Próstata: como é a biópsia da próstata? Qual é o preparo necessário para o exame?
O que é a biópsia1 da próstata2?
A biópsia1 prostática é um procedimento através do qual se obtêm fragmentos3 de tecido4 prostático para ser estudado por um patologista5. Ela é usada sobretudo quando há suspeita de câncer6 da próstata2, levantada pelos exames clínicos e laboratoriais iniciais, como um toque retal que identifique tumoração ou irregularidades da próstata2, uma dosagem aumentada de PSA ou uma ultrassonografia7 que detecte um nódulo8 suspeito.
Qual deve ser o preparo para a biópsia1 prostática?
É necessário um jejum de quatro a seis horas. O paciente deve estar de bexiga9 vazia. As medicações rotineiras não precisam ser suspensas, mas deve-se suspender por oito ou dez dias antes do exame os anticoagulantes10 ou medicações que interfiram com a coagulação11 sanguínea, como o ácido acetilsalicílico (AAS), por exemplo. Antibióticos devem ser tomados profilaticamente, conforme orientação médica. Um preparo intestinal, por via retal, deve ser feito três horas antes do exame, conforme orientação médica. Ele visa fazer o esvaziamento e lavagem da ampola retal12, o que favorece em muito o exame. O paciente deve ir ao exame acompanhado, porque em caso de receber uma sedação13, pode ainda estar sob efeito da medicação quando terminar o procedimento e não deve dirigir veículos automotores ou operar máquinas e instrumentos que exijam atenção e coordenação motora.
Em que consiste a biópsia1 da próstata2?
A biópsia1 da próstata2 pode ser realizada em ambulatório, não há necessidade de internação. Basicamente, na sua forma mais simples, consiste numa ecografia14 transretal da próstata2, à qual se associa a coleta de fragmentos3 deste órgão. O paciente estará acordado, deitado de lado, com os joelhos e os quadris fletidos e poderá receber uma leve sedação13 (que nem sempre é necessária) e anestesia15 local. Há mais de uma técnica para colher material para a biópsia1 prostática. A técnica mais comum consiste em introduzir-se uma agulha flexível acoplada a uma sonda ecográfica através do ânus16, e fazê-la atravessar a parede do reto17 até chegar à próstata2. Os outros métodos (geralmente só usados em casos especiais) consistem respectivamente em introduzir uma agulha através do períneo18, no espaço entre o escroto19 e o ânus16, ou por via transuretral20, até chegar à próstata2. Em todos os casos utiliza-se uma pistola de mola para disparar a agulha que deve recolher o tecido4 prostático. Quando a próstata2 for acessada através do ânus16, o paciente deve estar com o reto17 vazio e bem limpo, para facilitar o exame e evitar infecções21 da próstata2 (prostatites) que possam surgir em razão de contaminações da próstata2 pelas fezes. O exame, quando feito sem anestesia15 (caso mais comum), pode doer um pouco, mas de maneira inteiramente suportável. Se feito com anestesia15 local, é totalmente indolor. Normalmente, o procedimento não dura mais do que dez minutos e o paciente pode ir para casa em seguida.
O material para biópsia1 é colhido em várias regiões e em lóbulos diferentes da próstata2 e enviado ao laboratório de patologia22 para exame. Geralmente são feitas de quatro a sete coletas de material. Um resultado positivo para câncer6 indica indubitavelmente a presença da doença, mas um resultado negativo não assegura a inexistência dela. Um câncer6 existente pode deixar de ser detectado se o material colhido para biópsia1 não logrou alcançar as células23 cancerosas existentes e só recolheu tecido4 normal. Por isso a biópsia1 deve sempre ser considerada com relação à historia clínica e o exame físico do paciente e pode ser repetida, se necessário.
Quais são as complicações que podem ocorrer com a biópsia1 prostática?
Potencialmente, a biópsia1 prostática pode gerar várias complicações, algumas leves, outras mais graves, mas nem sempre elas existirão. Algumas dessas complicações são uma decorrência normal do exame sendo, portanto, esperadas. Podem ocorrer infecções21 locais (prostatites, infecções21 urinárias) ou generalizadas (septicemia24, hepatites25, etc.); hemorragias26 e hematomas27; presença de sangue28 na urina29 ou no sêmen30; fístulas31 arteriovenosas; espalhamento das células23 malignas pela corrente circulatória, etc. Embora essas complicações não sejam muito frequentes se for seguida a técnica correta, a biópsia1 só deve ser feita quando julgada imprescindível.
Quais são os cuidados a serem observados após a biópsia1 da próstata2?
- A alimentação deve ser normal, conforme o hábito.
- Evitar exercícios físicos extenuantes por cinco dias.
- Evitar relações sexuais por dois dias, após o exame.
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas durante o período de utilização do antibiótico.
- Caso ocorra dor na região anal, o analgésico32 de costume pode ser tomado, com exceção da aspirina ou ácido acetilsalicílico (AAS).
- Após o exame, pode ocorrer um ligeiro sangramento na urina29, nas fezes, e no esperma33, o que é normal.
- Caso ocorra febre34 acima de 38° graus e/ou calafrios35 ou sangramentos mais abundantes, comunique-se imediatamente com seu médico.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.