Hematoma subdural: definição, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico, evolução e possíveis complicações
O que é hematoma1 subdural?
O hematoma1 subdural é uma coleção sanguínea resultante de uma hemorragia2 (extravasamento de sangue3) nos espaços meníngeos, entre a aracnoide4 e a dura-máter5 (abaixo da dura-máter5; subdural). Para melhor entender o que ocorre, deve-se lembrar de que há um espaço virtual entre as membranas aracnoide4, que envolve o cérebro6, e a dura-máter5, que reveste internamente o crânio7. Entre as duas existe uma fina rede vascular8 que pode romper-se em caso de acidentes ou traumas, gerando um hematoma1. Como o crânio7 é uma caixa rígida, fechada, os hematomas9 subdurais aumentam muito a pressão no seu interior, levando a graves sintomas10 e, às vezes, à morte. A mortalidade11 causada por eles é muito elevada e eles estão entre as principais causas de morte por enfermidades cerebrais. Por esse motivo, o hematoma1 subdural deve ser considerado uma emergência12 médica e ser tratado urgentemente.
O hematoma1 subdural crônico13, de desenvolvimento lento (muitas vezes dias ou semanas), pode ser reabsorvido sem produzir lesões14 significativas ou pode permanecer sem sintomas10 por um longo período.
Quais são as causas do hematoma1 subdural?
As maiores causas de hematomas9 subdurais são os traumas cranianos ou mudanças muito rápidas de velocidade (aceleração/desaceleração), que podem romper as pequenas vênulas15 que existem no espaço subdural. Os hematomas9 podem ocorrer também em casos de atrofia16 cerebral, como as que costumam ocorrer em idosos ou alcoólatras, pelo aumento de espaço que causam entre a aracnoide4 e a dura-máter5, com consequente estiramento e fragilização daqueles vasos. Também ocorre na síndrome17 do bebê sacudido, em que forças semelhantes de cisalhamento18 causam as clássicas hemorragias19 intra e pré-retinianas. O hematoma1 subdural é mais frequente em pacientes que estejam tomando antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes20, nos pacientes em diálise21 renal22, naqueles com epilepsia23 ou que sofram traumatismos cranianos frequentes. Muitas vezes não se consegue determinar exatamente a causa dos hematomas9 subdurais.
Quais são os sintomas10 mais comuns do hematoma1 subdural?
O hematoma1 subdural apresenta variados sintomas10 neurológicos, na dependência do seu volume e localização. Os sintomas10 mais comuns e gerais do hematoma1 subdural são: história recente de trauma na cabeça24; perda ou flutuação dos níveis de consciência; irritabilidade; convulsões; dores de cabeça24; tontura25; desorientação; amnésia26; fraqueza muscular ou letargia27; náuseas28 e vômitos29; alterações de personalidade; distúrbios da fala; dificuldades para andar; respiração alterada; queda na audição ou zumbidos; alterações da visão30, etc. Os hematomas9 muito grandes podem causar paralisia31 e coma32. Os sintomas10 do hematoma1 crônico13 são menos específicos e podem simular outras doenças neurológicas, das quais devem ser diferenciados. Muitas vezes os sintomas10 do hematoma1 cerebral podem aparecer mesmo sem um traumatismo33 craniano evidente ou muito tempo depois dele, tornando difícil a correlação entre os dois fatos.
Como o médico diagnostica o hematoma1 subdural?
O primeiro passo no diagnóstico34 é a coleta da história clínica e a realização de um exame neurológico completo, principalmente após um traumatismo33 craniano. Antes do surgimento da tomografia computadorizada35, o diagnóstico34 por exames dependia de uma angiografia36 cerebral. Atualmente, os exames de tomografia computadorizada35 ou ressonância magnética37 são importante ajuda no diagnóstico34 dos hematomas9 subdurais, bem como contribuem para avaliar o tamanho e localização deles. Como trata-se de uma lesão38 dinâmica, que pode aumentar ou diminuir de tamanho (sangramento ou reabsorção), esses exames auxiliam na avaliação da sua evolução. Exames da coagulação39 sanguínea podem ajudar a analisar esse fator.
Como o médico trata o hematoma1 subdural?
O tratamento de um hematoma1 subdural depende de seu tamanho, localização e velocidade de crescimento. Quando pequenos, os hematomas9 subdurais podem permanecer em acompanhamento e, por vezes, se curam espontaneamente. Alguns podem ser drenados por meio de um delgado cateter, através de um pequeno orifício no crânio7. Os hematomas9 maiores ou que contenham grandes coágulos sanguíneos necessitam que seja feita uma craniotomia40 (abertura cirúrgica do crânio7), o que é raro. Um cirurgião não só removerá a coleção de sangue3 como estancará o sangramento local. Medicações podem ser usadas para controlar alguns sintomas10, como anticonvulsivantes, diuréticos41 e corticoides, por exemplo.
Como evolui o hematoma1 subdural?
A evolução do hematoma1 subdural depende do seu tipo, volume e localização e da presteza com que o tratamento tenha sido instituído. Os hematomas9 agudos representam um risco maior e mais iminente. Em muitos hematomas9 crônicos os sintomas10 costumam desaparecer quando ele é drenado.
As complicações que se seguem à cirurgia do hematoma1 subdural incluem aumento da pressão intracraniana, edema42 cerebral, novo sangramento, infecção43 e convulsões. Dependendo de fatores como tamanho, deterioração do tecido nervoso44, idade do paciente, risco anestésico, etc., alguns hematomas9 subdurais são inoperáveis e apenas devem ser adotadas medidas paliativas de suporte.
Quais são as complicações mais frequentes dos hematomas9 subdurais?
As complicações mais frequentes do hematoma1 subdural são:
- Herniação45 do cérebro6, devido ao aumento da pressão intracraniana, sobretudo através da fossa posterior do crânio7, o que pode causar coma32 e morte.
- Sintomas10 persistentes de falhas de memória.
- Tonteiras, cefaleias46, ansiedade, dificuldades de concentração.
- Convulsões, que tanto podem surgir durante o hematoma1 ou depois que ele tenha sido drenado e que, habitualmente, são facilmente controláveis com medicações.
- Fraqueza muscular, dormências e dificuldades de fala, temporárias ou permanentes.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.