Ergofobia - é possível vencê-la!
O que são fobias1?
Fobias1 são medos e evitações irracionais, reconhecidos como absurdos pela própria pessoa que os sente, a qual, apesar disso, não consegue dominá-los. Muitas vezes, as fobias1 se manifestam sob a forma somente ou predominantemente de evitações incoercíveis.
O que é ergofobia?
Ergofobia (do grego: ergon = trabalho, + phobos = medo) é o medo anormal e persistente de trabalhar ou encontrar e manter um emprego. Trata-se de um medo irracional, ao estilo das demais fobias1, que nem a pessoa que sofre consegue explicar direito sua razão de ser. A revista Psychology, Health and Medicine, em 2009, definiu a ergofobia como uma "reação de ansiedade fóbica com sintomas2 de pânico que ocorrem com o pensamento de aproximação do local de trabalho".
Saiba mais sobre "Fobias1" e "Transtorno do pânico".
Quais são as causas da ergofobia?
A ergofobia é de natureza psicológica e pode ser causada por diversos fatores, sendo a ansiedade o mais comum deles. Quem sofre de ansiedade generalizada tem maiores chances de desenvolver esta fobia3. Outra causa pode ser o transtorno de agorafobia4, que é o medo de estar entre pessoas ou de sair à rua. A síndrome5 de Asperger, uma condição genética do espectro do autismo, embora diferente do autismo clássico, também é uma das causas principais.
Qual é o mecanismo psicológico da ergofobia?
As fobias1 existem em diversos quadros psiquiátricos, mas são principalmente sintomas2 das chamadas neuroses fóbicas. Na psicanálise, elas são vistas como resultando de conflitos interiores entre o ego e o id e da projeção de impulsos proibidos sobre objetos da realidade.
Leia sobre "Ansiedade", "Autismo", "Síndrome5 de Asperger" e "Neurose6".
Quais são as principais características clínicas da ergofobia?
Na maioria dos casos, as pessoas que têm ergofobia não são tímidas e habitualmente são muito inteligentes. Infelizmente, a ergofobia pode destruir a vida financeira da pessoa e seus sonhos profissionais de adolescência.
Como o médico diagnostica a ergofobia?
O diagnóstico7 da ergofobia é eminentemente8 clínico, mas depende de observação pessoal e longa, por vários anos, o que normalmente só pode ser feito por familiares ou pela própria pessoa. Pode ser difícil fazer os outros acreditarem de primeira que o que essas pessoas sofrem é algo que pode ser clinicamente diagnosticado. Muitas vezes, o termo é associado à vagabundagem, até que seja reconhecida sua natureza neurótica imperativa.
Como o médico trata a ergofobia?
O tratamento da ergofobia deve ser feito com psiquiatria, através de medicações ansiolíticas, e com psicólogo, por meio de psicoterapia. A psicoterapia comportamental pode ajudar o indivíduo a iniciar um trabalho, com suas técnicas de dessensibilização9 progressiva.
Veja também sobre "Psicoterapias", "Psiquiatra, psicólogo ou psicanalista?" e "Fobia3 social".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.