Você sabe o que é transtorno ansioso social?
O que é o transtorno ansioso social?
O transtorno ansioso social, anteriormente conhecido como fobia1 social, é um distúrbio caracterizado por manifestações de intensa ansiedade que surge quando o paciente é ou crê estar sendo submetido à avaliação de outras pessoas em seus desempenhos ou atividades. É frequente que essas pessoas tenham a sensação de estarem sendo julgadas muito ansiosas, fracas ou tolas e, por conta disso, tendem a se isolarem. Na maioria das vezes essa ansiedade concentra-se sob tarefas ou circunstâncias bem definidas (comer, falar ou escrever em público, por exemplo), mas pode também ser sentida de maneira geral para todas as atividades sociais. As pessoas afetadas por essa patologia2 compreendem que seus medos são injustificados, no entanto, experimentam grande apreensão ao enfrentarem as situações temidas e fazem de tudo para evitá-las.
Essas dificuldades são tidas como patológicas quando acarretam algum prejuízo pessoal como, por exemplo, negar-se a um exame final que exige uma apresentação pública ou diante de alguém que esteja avaliando.
Quem são as pessoas que sofrem de transtorno ansioso social?
Um estudo recente mostrou que 13% dos brasileiros sofrem dele. As fobias3 sociais afetam os homens mais que as mulheres. O seu início geralmente é muito gradual, na infância ou na adolescência. O mais tardar que a fobia1 social pode começar é no início da idade adulta, em torno de vinte anos. Há certa possibilidade de uma facilitação genética.
Quais os sintomas4 mais comuns do transtorno ansioso social?
Não há sintomas4 que sejam absolutamente típicos, mas em geral eles são aqueles da ansiedade (inquietação incômoda, medo vago e indefinido, expectativas negativas relativas ao futuro, palpitações5, sensações de sufocações, tremores, sudorese6 excessiva, mal estar gástrico, etc.). Sensações de aperto na cabeça7 ou no peito8 são muito frequentes. São comuns também distúrbios psicossomáticos como úlceras9, asma10, gastrites11, colites, dores de cabeça7, dentre outros. O que é mais característico da fobia1 social é o aparecimento dos sintomas4 quando a pessoa é observada enquanto executa uma tarefa comum. Esses sintomas4 ocorrem com mais intensidade quando a pessoa está desempenhando certas atividades sociais, em presença de outras pessoas. Eles são, principalmente, ansiedade antecipatória, tremores, suor excessivo, palpitações5, temor de enrubescer-se, temor de ser avaliado negativamente ou de ser visto como fraco, ansioso, louco ou tolo, o que os leva, em geral, a evitar situações sociais que os colocariam em incômodo.
Esses pacientes não conseguem dizer não, pelo temor de desagradarem as pessoas. Têm uma baixa auto-estima e julgam, por exemplo, que não podem terminar um namoro porque não despertarão o interesse de mais ninguém.
Em que situações os sintomas4 ocorrem mais frequentemente?
As situações nas quais essa patologia2 mostra melhor os seus sintomas4 são andar na rua, falar em público, viajar em transportes públicos, comer ou beber em público, escrever ou assinar em presença de outras pessoas, usar mictórios públicos, olhar as pessoas nos olhos12, dar ou aceitar cumprimentos, etc. A fobia1 social pode ser generalizada para todas essas (e ainda outras) situações, ou específica, se a ansiedade é experimentada apenas em uma ou algumas situações determinadas. A fobia1 social pode incapacitar a pessoa para o estudo, o trabalho e demais atividades sociais, e privar o individuo de fazer amizades, estabelecer relacionamentos amorosos e formar uma família. Os que conseguem trabalhar buscam profissões nas quais a interação social é mínima e preferem os trabalhos noturnos ou isolados, onde os contatos sociais são mais escassos.
Como deve ser tratada a fobia1 social?
O tratamento deve ser feito por um terapeuta especializado (psiquiatra ou psicólogo). A psicoterapia cognitivo13-comportamental costuma apresentar bons resultados. O tratamento medicamentoso com ansiolíticos, geralmente, proporciona uma melhoria ou supressão mais rápida dos sintomas4, em cerca de setenta e noventa por cento dos casos. O sucesso do tratamento depende do ambiente familiar e de atividades de integração social de forma gradual e assistida. Pode ser que um tratamento adequado permita uma verdadeira cura.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.