Leiomioma - causas, características clínicas, diagnóstico e tratamento
O que é leiomioma1?
O leiomioma1 é uma neoplasia2 benigna de músculos3 lisos que quase nunca se torna maligna. Ele pode ocorrer em qualquer músculo liso4, mas é muito mais frequente no útero5, onde é chamado mioma uterino. Seguem-se o esôfago6, o intestino delgado7 e a pele8.
Quais são as causas do leiomioma1?
Não se conhece precisamente as causas pelas quais o leiomioma1 começa a se desenvolver, mas, de maneira geral, estes são os principais fatores de risco associados ao tumor9: predisposição genética e história familiar, idade, obesidade10, pressão alta, pessoas afrodescendentes, alimentação com excesso de carne vermelha e o pouco consumo de verduras, frutas e vegetais, mulheres que tiveram a primeira menstruação11 muito cedo, ingestão em excesso de álcool e diabetes12.
A progesterona e o estrogênio influenciam o desenvolvimento do tumor9. Tanto que com a queda na produção de estrogênios, com a chegada da menopausa13, o mioma uterino costuma encolher e até desaparecer. Durante a gravidez14, ao contrário, sua tendência é aumentar.
Saiba mais sobre "Miomas uterinos", "Obesidade10", "Hipertensão arterial15", "Diabetes12" e "Menopausa13".
Quais são as principais características clínicas do leiomioma1?
As manifestações dos leiomiomas dependem do órgão afetado e do estágio do tumor9. A título de exemplo, cita-se a seguir as características de alguns dos tipos mais comuns desses tumores: os leiomiomas do útero5, do esôfago6 e do intestino.
Os leiomiomas uterinos são dos mais frequentes. Eles acometem cerca de 40% das mulheres em idade reprodutiva e são o tumor9 benigno mais frequente do aparelho genital16. Têm mais chances de acontecer durante a gravidez14, em razão da produção aumentada de estrogênio, que provoca o crescimento do tumor9. Quando muito pequenos, os tumores podem não dar sintomas17. Contudo, quando maiores, os principais sintomas17 são dores durante as relações sexuais, pressão na região da pelve18, período menstrual muito longo e com sangramento excessivo, prisão de ventre, dores constantes nas pernas e nas costas19, vontade intermitente20 de urinar e compressão nos ureteres21 ou em outras estruturas pélvicas22.
Os leiomiomas do esôfago6 são mais frequentes nos homens que nas mulheres, numa proporção de 3:1, e geralmente estão associados ao refluxo gastroesofágico23, ao alcoolismo e/ou ao tabagismo. De início, a sintomatologia pode ser muito pobre ou mesmo inexistente. Posteriormente podem ocorrer emagrecimento, azia24, dificuldade de engolir, dor torácica ou nas costas19. No entanto, é muito importante detectá-lo precocemente porque no início a chance de cura é muito maior.
Os leiomiomas do intestino não apresentam sintomas17, na maioria dos casos, sendo achados acidentalmente quando a pessoa faz uma endoscopia25 alta ou uma colonoscopia26. Eles podem estar localizados no intestino delgado7 ou grosso. Raramente, esses tumores podem causar hemorragias27, obstruções e/ou perfurações e nesses casos devem ser retirados cirurgicamente e o intestino deve ser reparado.
Leia sobre "Relações sexuais", "Ciclo menstrual", "Dores nas pernas", "Dores nas costas19", "Dor no peito28" e "Hemorragias27" .
Como o médico diagnostica o leiomioma1?
Diante de sintomas17 e exame físico sugestivos, o médico irá pedir exames conforme o caso, como hemograma completo, ultrassonografia29 transvaginal, histeroscopia30 (endoscopia25 do útero5), colonoscopia26, ultrassonografia29 ou ressonância magnética31.
Como o médico trata o leiomioma1?
Alguns leiomiomas não causam sintomas17 e algumas vezes nem precisam de tratamento. Quando causa transtornos incômodos evidentes, pode-se tratá-los com medicações. Quando não desaparecem sozinhos, podem ser removidos cirurgicamente, mas a maioria não precisa desse tratamento.
No caso de miomas do útero5, há um procedimento mais simples e conservador, em que ocorre apenas a retirada do mioma e um mais complexo, em que ocorre a remoção do útero5 como um todo. O manejo dos miomas depende de vários fatores, incluindo a idade do paciente e os sintomas17, sua história clínica, o tamanho e a localização dos miomas.
Veja sobre alguns exames: "Ultrassonografia29", "Ressonância magnética31", "Endoscopia25 digestiva alta", "Colonoscopia26", "Hemograma" e "Histeroscopia30".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.