Anemia de Fanconi
O que é anemia1 de Fanconi?
A anemia1 de Fanconi é uma forma rara de anemia1 que afeta crianças e adultos de todos os grupos étnicos e não deve ser confundida com a síndrome2 renal3, também descrita por Fanconi e que, igualmente, leva o seu nome. A doença foi descrita originalmente pelo pediatra suíço Guido Fanconi.
Quais são as causas da anemia1 de Fanconi?
A anemia1 de Fanconi é uma doença hereditária rara, autossômica4 recessiva, podendo ocorrer também por alterações ligadas ao cromossomo5 X. Ela é causada por mutações em genes envolvidos na reparação do DNA e na estabilidade genômica. Já foram identificados cerca de 15 genes responsáveis. Ela causa uma deficiência da medula óssea6 que impede a produção de células sanguíneas7 normais.
Qual é a fisiopatologia8 da anemia1 de Fanconi?
A anemia1 de Fanconi faz com que a medula óssea6 produza muitos glóbulos defeituosos, causando, além da anemia1, outros problemas de saúde9 como a leucemia10. Ela pode ser acompanhada de alterações em outros órgãos do corpo.
Quais são as principais características clínicas da anemia1 de Fanconi?
Apesar da anemia1 de Fanconi ser uma doença do sangue11, ela pode afetar muitos outros órgãos e tecidos do corpo. Como em todas as anemias, na anemia1 de Fanconi o conteúdo de hemoglobina12 no sangue11 desce abaixo do normal. Além das alterações sanguíneas, esta anemia1 é caracterizada por baixa estatura, anomalias no esqueleto13, anomalias no rosto e nos polegares, incidência14 aumentada de tumores sólidos, leucemias, insuficiência15 progressiva da medula óssea6 e alterações renais.
Outras anomalias podem estar presentes, como baixo peso, microcefalia16, microftalmia, anomalias da pigmentação da pele17 e hipoplasia18 da eminência tenar19. A fertilidade está comprometida, principalmente nos homens, mas também nas mulheres.
Como o médico diagnostica a anemia1 de Fanconi?
O diagnóstico20 é feito através da observação clínica dos sintomas21 e sinais22 da doença e pela realização de exames de sangue11 com avaliação do volume corpuscular médio. A ressonância magnética23, a ecografia24 e a radiografia podem ser úteis para identificar problemas associados.
Para diagnosticar a anemia1 de Fanconi, como as demais anemias, são fundamentais um hemograma, um exame de hemoglobina12 e a dosagem dos níveis de ferritina. Outros exames que ajudam a diferenciar a anemia1 de Fanconi das outras anemias podem ser eletroforese da hemoglobina12, esfregaço de sangue11 periférico, contagem de reticulócitos, níveis de ferro, vitamina25 B12 e ácido fólico, níveis de bilirrubina26, níveis de chumbo no sangue11, testes de função hepática27 e renal3 e biópsia28 da medula óssea6. Exames de urina29, testes genéticos e exames sorológicos também podem ser usados para excluir outros tipos de anemia1.
Como o médico trata a anemia1 de Fanconi?
O tratamento radical para a anemia1 de Fanconi é o transplante de medula óssea6. Tratamentos mais conservadores e paliativos30 podem ser transfusões sanguíneas e uso de corticosteroides. O tratamento sintomático31 inclui a administração oral de andrógenos32, o que pode melhorar a contagem de células sanguíneas7 em alguns doentes. Se esses pacientes desenvolvem doenças malignas, o tratamento fica mais complicado pela maior sensibilidade da medula óssea6 à radiação e à quimioterapia33.
Como evolui a anemia1 de Fanconi?
A maior parte dos bebês34 que nascem com anemia1 de Fanconi deve ser seguida constantemente para que não desenvolva leucemia10, uma complicação tardia e frequente neste tipo de anemia1. A esperança média de vida para os portadores da doença varia entre 20 e 30 anos. As causas de morte mais comuns relacionadas à doença são insuficiência15 da medula óssea6, leucemia10 e tumores sólidos. As neoplasias35 levam a um mau prognóstico36, com uma esperança de vida mais reduzida.
Como prevenir a anemia1 de Fanconi?
Sendo uma doença hereditária, a anemia1 de Fanconi não tem como ser evitada. Há, contudo, a possibilidade de um aconselhamento genético antes da concepção37.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.