias?

O tratamento depende da causa e será direcionado ao alívio ou resolução da condição que está causando os sintomas8. Um diagnóstico27 bem feito vai ajudar na recuperação do paciente.

Muitas vezes é feito um tratamento sintomático31, ou seja, o principal sintoma32 - que costuma ser a tontura9, é tratado. Este tratamento também depende da causa e da intensidade deste sintoma32.

É bom lembrar que quando há uma alteração labiríntica, mesmo que definitiva, existe uma compensação central que leva de 2 a 3 meses e o equilíbrio se restabelece se não houver recidivas33. Portanto, o tratamento sintomático31 deve ser mantido por esse período após uma crise.


Qual médico devo procurar se estou com estes sintomas8?

Você pode procurar um clínico geral, um otorrinolaringologista ou um neurologista34. Caso seja necessário, estes especialistas vão orientar a busca por outros profissionais.

ABCMED, 2009. Labirintite. O que devo saber sobre ela?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/51538/labirintite-o-que-devo-saber-sobre-ela.htm>. Acesso em: 5 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Labirintite: Doença que pode acometer tanto o equilíbrio, quanto a parte auditiva. Os órgãos responsáveis pelo equilíbrio e pela audição estão situados no ouvido interno e se comunicam com o sistema nervoso central através dos nervos da audição e do nervo vestibular. Doenças infecciosas, inflamatórias, tumorais e alterações genéticas podem ocasionar alterações nessas estruturas anatômicas. Além da vertigem, a labirintite pode apresentar manifestações neurovegetativas - náuseas, vômitos, sudorese e alterações gastrintestinais como também estar associada a manifestações auditivas - perda de audição, sensação de ouvido cheio ou tapado e zumbido.
2 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
3 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
4 Labirinto: 1. Vasta construção de passagens ou corredores que se entrecruzam de tal maneira que é difícil encontrar um meio ou um caminho de saída. 2. Anatomia: conjunto de canais e cavidades entre o tímpano e o canal auditivo, essencial para manter o equilíbrio físico do corpo. 3. Sentido figurado: coisa complicada, confusa, de difícil solução. Emaranhado, imbróglio.
5 Afecções: Quaisquer alterações patológicas do corpo. Em psicologia, estado de morbidez, de anormalidade psíquica.
6 Ouvido interno: Atualmente denominado orelha interna está localizado na porção petrosa do osso temporal, recebe terminações nervosas do nervo coclear e vestibular, sendo parte essencial dos órgãos da audição e equilíbrio. É constituído de três estruturas: labirinto membranoso (endolinfático), labirinto ósseo (perilinfático) e cápsula ótica.
7 Sistema vestibular: O sistema vestibular é um dos sistemas que participam do equilíbrio do corpo. Ele contribui para três funções principais: controle do equilíbrio, orientação espacial e estabilização da imagem.
8 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
9 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
10 Vertigem: Alucinação de movimento. Pode ser devido à doença do sistema de equilíbrio, reação a drogas, etc.
11 Nistagmo: Movimento involuntário, rápido e repetitivo do globo ocular. É normal dentro de certos limites diante da mudança de direção do olhar horizontal. Porém, pode expressar doenças neurológicas ou do sistema de equilíbrio.
12 Tinnitus: Pode ser descrito como um som parecido com campainhas no ouvido ou outros barulhos dentro da cabeça que são percebidos na ausência de qualquer fonte de barulho externa.
13 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
14 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
15 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
16 Cabeça:
17 Pescoço:
18 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
19 Tireoide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente.
20 Hipercolesterolemia: Aumento dos níveis de colesterol do sangue. Está associada a uma maior predisposição ao desenvolvimento de aterosclerose.
21 Vasculares: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
22 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
23 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
24 Arteriosclerose: Doença degenerativa da artéria devido à destruição das fibras musculares lisas e das fibras elásticas que a constituem, levando a um endurecimento da parede arterial, geralmente produzido por hipertensão arterial de longa duração ou pelo envelhecimento.
25 Articulação: 1. Ponto de contato, de junção de duas partes do corpo ou de dois ou mais ossos. 2. Ponto de conexão entre dois órgãos ou segmentos de um mesmo órgão ou estrutura, que geralmente dá flexibilidade e facilita a separação das partes. 3. Ato ou efeito de articular-se. 4. Conjunto dos movimentos dos órgãos fonadores (articuladores) para a produção dos sons da linguagem.
26 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
27 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
28 Anamnese: Lembrança pouco precisa, reminiscência, recordação. Na filosofia platônica, é a rememoração gradativa através da qual o filósofo redescobre dentro de si as verdades essenciais e latentes que remontam a um tempo anterior ao de sua existência empírica. Na medicina, é o histórico de todos os sintomas narrados pelo paciente sobre o seu caso clínico. É uma espécie de “entrevista†feita pelo profissional da saúde, em que o paciente é submetido a perguntas que ajudarão na condução a um diagnóstico mais preciso. Ela precede o exame físico em uma consulta médica.
29 Vestibular: 1. O sistema vestibular é um dos sistemas que participam do equilíbrio do corpo. Ele contribui para três funções principais: controle do equilíbrio, orientação espacial e estabilização da imagem. Sintomas vestibulares são aqueles que mostram alterações neste sistema. 2. Exame que aprova e classifica os estudantes a serem admitidos nos cursos superiores.
30 Audiometria: Método utilizado para estudar a capacidade e acuidade auditivas perante diferentes freqüências sonoras.
31 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
32 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
33 Recidivas: 1. Em medicina, é o reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. 2. Em direito penal, significa recaída na mesma falta, no mesmo crime; reincidência.
34 Neurologista: Médico especializado em problemas do sistema nervoso.
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Comentários

24/12/2015 - Comentário feito por Wanderlei
Muito boa a materia sobre a tontura. Eu tenho s...
Muito boa a materia sobre a tontura. Eu tenho sofrido com essa doença a mais de um mes, eu durmo e acordo com ela, é cronica. Ja passei por neurologista, Fonoaldiologa e Otorrinolaringologista em busca de descobrir atraves de exames a causa dessa doença que tira ate a vonta de de viver. Fiz ressonancia magnetica e exames de ouvido e descobriram uma labirintite periferica e tenho tomado varios remedios mas nao tem resolvido, ja tomei Cinarizina, Meclin, Flunarizina e ja estou triste pois nao vejo melhra significativa. O que posso fazer, pois medicos nao tem ajudado a resolver esse problema, estou muito triste. Alguem por favor me ajude a sair desse problema cronico, lembrando que nunca na vida passei por isso , é a primeira vez.

25/06/2013 - Comentário feito por Terezinha
Re: Labirintite. O que devo saber sobre ela?
Olá,eu também tive a infelicidade de ter essa doença que é muito chata,deitei bem e acordei ruim...fui até o espelho com ajuda do meu esposo,pois achei que meus olhos não estavam no lugar de tão ruim que eu estava,fui ao hospital e lá disseram que podia ser labirintite,depois procurei especialista,foi constatado no exame neorologico e ai estou tomando labirin de 18 mg e o que ele me pediu para evitar café e não comer DOCES,isso faz muito mal....bom espero ter ajudado,tenho 43 anos e estou a pelo menos 1 més sem dirigir pois não tenho equilíbrio ainda!

08/06/2013 - Comentário feito por sonia
Re: Labirintite. O que devo saber sobre ela?
Boa noite!
fiz o exame otoneurológico, mas não passei da primeira etapa, passei muito mal, queria vomitar, suor frio... muito mal. A fonoaudiologista teve que parar o exame, ela me disse que poderia provocar uma crise. Gostaria de saber se isso é suficiente para um médico avaliar ou devo fazer de novo, realmente... foi os mesmos sintomas que tive nas crises anteriores. Agradeço a ajuda.

04/04/2013 - Comentário feito por ingrit
Re: Labirintite. O que devo saber sobre ela?
eu tenho labiritite fico muito tonta até parece que na cabeça fica
meio abobado é orivel olhar para baixo ou pra cima não da estou tomando remedio
que minha médica receitou mas tem dias que é orivel dor de cabeça e tudo

27/03/2013 - Comentário feito por ANTONIO
Re: Labirintite. O que devo saber sobre ela?
GRATO POR TAIS EXPLICAÇÕES, MAS VCS PODERIAM ADICIONAR EXERCÍCIOS PAR A PROCURA DE AMENIZAÇÃO DAS CRISES (CLARO) OBSERVANDO SEMPRE O CUIDADO DE PROCURAR UM MÉDICO ESPECIALISTA. ABRAÇOS. A.JORGE

18/01/2013 - Comentário feito por salete
Re: Labirintite. O que devo saber sobre ela?
gostei muito dos comentarios, pois faz um tempo que venho sofrendo deste mal,, o meu problema è sò tonturas,,e tenho muita coceira no ouvido, pencei eu que era extres mas lendo esses comentarios todos que me chamou muito a atençao,,o meu caso entao pode ser do ouvido, quando mocinha tive um insidente no ouvido,,entrou uma abelha, e o meu pai tirou sem ir pro medico ,,aquele tempo era assim, oge nao, derrepente ficou uma sequela,,,fiquei muito contente por ter entrado nesta pagina e descobri muito sobre labirintite,,um abraço,e fiquem com Deus,,,

09/12/2012 - Comentário feito por irapuan
Re: Labirintite. O que devo saber sobre ela?
Encontrei o que eu queria saber sobre tontura, a mais de uma semana estou com tonturas e antes dessa tontura tive um problema no ouvido, então aqui encontrei a solução p meu problema, acho que é labirintite. obrigado.

01/11/2011 - Comentário feito por DILA
Re: Labirintite. O que devo saber sobre ela?

comecei com 12 anos a sentir tontura ainda tomo vertix ela vai e vem, agora sei que pode ser tratada vou procurar um neuro . Mais pergunto qual exercício posso praticar?tem cura

22/01/2011 - Comentário feito por Jaiza
Re: Labirintite. O que devo saber sobre ela?
Parabems pois cimto todos estes cimtomas,e hoje me foi esclarecido tudo fiquei muito feliz pois cei agora o meu problema,muito obrigado

19/10/2010 - Comentário feito por Bruna
Re: Labirintite. O que devo saber sobre ela?
Muito interessante essas informações... Gostaria de saber se a labirintite pode se agravar caso fique muito tempo sem trata-la.
Obrigada!

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