AbcMed  -  Sinais, Sintomas e Doenças
A nefrite1 é um processo inflamatório que afeta os tecidos e algumas estruturas renais. Ela se deve, em geral, à atuação sobre os rins2 de produtos fabricados pelo sistema imunológico3 em resposta a algum elemento agressor do organismo. Quando um elemento agressor (antígeno4) atinge o organismo, ele fabrica um anticorpo5 para se defender. Esse elemento agressor pode ser, por exemplo, uma infecção6 simples. Esses dois elementos (antígeno4-anticorpo5) se unem, formando um complexo que é carreado pelo sangue7 e depositado nas estruturas dos rins2, danificando-as.
1 Nefrite: Termo que significa “inflamação do rim” e que agrupa doenças caracterizadas por lesões imunológicas ou infecciosas do tecido renal. Alguns exemplos são a nefrite intersticial por drogas, a glomerulonefrite pós-estreptocócica, etc. Podem manifestar-se por hipertensão arterial, hematúria e dor lombar.
2 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
3 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
4 Antígeno: 1. Partícula ou molécula capaz de deflagrar a produção de anticorpo específico. 2. Substância que, introduzida no organismo, provoca a formação de anticorpo.
5 Anticorpo: Proteína circulante liberada pelos linfócitos em reação à presença no organismo de uma substância estranha (antígeno).
6 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
7 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
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O lúpus1 eritematoso2 sistêmico3 (LES ou lúpus1, simplesmente) é uma doença autoimune4 de causa desconhecida, que pode afetar qualquer parte do corpo e que resulta em inflamação5 e dano tecidual. A doença é bem mais frequente em mulheres do que em homens (9 para 1) e surge geralmente entre os 15 e os 50 anos de idade, sendo mais comum na raça negra. Predomina nos países tropicais, onde a luz solar é mais forte.
1 Lúpus: 1. É uma inflamação crônica da pele, caracterizada por ulcerações ou manchas, conforme o tipo específico. 2. Doença autoimune rara, mais frequente nas mulheres, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico. Nesta patologia, a defesa imunológica do indivíduo se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, podem confundir e retardar o diagnóstico. Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especializados no assunto.
2 Eritematoso: Relativo a ou próprio de eritema. Que apresenta eritema. Eritema é uma vermelhidão da pele, devido à vasodilatação dos capilares cutâneos.
3 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
4 Autoimune: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
5 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
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A insônia se caracteriza pela dificuldade de iniciar ou manter o sono ou pela sensação de não ter um sono reparador. O registro gráfico do sono, tomado em laboratórios especializados (polissonografia1), mostra que a insônia pode ser acompanhada de alterações na indução, na continuidade e na estruturação fisiológica2 do sono. A insônia geralmente aparece no adulto jovem, mais frequentemente na mulher que no homem e na maioria das vezes tem um desenvolvimento crônico3. É incomum na criança e no adolescente e se torna mais frequente no idoso.
1 Polissonografia: Exame utilizado na avaliação de algumas das causas de insônia.
2 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
3 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
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Amnésias1 são perdas de memória. Um exemplo muito simples do que sejam, é o blackout que ocorre com algumas pessoas ao ingerir grandes quantidades de álcool que, embora possam falar ou agir ordenadamente, não se recordam de nada ao recuperar a sobriedade. Mais comumente as amnésias1 são resultado de alterações cerebrais orgânicas, frutos de enfermidades ou traumas. Há também amnésias1 psicogênicas, geralmente ocorrendo em pacientes neuróticos. Em alguns casos, os pacientes dão-se conta de sua perda, mas em outros nem sequer se lembram de que não estão se lembrando.
1 Amnésias: Perda parcial ou total da memória.
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Cãibras (ou câimbras1) são contrações involuntárias e dolorosas de um músculo esquelético2. Elas são mais frequentes nos músculos3 das panturrilhas4, mas podem ocorrer em outros grupos musculares tais como coxas5, mãos6, pés, pescoço7, etc. Ocorrem usualmente durante a noite ou durante exercícios físicos extenuantes. Elas estão relacionadas ao acúmulo de ácido lático e podem aparecer em casos de hipocalcemia8, hipopotassemia9 e baixa oxigenação.
1 Câimbras: Contrações involuntárias, espasmódicas e dolorosas de um ou mais músculos.
2 Músculo Esquelético: Subtipo de músculo estriado fixado por TENDÕES ao ESQUELETO. Os músculos esqueléticos são inervados e seu movimento pode ser conscientemente controlado. Também são chamados de músculos voluntários.
3 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
4 Panturrilhas: 1. Proeminência muscular, situada na face posterossuperior da perna, formada especialmente pelos músculos gastrocnêmio e sóleo; sura, barriga da perna. 2. Por extensão de sentido, enchimento usado por baixo das meias, para melhorar a aparência das pernas.
5 Coxas: É a região situada abaixo da virilha e acima do joelho, onde está localizado o maior osso do corpo humano, o fêmur.
6 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
7 Pescoço:
8 Hipocalcemia: É a existência de uma fraca concentração de cálcio no sangue. A manifestação clínica característica da hipocalcemia aguda é a crise de tetania.
9 Hipopotassemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
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