Síndrome da boca ardente
O que é a síndrome1 da boca2 ardente?
A síndrome1 da boca2 ardente, também chamada de síndrome1 da ardência bucal, é um distúrbio crônico3 com ou sem infecção4, caracterizado por queimação, picadas e/ou comichão na cavidade oral5, na ausência de lesões6 específicas ou qualquer doença orgânica. Envolve mais frequentemente a língua7 e menos frequentemente os lábios e a mucosa8 oral. A síndrome1 da boca2 ardente tem uma clara predisposição por mulheres na peri/pós menopausa9.
Quais são as causas as síndrome1 da boca2 ardente?
A etiologia10 da boca2 ardente parece ser multifatorial, envolvendo fatores psiquiátricos, endócrinos, imunológicos, nutricionais, infecciosos e iatrogênicos11. De uma forma mais descritiva, a síndrome1 da boca2 ardente pode ter como causa a boca2 seca, o uso de antissépticos12 orais e certos tipos de pasta de dente13, hábitos como uso de goma de mascar, fumo e bebida alcoólica, uso de aparelho dentário, prótese14 ou comportamentos como bruxismo, compressão da língua7 contra os dentes, etc, alterações do humor ou de hábitos dietéticos, procedimentos dentários, deficiências nutricionais e medicamentos.
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Existem, também, evidências de etiologia10 imunológica. As reações alérgicas também têm sido imputadas como possíveis causas. O lauril sulfato de sódio, um detergente de cremes dentais conhecidos por causar boca2 seca, pode estar implicado. Mais recentemente, a deficiência de zinco mostrou ser uma possível causa da síndrome1, bem como determinadas infecções16, particularmente candidíase17. Algumas drogas usadas para hipertensão arterial18 podem igualmente desencadear o desenvolvimento da síndrome1 da boca2 ardente. Outras medicações como a levodopa e o topiramato também causam sintomas19 tipo queimação oral.
Os fatores de risco para o seu desenvolvimento são sexo feminino, peri-menopausa9, depressão e ansiedade, doença de Parkinson20 e doenças crônicas, incluindo doenças gastrointestinais e urogenitais. As mulheres na peri-menopausa9 são mais afetadas em decorrência da redução dos níveis de hormônios femininos relacionada à idade.
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Quais são as principais características clínicas da síndrome1 da boca2 ardente?
A tríade clássica da síndrome1 da boca2 ardente é:
- Dor na boca2.
- Alterações do paladar22, com sabor metálico ou amargo.
- Alterações da salivação.
A dor é do tipo queimação, de intensidade moderada a acentuada, acometendo principalmente as bordas laterais e ponta da língua7. Pode haver sensação dolorosa em gengivas, lábios e mucosa8 bucal. Em mais da metade dos casos, a dor surge espontaneamente, sem que haja um fator precipitante. Cerca de um terço dos indivíduos acometidos relatam o início dela a partir de um tratamento dentário, doença ou uso de algum medicamento. A dor piora no decorrer do dia, em estados de tensão ou fadiga23, ao falar muito e com a ingestão de alimentos picantes e quentes. Além dessa tríade pode haver formigamento ou sensação de dormência24 na boca2 ou na língua7 e aumento da sede.
Como o médico diagnostica a síndrome1 da boca2 ardente?
O diagnóstico25 da síndrome1 da boca2 ardente deve ser baseado nas queixas clínicas, no exame físico cuidadoso e em exames laboratoriais para afastar alguma causa orgânica que possa justificar os sintomas19. Idealmente, o diagnóstico25 deve comportar uma avaliação do dentista para melhor conduta nas questões odontológicas.
Como o médico trata a síndrome1 da boca2 ardente?
A cura da síndrome1 da boca2 ardente primária permanece indefinida, mas o tratamento da síndrome1 secundária a uma condição médica ou odontológica subjacente depende da natureza dela. Além de aliviar os sintomas19, a meta do tratamento deve ser dirigida para o tratamento do fator causal e, quando possível, ser feita a suspensão de medicamentos suspeitos.
Em suma, os tratamentos implicam, conforme o caso, em tratamento de doenças pré-existentes, suplementação26 nutricional, ajuste ou substituição de próteses dentárias, troca ou suspensão de medicamentos e uso de alguns fármacos.
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As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.