Melena e Hematêmese: o que são? Quais as causas? Como evoluem?
O que é melena1? E hematêmese2?
Melena1 é a eliminação de sangue3 digerido juntamente com as fezes, que então ficam pastosas, de cor escura (tipo borra de café) e de odor fétido. É sinal4 de hemorragia digestiva alta5 (do intestino delgado6 ou do estômago7, por exemplo) ou de sangramento inferior, mas lento o bastante para permitir oxidação do sangue3. O principal sinal4 da melena1 é constituído por fezes muito escurecidas, uma vez que o sangue3 já se encontra quimicamente alterado (oxidado) pela ação de enzimas e bactérias existentes no trato digestivo. A presença de sangue3 rútilo nas fezes sinaliza sangramento baixo, geralmente do reto8 ou do próprio ânus9.
Hematêmese2, também conhecida como “vômito de sangue”, é a saída de sangue3 não digerido pela boca10. Em geral, o sangue3 acede à boca10 muito mais em golfadas que em vômitos11 e pode vir do esôfago12, dos pulmões13 ou ter outras proveniências.
Quais são as causas da melena1 e da hematêmese2?
A melena1 pode ocorrer em razão de cirrose14 hepática15 que gere hipertensão16 portal (veia que drena o sangue3 dos intestinos17 em direção ao fígado18), febre tifoide19, perfuração intestinal, gastrite20 hemorrágica21, retocolite ulcerativa, tumores malignos do intestino e reto8, hemorroidas22 e outras.
A hematêmese2 deve-se, na maioria das vezes, a algum sangramento com origem no esôfago12 ou no estômago7, causada por rotura de varizes23 esofagianas ou por hemorragias24 no estômago7.
Algumas das causas que geram melena1 também podem gerar hematêmese2, dependendo da localização e volume do sangramento e se o sangue3 vertido no trato gastrointestinal toma uma direção progressiva ou regressiva no trato digestivo.
Como evoluem a melena1 e a hematêmese2?
A evolução da melena1 e da hematêmese2 depende de suas causas. Há desde episódios simples, isolados e sanáveis, até outros repetitivos e graves que podem, inclusive, levar ao óbito25.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.