Impetigo: conceito, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução, prevenção, complicações possíveis
O que é impetigo1?
O impetigo1 (do latim: impetere = ataque) é uma infeção cutânea2 superficial por bactérias, muito comum em crianças pequenas. Além de comum é uma doença muito contagiosa3. Como o impetigo1 afeta somente a epiderme4 superficial, não produz cicatrizes5 e a crosta formada desaparece completamente após o tratamento. Aqueles que já sofrem outras doenças de pele6 como eczema7, sarna8 ou herpes podem ter uma superinfecção9 com impetigo1, chamada impetiginização. Embora seja uma doença benigna, é necessário cuidar rapidamente da criança doente com impetigo1 porque sendo altamente contagiosa3 ela coloca em risco as pessoas que convivem com a criança.
Quais são as causas do impetigo1?
O impetigo1 é uma infecção10 geralmente causada pelo Staphylococcus aureus ou pelo Streptococcus pyogenes ou, ainda, por ambos. As duas espécies são bactérias gram positivas componentes da flora normal da pele6 de humanos e de outros animais que podem ser transmitidas por contato com as lesões11, pelas vias respiratórias, por utensílios compartilhados com pessoa infectada, por contato com insetos ou por contato direto com animais infectados. Os fatores de risco para o impetigo1 incluem: crianças entre os dois e seis anos de idade; locais fechados e superlotados; clima quente e úmido; lesões11 na pele6 causadas por mordidas ou picadas de inseto e outros tipos de feridas; pessoas idosas, com diabetes12 ou com um sistema imunológico13 debilitado.
Quais são os principais sinais14 e sintomas15 do impetigo1?
A enfermidade incide mais nos climas quentes e úmidos e nos ambientes com menores condições de higiene. O período de incubação16 varia entre um e dez dias. A infeção pode afetar qualquer parte ou segmento da pele6, mas a face17, as mãos18, o pescoço19 e o couro cabeludo são os locais comumente mais atingidos. Geralmente as lesões11 aparecem primeiro nos orifícios faciais, boca20 e nariz21 e daí se generalizam para o rosto e às vezes para o resto do corpo.
Comumente as lesões11 são pequenas, mas podem se tornar mais amplas pelo ato de coçar que as espalha. Forma-se inicialmente uma lesão22 inflamatória e bolhas rodeadas por ulcerações23, as quais se enchem de pus24 e estouram e então as lesões11 são transformadas em uma crosta amarelada. Há também uma forma não bolhosa, a qual geralmente se manifesta com crostas que lembram a cor do mel.
Assim, os principais sinais14 e sintomas15 de impetigo1 são: uma ou mais pústulas25 com pus24 que facilmente estouram; pústulas25 que coçam, preenchidas com um líquido amarelado; formação posterior de crostas; erupções cutâneas26 que podem espalhar-se conforme a pessoa as coça; nódulos linfáticos inchados. Às vezes, em pessoas cujo sistema imunológico13 esteja rebaixado, o impetigo1 pode se transformar em ectima, uma forma em que as lesões11 são mais graves, mais inflamadas e mais ulceradas.
Como o médico diagnostica o impetigo1?
O diagnóstico27 é eminentemente28 clínico, baseado nos relatos do paciente ou de seus acompanhantes, uma vez que os pacientes costumam ser crianças, e na observação direta das lesões11. Normalmente, testes de laboratório não são necessários, mas nos casos atípicos pode-se fazer uma cultura em laboratório para que seja identificado o microrganismo causador das lesões11 e determinado o antibiótico apropriado. Em geral, não é necessário realizar cultura a fim de determinar o agente causador do impetigo1 e para confirmar o diagnóstico27, exceto na ectima (forma grave de impetigo1). A princípio, o estado geral do paciente é bom e ele não apresenta febre29 ou a apresenta de forma leve.
Como o médico trata o impetigo1?
O tratamento deve ser iniciado tão logo apareçam os primeiros sintomas15, visto tratar-se de uma condição altamente contagiosa3. Os casos mais leves podem ser tratados com água e sabão deixando a ferida secar livremente ou com o uso de uma pomada bactericida. Os antibióticos podem ser aplicados localmente nas feridas, por meio de cremes ou pomadas. Nas infecções30 disseminadas devem ser usados antibióticos orais. Geralmente o impetigo1 responde bem ao tratamento adequado e desaparece em 24 a 48 horas, sem deixar cicatrizes5.
Como prevenir o impetigo1?
Para a prevenção do impetigo1 deve-se limpar bem qualquer ferida que possa ser uma porta de entrada para as bactérias responsáveis pela infecção10. É absolutamente necessário evitar contato com pessoas infectadas, porque trata-se de uma condição particularmente contagiosa3. Se a pessoa já tem impetigo1, deve evitar a propagação não compartilhando toalhas, roupas, lâminas de barbear ou outros produtos ou objetos de uso pessoal com outras pessoas. Para evitar se recontaminar, a pessoa afetada deve lavar suas mãos18 após tocar a pele6 infectada, manter a pele6 limpa, limpar bem pequenos cortes e escoriações31 com sabão e água limpa, trocar com frequência as próprias vestes e as roupas de cama. Como o impetigo1 é uma doença altamente contagiosa3, é preciso isolar os doentes. No caso frequente de serem crianças elas devem deixar de frequentar creches, escolas, parques, etc até a resolução da infecção10.
Como evolui o impetigo1?
As lesões11 do impetigo1 curam-se lentamente, mas as taxas de cura são bastante altas, desde que o paciente faça o tratamento correto.
Quais são as complicações possíveis do impetigo1?
Impetigo1 não forma cicatrizes5, mas as formas severas podem deixar manchas escuras na pele6, após a inflamação32. A principal complicação do impetigo1 é a possibilidade de que ele gere uma epidemia, dado que é uma doença altamente contagiosa3. Quando o impetigo1 é causado por Streptococcus, deve-se atentar para os possíveis danos aos rins33, caso não seja tratado corretamente.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.