Ginecomastia: o que é? Quais as causas? Como é o diagnóstico? E o tratamento?
O que é ginecomastia1?
A ginecomastia1 é uma condição que leva ao crescimento de uma ou de ambas as mamas2 nos homens e, mesmo quando afeta as duas mamas2, elas geralmente crescem de forma desigual. A ginecomastia1 é comum na puberdade (por volta dos 13 anos), devido aos desequilíbrios hormonais desse período e em geral desaparece espontaneamente dentro de alguns meses, com as mamas2 retornando ao seu tamanho normal.
Quais são as causas da ginecomastia1?
Há duas causas para o crescimento das mamas2 nos homens:
- Aumento do tecido3 mamário.
- Acúmulo de gordura4 sob os mamilos5 (pseudoginecomastias).
As verdadeiras ginecomastias, no entanto, ocorrem por aumento do tecido3 mamário e estão associadas a desequilíbrios hormonais. Os seres humanos produzem hormônios androgênicos6 e estrogênicos. Os androgênicos6 desenvolvem as características masculinas e os estrogênicos desenvolvem as características femininas. Quase sempre a ginecomastia1 deve-se a um desequilíbrio nos níveis desses hormônios ou como o corpo utiliza e responde a eles. As condições exógenas que facilitam que isso ocorra incluem: envelhecimento, quimioterapia7 para o câncer8, doença hepática9 crônica, uso de anabolizantes ou de estrogênios, insuficiência renal10, deficiência de testosterona, uso de maconha, tratamento hormonal para câncer8 de próstata11, irradiação dos testículos12, efeitos colaterais13 de medicações. Alguns tumores malignos de testículo14, pulmão15, estômago16, suprarrenal e rim17 secretam estrógenos por mecanismo indireto e podem aumentar a proliferação das glândulas18 mamárias. Outras vezes, o aumento das mamas2 pode também ser devido ao hipertireoidismo19 e à insuficiência hepática20. O câncer8 de mama21, outra causa possível de crescimento delas, é muito raro nos homens, aparecendo como nódulos duros, indolores, localizados unilateralmente em um dos quadrantes da mama21.
Quais são os principais sinais22 e sintomas23 da ginecomastia1?
O sinal24 mais evidente é o aumento de volume das mamas2 nos homens. Contudo, nem sempre é fácil determinar se elas ainda têm um tamanho que possa ser considerado normal ou se já o ultrapassaram. Em alguns casos a ginecomastia1 pode estar associada à galactorreia25 (fluxo de leite). No recém-nato esta condição geralmente dura algumas semanas, mas em casos raros pode durar até que a criança tenha dois anos de idade.
Como o médico diagnostica a ginecomastia1?
Para diagnosticar a ginecomastia1 o médico vale-se da história de crescimento das mamas2 e da inspeção26 direta delas, além de realizar o exame físico das mesmas: com o paciente deitado de costas27, o médico palpa as mamas2. Na ginecomastia1 verdadeira a palpação28 mostrará um tecido3 firme, concêntrico ao redor do mamilo, de consistência elástica. Na pseudoginecomastia a consistência mais macia será a da gordura4. Dosagens hormonais específicas podem ajudar a estabelecer o diagnóstico29.
Como o médico trata a ginecomastia1?
A medicação mais usada para o tratamento medicamentoso da ginecomastia1 é o tamoxifeno (um antiestrogênico que bloqueia os receptores de estrógenos). Nos casos em que os remédios não tenham efeito, indica-se o tratamento cirúrgico. Se as mamas2 estiverem muito inchadas e sensíveis podem ser aplicadas compressas frias e utilizados remédios para a dor. Como é de se prever, o tratamento será tanto mais eficaz quanto mais corretamente a causa for identificada. Nos casos em que a hipertrofia30 for provocada por drogas, sua suspensão é obrigatória. Em muitos casos, a correção cirúrgica tem indicação apenas estética e pode ser muito importante nos adolescentes.
Como prevenir a ginecomastia1?
- Não ingerir suplementos nutricionais que contenham androstenediol31 ou androstenediona32 ou quaisquer drogas para aumento da massa muscular.
- Interromper o consumo de drogas como a maconha.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.