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Você sabe o que é síndrome mão-pé-boca?

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O que é a síndrome1 mão2-pé-boca3?

A síndrome1 mão2-pé-boca3 é uma condição mórbida altamente contagiosa4 que cria lesões5 nesses locais. É mais frequente em crianças de menos de cinco anos de idade, embora possa afetar adultos. Tem esse nome justamente porque as lesões5 que acarreta localizam-se nos pés, mãos6 e interior da garganta7.

Qual é a causa da síndrome1 mão2-pé-boca3?

A síndrome1 mão2-pé-boca3 é causada por um enterovírus8, o vírus9 Coxsackie. A transmissão se dá pelas mãos6 sujas ou por alimentos mal lavados ou mal cozidos que tiveram contato com fezes contaminadas e também por meio das gotículas espalhadas por meio da tosse, espirros e saliva. Outra forma de contágio10 é o contato direto com as bolhas estouradas. Esta síndrome1 aumenta sua incidência11 no outono-inverno, por conta da imunidade12 ser mais baixa nesse período do ano.

Quais são os principais sinais13 e sintomas14 da síndrome1 mão2-pé-boca3?

Usualmente o período de incubação15, que vai desde a contaminação pelo vírus9 até o aparecimento dos sintomas14, é de quatro a seis dias. Normalmente a síndrome1 começa com febre16 (38-39°C), embora alguns casos possam ocorrer sem febre16. A criança apresenta aftas dolorosas e gânglios17 aumentados no pescoço18. A seguir, surge nos pés e nas mãos6 uma infecção19 moderada sob a forma de pequenas bolhas não pruriginosas20 e não dolorosas, de cor acinzentada com base avermelhada. Essas lesões5 podem aparecer também na área da fralda (coxas21 e nádegas22) e eventualmente podem coçar. Em geral, regridem juntamente com a febre16, entre cinco e sete dias, mas as bolhas na boca3 podem permanecer até quatro semanas. É comum que a criança também sofra de dores de cabeça23 e acentuada inapetência24.

Como o médico diagnostica a síndrome1 mão2-pé-boca3?

Na maioria das vezes não é preciso realizar exames complementares para diagnosticar a síndrome1 mão2-pé-boca3 porque o quadro é bem típico, mas o médico pode solicitar um exame sorológico (no sangue25) para o vírus9 Coxsackie ou detecção do enterovírus8 71 (vírus9 Coxsackie) em exame de fezes.

Como o médico trata a síndrome1 mão2-pé-boca3?

O tratamento da síndrome1 mão2-pé-boca3 é eminentemente26 sintomático27 e deve incluir todas as medidas utilizadas no tratamento de outras viroses: repouso, alimentação leve e ingestão aumentada de líquidos. Bochechar com água e sal ajuda a aliviar a dor da boca3. O quadro clínico é autolimitado e melhora espontaneamente com as defesas do organismo. A febre16 pode ser controlada pelos antitérmicos28 e se as lesões5 da boca3 comprometem muito a ingesta de líquidos pode ser necessária hidratação endovenosa. Medicamentos anti-inflamatórios e antivirais podem ser utilizados, mas são de pequena efetividade. Pode-se usar também antipruriginosos29, se necessário.

Como prevenir a síndrome1 mão2-pé-boca3?

Lavar bem as mãos6 e alimentos a serem consumidos. A criança não deve ir à escola, creche ou a outros lugares de aglomeração infantil durante a doença para não contaminar outras crianças.

Como evolui a síndrome1 mão2-pé-boca3?

Depois de se contrair esta doença, fica-se imune para toda a vida.

ABCMED, 2014. Você sabe o que é síndrome mão-pé-boca?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/586157/voce-sabe-o-que-e-sindrome-mao-pe-boca.htm>. Acesso em: 7 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
2 Mão: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
3 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
4 Contagiosa: 1. Que é transmitida por contato ou contágio. 2. Que constitui veículo para o contágio. 3. Que se transmite pela intensidade, pela influência, etc.; contagiante.
5 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
6 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
7 Garganta: Tubo fibromuscular em forma de funil, que leva os alimentos ao ESÔFAGO e o ar à LARINGE e PULMÕES. Situa-se posteriormente à CAVIDADE NASAL, à CAVIDADE ORAL e à LARINGE, extendendo-se da BASE DO CRÂNIO à borda inferior da CARTILAGEM CRICÓIDE (anteriormente) e à borda inferior da vértebra C6 (posteriormente). É dividida em NASOFARINGE, OROFARINGE e HIPOFARINGE (laringofaringe).
8 Enterovírus: Grupo de picornavírus, geralmente presentes no intestino, que podem causar doenças respiratórias ou do tecido nervoso como, por exemplo, no homem, a poliomielite e, nos animais, a febre aftosa.
9 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
10 Contágio: 1. Em infectologia, é a transmissão de doença de uma pessoa a outra, por contato direto ou indireto. 2. Na história da medicina, aplica-se a qualquer doença contagiosa. 3. No sentido figurado, é a transmissão de características negativas, de vícios, etc. ou então a reprodução involuntária de reação alheia.
11 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
12 Imunidade: Capacidade que um indivíduo tem de defender-se perante uma agressão bacteriana, viral ou perante qualquer tecido anormal (tumores, enxertos, etc.).
13 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
14 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Incubação: 1. Ato ou processo de chocar ovos, natural ou artificialmente. 2. Processo de laboratório, por meio do qual se cultivam microrganismos com o fim de estudar ou facilitar o seu desenvolvimento. 3. Em infectologia, é o período que vai da penetração do agente infeccioso no organismo até o aparecimento dos primeiros sinais da doença.
16 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
17 Gânglios: 1. Na anatomia geral, são corpos arredondados de tamanho e estrutura variáveis; nodos, nódulos. 2. Em patologia, são pequenos tumores císticos localizados em uma bainha tendinosa ou em uma cápsula articular, especialmente nas mãos, punhos e pés.
18 Pescoço:
19 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
20 Pruriginosas: Relativas a ou próprias de prurido, que coçam, que causam coceira ou comichão. Em medicina, é o que produz prurido; prurientes, prurígenas.
21 Coxas: É a região situada abaixo da virilha e acima do joelho, onde está localizado o maior osso do corpo humano, o fêmur.
22 Nádegas:
23 Cabeça:
24 Inapetência: Ausência de apetite, de vontade de comer; anorexia. Por extensão de sentido, é a falta de desejo ou de vontade.
25 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
26 Eminentemente: De modo eminente; em alto grau; acima de tudo.
27 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
28 Antitérmicos: Medicamentos que combatem a febre. Também pode ser chamado de febrífugo, antifebril e antipirético.
29 Antipruriginosos: Relativos a ou próprios de prurido, que coçam, que causam coceira ou comichão. Em medicina, é o que produz prurido; prurientes, prurígenos.
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