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Como é a hiperplasia benigna da próstata?

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O que é a hiperplasia1 benigna da próstata2?

A hiperplasia1 benigna da próstata2 é detectada pelo aumento benigno do tamanho da próstata2, que normalmente se inicia em homens acima dos 40 anos de idade. É devido à hiperplasia1 das células3 do estroma4 e do epitélio5 da glândula6, resultando na formação de nódulos na região próxima à uretra7 que podem dificultar ou mesmo obstruir a micção8.

A próstata2 é um órgão que envolve a uretra7, situado inferiormente em relação à bexiga9 e anteriormente em relação ao reto10, que tem como uma de suas funções fabricar o esperma11. Ela começa a crescer a partir da puberdade, quando atinge cerca de 20 gramas, e experimenta um desenvolvimento maior a partir dos 50 anos. Seu peso num determinado momento pode ser estimado através da ultrassonografia12 transretal. A hiperplasia1 benigna da próstata2 não tem relação com o câncer13 da próstata2 nem é uma situação pré-cancerígena, embora o câncer13 da próstata2 possa surgir numa próstata2 hiperplásica.

O que causa a hiperplasia1 benigna da próstata2?

Não se conhecem exatamente as causas da hiperplasia1 benigna da próstata2, mas sabe-se que os hormônios androgênicos14 desempenham um papel importante.

Hiperplasia benigna da próstata

Quais são os sintomas15 da hiperplasia1 benigna da próstata2?

Devido a sua particular localização anatômica envolvendo a uretra7, quase todos os sintomas15 ocasionados pela hiperplasia1 benigna da próstata2 são urinários. Eles podem ser classificados em obstrutivos e irritativos.

Os sintomas15 obstrutivos incluem:

  • Esvaziamento incompleto da bexiga9.
  • Jato fraco de urina16.
  • Eventual dilatação dos ureteres17.
  • Retenção total da urina16, o que constitui uma emergência18 médica.

Os sintomas15 irritativos compreendem:

  • Aumento da frequência de urinar.
  • Mudança no ritmo miccional, prevalecendo uma maior frequência no período da noite.
  • Urgência19 urinária (necessidade premente de esvaziar a bexiga9).
  • É frequente haver incotinência urinária (“urina solta”) com eliminação involuntária20 de urina16 na roupa.

O estreitamento da parte da uretra7 que fica dentro da próstata2 (intraprostática) e as consequentes alterações do fluxo urinário aumentam o risco de retenção e infecções21 do trato urinário22. Outro sintoma23 possível é a impotência24, devido ao atingimento dos nervos que controlam a ereção25. No entanto, nem todos os homens com hiperplasia1 benigna da próstata2 terão esses sintomas15 porque, em cada um, o crescimento da próstata2 assume volumes e características variáveis.

Como se diagnostica a hiperplasia1 benigna da próstata2?

Para o médico experiente, o exame de toque retal (palpação26 da próstata2 a partir do reto10) pode mostrar uma próstata2 aumentada de tamanho. Exames de imagem como ultrassonogafia abdominal total ou transretal e outros podem complementar o diagnóstico27. Exames de sangue28 ajudarão a afastar doenças malignas da próstata2, sobretudo a dosagem do antígeno29 prostático específico (PSA). Os níveis desse antígeno29, no entanto, podem se apresentar elevados em razão de inflamações30 ou outras alterações do órgão (traumatismos, por exemplo), sem que isso seja sinal31 de malignidade.

Como se trata a hiperplasia1 benigna da próstata2?

Normalmente a hiperplasia1 benigna da próstata2 caminha sem tratamento se os sintomas15 urinários são inexistentes ou muito brandos. Apenas deve ser feito um monitoramento e acompanhamento regulares pelo médico, seja pela possibilidade de agravamento dos sintomas15, seja pela possibilidade do aparecimento de células3 malignas. Em alguns casos podem ser utilizados medicamentos que visam diminuir o tamanho da próstata2.

Se os sintomas15 são intensos e muito incomodativos, pode ser feita uma ressecção da porção central da próstata2, seja por uma cirurgia aberta, seja por via uretral32. Existem também outras técnicas, que se utilizam de Laser, micro-ondas, cauterização33, etc., mas elas dependem das características e da gravidade de cada caso. Em todos os casos permanecem as camadas externas da próstata2 e, por isso, os controles rotineiros devem continuar sendo feitos.

Como evolui a hiperplasia1 benigna da próstata2?

A hiperplasia1 benigna da próstata2 não tratada pode ser uma doença progressiva. Entre as consequências da dificuldade miccional que apresenta, pode ocorrer o não-esvaziamento completo da bexiga9, infecções21 do trato urinário22 baixo, formação de cálculos (pedras) na vesícula34, retenção urinária35 com aumento da urina16 residual (quantidade de urina16 que permanece na bexiga9 após cada micção8). Em alguns casos pode ocorrer um câncer13 juntamente com a hiperplasia1 benigna da próstata2, condição que pode ser suspeitada pela mudança de consistência do órgão, observada ao toque retal e confirmada através da biópsia36 prostática.

ABCMED, 2013. Como é a hiperplasia benigna da próstata?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-do-homem/339114/como-e-a-hiperplasia-benigna-da-prostata.htm>. Acesso em: 10 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Hiperplasia: Aumento do número de células de um tecido. Pode ser conseqüência de um estímulo hormonal fisiológico ou não, anomalias genéticas no tecido de origem, etc.
2 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
4 Estroma: 1. Na anatomia geral e em patologia, é o tecido conjuntivo vascularizado que forma o tecido nutritivo e de sustentação de um órgão, glândula ou de estruturas patológicas. 2. Na anatomia botânica, é a matriz semifluida dos cloroplastos na qual se encontram os grana, grânulos de amido, ribossomas, etc. 3. Em micologia, é a massa de tecido de um fungo, formada a partir de hifas entrelaçadas e que, nos cogumelos, geralmente corresponde à maior parte do corpo.
5 Epitélio: Uma ou mais camadas de CÉLULAS EPITELIAIS, sustentadas pela lâmina basal, que recobrem as superfícies internas e externas do corpo.
6 Glândula: Estrutura do organismo especializada na produção de substâncias que podem ser lançadas na corrente sangüínea (glândulas endócrinas) ou em uma superfície mucosa ou cutânea (glândulas exócrinas). A saliva, o suor, o muco, são exemplos de produtos de glândulas exócrinas. Os hormônios da tireóide, a insulina e os estrógenos são de secreção endócrina.
7 Uretra: É um órgão túbulo-muscular que serve para eliminação da urina.
8 Micção: Emissão natural de urina por esvaziamento da bexiga.
9 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
10 Reto: Segmento distal do INTESTINO GROSSO, entre o COLO SIGMÓIDE e o CANAL ANAL.
11 Esperma: Esperma ou sêmen. Líquido denso, gelatinoso, branco acinzentado e opaco, que contém espermatozoides e que serve para conduzi-los até o óvulo. O esperma é o líquido da ejaculação. Ele é composto de plasma seminal e espermatozoides. Este plasma contém nutrientes que alimentam e protegem os espermatozoides.
12 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
13 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
14 Androgênicos: Relativos à androgenia e a androgênios. Androgênios são hormônios esteroides, controladores do crescimento dos órgãos sexuais masculinos. O hormônio natural masculino é a testosterona.
15 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
16 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
17 Ureteres: Estruturas tubulares que transportam a urina dos rins até a bexiga.
18 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
19 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
20 Involuntária: 1.    Que se realiza sem intervenção da vontade ou que foge ao controle desta, automática, inconsciente, espontânea. 2.    Que se encontra em uma dada situação sem o desejar, forçada, obrigada.
21 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
22 Trato Urinário:
23 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
24 Impotência: Incapacidade para ter ou manter a ereção para atividades sexuais. Também chamada de disfunção erétil.
25 Ereção: 1. Ato ou efeito de erigir ou erguer. 2. Inauguração, criação. 3. Levantamento ou endurecimento do pênis.
26 Palpação: Ato ou efeito de palpar. Toque, sensação ou percepção pelo tato. Em medicina, é o exame feito com os dedos ou com a mão inteira para explorar clinicamente os órgãos e determinar certas características, como temperatura, resistência, tamanho etc.
27 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
28 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
29 Antígeno: 1. Partícula ou molécula capaz de deflagrar a produção de anticorpo específico. 2. Substância que, introduzida no organismo, provoca a formação de anticorpo.
30 Inflamações: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc. Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
31 Sinal: 1. É uma alteração percebida ou medida por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida. 2. Som ou gesto que indica algo, indício. 3. Dinheiro que se dá para garantir um contrato.
32 Uretral: Relativo ou pertencente à uretra.
33 Cauterização: Queima ou coagulação de tecidos de diferentes órgãos para deter uma hemorragia ou eliminar um tecido de crescimento anormal.
34 Vesícula: Lesão papular preenchida com líquido claro.
35 Retenção urinária: É um problema de esvaziamento da bexiga causado por diferentes condições. Normalmente, o ato miccional pode ser iniciado voluntariamente e a bexiga se esvazia por completo. Retenção urinária é a retenção anormal de urina na bexiga.
36 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
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