Afacia - O que é? Como o médico trata?
O que é afacia?
Afacia ou afaquia é a falta total ou parcial do cristalino1 no olho2. Ela pode ser congênita3 ou adquirida.
Quais são as causas da afacia?
A causa mais frequente da afacia é a extração do cristalino1 por catarata4 senil ou outra doença ocular. A falta do cristalino1 pode também ser congênita3 (o que é muito raro) ou causada por algum evento traumático. A afacia congênita3 costuma estar associada a outros defeitos congênitos5 dos olhos6.
Qual é o mecanismo fisiológico7 da afacia?
O cristalino1 localiza-se atrás da íris8 e é ligado ao corpo ciliar9, que controla a sua curvatura, dando nitidez às imagens. Ele não contém vasos, sendo totalmente transparente. A pessoa que tem afacia fica sem o filtro do cristalino1 e passa a ter uma visão10 transitoriamente azulada, necessitando, portanto, de um período de adaptação a essa nova condição visual. O olho2 fica altamente hipermétrope.
Quais são as principais características clínicas da afacia?
A afacia pode ser monocular ou binocular. Na afacia monocular, o olho2 sem o cristalino1 fica com uma visão10 cerca de 28% acima daquela do olho2 normal e impede a fusão das imagens geradas pelos dois olhos6, originando uma diplopia11. Isso não ocorre na afacia binocular porque as imagens formadas em cada olho2 são do mesmo tamanho e conseguem se fundir no cérebro12, em uma só.
Os olhos6 que sofrem afacia são caracterizados por um maior volume aquoso, uma câmara anterior13 mais profunda que o normal e, por causa da iridectomia14, uma maior entrada de luz pela pupila.
Como o médico trata a afacia?
O cristalino1 faltante pode ser substituído por lentes intraoculares.
A afacia costuma ser a indicação mais comum para o uso de lentes de contato por crianças, quando por catarata4 congênita3 ou extração do cristalino1 por trauma, geralmente monocular.
Veja mais sobre "Catarata4", "Hipermetropia15", "Glaucoma16", "Ceratocone" e "Lentes de contato".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.