Doença do soro: como ela é?
O que é soro1 e anti-soro1?
O soro1 é a parte líquida do sangue2, que contém os anticorpos3 que protegem as pessoas contra infecções4. O anti-soro1 é uma preparação do soro1 de uma pessoa ou animal que já tenha sofrido uma determinada doença e que por isso já contenha anticorpos3 contra ela. Ele pode ser aplicado a outra pessoa que seja exposta a um micro-organismo perigoso, contra o qual ainda não se encontre imunizada, e assim confere uma espécie de imunização5 passiva imediata, mas temporária, válida enquanto a pessoa adquire sua própria imunidade6. Entre as doenças que podem ser protegidas assim estão o tétano7 e a raiva8, por exemplo, duas modalidades infecciosas graves.
O que é a doença do soro1?
A doença do soro1 é uma reação imunológica tardia de hipersensibilidade, devido à união de um anticorpo9 com um antígeno10, que difere da reação anafilática11 porque enquanto esta ocorre imediatamente após a aplicação do alergeno12, a doença do soro1 só se manifesta entre 7 a 14 dias após. No caso da doença do soro1, o antígeno10 pode ser uma droga, um medicamento, ou uma proteína contida no soro1 heterólogo (soro1 produzido através da injeção13 de certo antígeno10 específico na corrente sanguínea de animais, geralmente cavalos).
Quais são as causas da doença do soro1?
Ao estilo das alergias, o sistema imunológico14 da pessoa identifica uma proteína do soro1 do doador como estranha ao organismo e desenvolve anticorpos3 contra ela, os quais se ligam à proteína, criando “complexos imunológicos” que se depositam em vários tecidos e órgãos, originando os sintomas15.
Quais são os principais sinais16 e sintomas15 da doença do soro1?
Os principais sinais16 e sintomas15 da doença do soro1 são urticária17, febre18, mal-estar, dores articulares e adenopatias19. Os órgãos mais afetados incluem a pele20, os rins21 e as articulações22. A deposição dos complexos imunes nos tecidos ou no endotélio vascular23 pode produzir uma lesão24 tissular25 que gera, entre outras coisas, quimiotaxia26 de polimorfonucleares27.
Como o médico diagnostica a doença do soro1?
O diagnóstico28 tanto pode ser feito clinicamente, pelo relato dos sintomas15 e exame físico, como por testes de laboratório. No laboratório, pode haver leucocitose29, leucopenia30, eosinofilia31, trombocitopenia32. Além de velocidade de hemossedimentação33 (VHS34), PCR35 e gamaglobulina36 aumentadas. O exame de urina37 pode mostrar albuminúria38 e hematúria39. Os níveis de complemento C3, C4 e CH50 podem estar diminuídos pelo aumento do consumo.
Como o médico trata a doença do soro1?
Como a doença do soro1 é autolimitada,o tratamento deve ser conservador. Pode-se usar analgésicos40, anti-histamínicos, esteroides tópicos, corticosteroides etc, conforme a manifestação dos sintomas15.
Como evolui a doença do soro1?
A doença é auto solucionável porque os “complexos imunológicos” formados tendem a desaparecer à medida que os respectivos antígenos41 são destruídos.
Com o tratamento correto, os sintomas15 tendem a desaparecer em poucos dias.
Quais são as complicações da doença do soro1?
Os casos graves podem se complicar com glomerulonefrite42, nefrose43, neuropatia44 e manifestações de vasculite45.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.