Bexiga hiperativa
O que é bexiga1 hiperativa?
A bexiga1 hiperativa é caracterizada por um conjunto de sintomas2 urinários que denotam um funcionamento irregular do músculo detrusor3 da bexiga1, levando-a à hiperatividade. A estimativa é de que esse mal afete cerca de 15 a 20% da população.
Quais são as causas da bexiga1 hiperativa?
As causas da bexiga1 hiperativa não são inteiramente conhecidas. Qualquer interrupção na integração da resposta neurológica pode levar à perda do controle normal da função vesical4, à urgência5 e à incontinência urinária6.
Esse distúrbio é provocado por uma redução da capacidade da bexiga1 de armazenar a urina7. Isso pode acontecer por lesões8 traumáticas de medula espinhal9, hérnias10 de disco, acidente vascular cerebral11, esclerose múltipla12, doença de Parkinson13, demências, diabetes mellitus14, insuficiência cardíaca15, infecção16 urinária, hiperplasia17 benigna da próstata18 e cálculos na bexiga1.
Os fatores de risco associados à bexiga1 hiperativa ocorrem em pessoas brancas e com diabetes19, indivíduos com depressão, idade acima de 75 anos, artrite20, terapia de reposição hormonal e aumento do índice de massa corpórea (IMC21).
Saiba mais sobre "Incontinência urinária6", "Hérnia de disco22", "Infecção16 urinária" e "Hiperplasia17 benigna da próstata18".
Qual é o mecanismo fisiológico23 da bexiga1 hiperativa?
A bexiga1 hiperativa é consequência de um mau funcionamento do músculo detrusor3, que não se relaxa adequadamente, fazendo com que a pressão interna aumente, levando à vontade de urinar com frequência e tornando esse ato urgente. Muitas vezes, o músculo começa a se contrair involuntariamente, expulsando a urina7. O resultado é a urgência5 urinária, que é uma súbita e urgente necessidade de urinar.
O envelhecimento, a diminuição da capacidade da bexiga1 e as alterações no tônus muscular24 favorecerem o desenvolvimento da bexiga1 hiperativa. Talvez a mudança na função vesical4 mais importante, relacionada com a idade, e que causa a incontinência urinária6, seja o aumento do número de contrações involuntárias do músculo detrusor3 (músculo que durante a micção25 se contrai para expulsar a urina7 da bexiga1).
O quadro da bexiga1 hiperativa também pode surgir sem que haja um fator desencadeante conhecido e é chamado, nestes casos, de bexiga1 hiperativa idiopática26.
Quais são as principais características clínicas da bexiga1 hiperativa?
Os sintomas2 mais comuns da bexiga1 hiperativa são: urgência5 urinária, associada ou não à incontinência27, geralmente acompanhada de aumento do número de micções28 noturnas. A urgência5 urinária (o principal sintoma29) é definida como um desejo súbito e compulsivo de urinar. Uma frequência maior que oito micções28 por dia é considerada aumentada e a noctúria é a necessidade de urinar uma ou mais vezes a cada noite.
Como o médico diagnostica a bexiga1 hiperativa?
O diagnóstico30 de bexiga1 hiperativa é eminentemente31 clínico, sendo que a urgência5 urinária é o sintoma29 principal. Por isso, são necessários uma história clínica, exame físico cuidadosos, além de exame laboratorial de urina7. Inicialmente, devem ser afastadas infecções32 urinárias, condições metabólicas ou outras doenças que podem ser confundidas com o quadro clínico de bexiga1 hiperativa.
Um teste de urodinâmica pode auxiliar no diagnóstico30 dos casos mais complexos. Assim, outras causas de aumento de urgência5 e incontinência urinária6 devem ser excluídas. Alguns procedimentos adicionais (ultrassonografia33 renal34 e um diário miccional, por exemplo) podem ser realizados com a finalidade de excluir outras doenças.
Um diferencial deve ser feito, por exemplo, com a incontinência urinária6 de esforço. Nessa, o paciente perde pequenas quantidades de urina7 quando faz algum esforço tais como tossir, evacuar, pular, espirrar ou correr, não havendo sensação de urgência5. Na bexiga1 hiperativa perde-se grandes quantidades de urina7, relacionadas a uma sensação de urgência5.
Leia sobre "Exame de urina35", "Urodinâmica" e "Ultrassonografia33".
Como o médico trata a bexiga1 hiperativa?
O tratamento da bexiga1 hiperativa pode ser compreendido em três linhas:
- Medidas comportamentais, compreendendo treinamento vesical4, estratégias de controle vesical4, controle da ingesta de líquidos e treinamento dos músculos36 do assoalho pélvico37.
- Uso de medicamentos, com ou sem associação às medidas comportamentais.
- Injeção38 de toxina39 botulínica no músculo detrusor3 da bexiga1 ou neuromodulação sacral, para pacientes40 refratários41 aos outros dois recursos. Também se usa a estimulação periférica do nervo tibial, durante 30 minutos, uma a duas vezes por semana, durante 12 semanas.
O tratamento cirúrgico para aumentar a capacidade da bexiga1 ou para a remoção dela só deve ser realizado em casos graves e intensamente incomodativos, que não respondam às outras formas de tratamento.
Como evolui a bexiga1 hiperativa?
Se não tratada adequadamente, a bexiga1 hiperativa pode provocar diminuição da qualidade de vida do paciente, principalmente porque não conseguem ter uma noite de sono contínua.
Veja também sobre "Bexiga1 neurogênica", "Cistocele42 ou bexiga1 caída" e "Principais distúrbios urinários".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da The British Association of Urological Surgeons (BAUS), da European Association of Urology e da Urology Care Foundation da American Urological Association.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.