Gastroenterite: saiba mais sobre esta condição comum no verão
O que é gastroenterite1?
Gastroenterite1 é uma inflamação2 aguda do trato gastrointestinal, principalmente do estômago3 e do intestino delgado4, mais comum no verão e em locais sem tratamento de água, rede de esgoto ou destino adequado do lixo. É uma das mais importantes causas de mortalidade infantil5 em países ou regiões com condições de vida muito precárias e assistência médico-sanitária muito deficiente. Entre crianças, ocorre com maior frequência nas populações mais desinformadas sobre os meios simples de prevenção ou de tratamento.
Quais são as causas da gastroenterite1?
As causas mais comuns da gastroenterite1 são as infecções6 por vírus7, bactérias ou parasitas, os quais podem ser transmitidos pelo ar, por alimentos, por objetos ou pela mão8 contaminada. Uma das bactérias causadoras mais comuns é a Salmonella, encontrada em frango e ovos crus, mas ela não é a única. A gastroenterite1 também pode ser causada pela ingestão de substâncias químicas nocivas encontradas em frutos do mar e em plantas, pela intolerância à lactose9 (incapacidade do organismo de digerir e absorver o açúcar10 do leite) ou ser transmitida de pessoa a pessoa, num contato direto.
Quais são os sinais11 e sintomas12 da gastroenterite1?
Os sinais11 e sintomas12 da gastroenterite1 dependem do tipo, quantidade e natureza do microrganismo infectante, da toxina13 ingerida ou produzida por eles, bem como da resistência do indivíduo à doença. Com maior frequência eles iniciam-se de forma súbita e intensa, sendo os mais comuns: diarreia14, enjoos e vômitos15, febre16, dores de barriga tipo cólicas17 (devido à distensão das alças intestinais), dores musculares, fadiga18, inapetência19, perda de peso, desidratação20 e ruídos intestinais audíveis.
Como o médico diagnostica a gastroenterite1?
O diagnóstico21 da gastroenterite1 pode ser feito pela história clínica e a partir da sintomatologia. No entanto, determinar as causas é mais difícil.
Quando os sintomas12 são graves ou persistem por mais de 48 horas, devem ser realizados exames de fezes, no sentido de se investigar a presença de leucócitos22, bactérias, vírus7 ou parasitas. A análise química dos vômitos15, dos alimentos ou do sangue23 também pode ajudar na identificação da causa.
Os vômitos15 e a diarreia14 intensos podem acarretar uma forte desidratação20 e uma queda grave da pressão arterial24 (choque25). Os vômitos15 e as diarreias excessivas provocam também a perda de potássio, com consequente redução da sua concentração no sangue23 (hipocalemia26). A concentração baixa de sódio no sangue23 (hiponatremia27) também pode ocorrer, especialmente quando a reposição líquida é realizada com a ingestão de líquidos contendo pouco ou nenhum sal.
Como o médico trata a gastroenterite1?
A maior parte das gastroenterites se curam por si mesmas. O mesmo acontece em infecções6 por alguns tipos de bactérias. Mas dependendo do tipo de bactéria28 e da intensidade da infecção29, os antibióticos (ou outros medicamentos) podem ser necessários. Medicações sintomáticas (para febre16 ou dor, por exemplo) podem ser usadas. Quase sempre haverá considerável perda de líquidos e sais minerais (desidratação20), que deverão ser repostos oralmente. Em casos graves pode ser necessária uma reposição venosa. Deve-se evitar os antidiarreicos e os antieméticos30 (contra vômitos15), que ajudam a reter germes e toxinas31 no organismo ou eles só devem ser utilizados mediante orientação médica. Recomenda-se relativo repouso e dieta leve que não contenha gordura32.
Como prevenir a gastroenterite1?
- Lavar bem as mãos33 antes das refeições.
- Lavar bem as frutas e vegetais antes de consumi-los.
- Evitar consumir alimentos em restaurantes que possam não ter uma boa higiene.
- Certos alimentos, como maionese, molhos e alimentos altamente perecíveis representam um perigo especial.
- Os ovos (e outros alimentos) devem ser consumidos preferencialmente cozidos.
Como evolui a gastroenterite1?
Geralmente a gastroenterite1 evolui para uma restituição integral à normalidade. Sua pior consequência é a desidratação20, que pode ser grave e até mesmo fatal, principalmente em crianças mal nutridas, em pessoas muito doentes ou muito idosas.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.