Intertrigo: conceito, causas, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção, evolução, possíveis complicações
O que é intertrigo1?
O intertrigo1 é uma condição inflamatória das dobras da pele2, afetando principalmente as axilas, o períneo3, a região inframamária e o abdômen, podendo acometer também outras regiões do corpo.
Quais são as causas do intertrigo1?
O intertrigo1 geralmente é causado por uma infecção4 pelo fungo5 Candida albicans, um microrganismo normalmente presente na pele2. O intertrigo1 é produzido ou agravado pelo calor, umidade, fricção e falta de circulação6 de ar, que criam portas de entrada para a infecção4. Pode estar associado também a bactérias, vírus7 ou outros fungos. O quadro pode ser agravado pela irritação causada pela urina8, pelas fezes e por outros agentes de ação tópica. A obesidade9, a diabetes mellitus10, a hiperidrose11, a incontinência urinária12 ou fecal, os corrimentos vaginais ou os ferimentos que eliminem secreções são fatores de risco para o intertrigo1. Se a infecção4 tem um papel primário no intertrigo1 ou é simplesmente um agente secundário, ainda é matéria controversa.
Quais são os principais sinais13 e sintomas14 do intertrigo1?
O intertrigo1 comumente afeta as axilas, o períneo3, as dobras inframamárias e abdominais, mas qualquer outra dobra de pele2 pode estar envolvida. É mais frequente em pessoas obesas e diabéticas. Usualmente é uma condição crônica, de início insidioso com coceira, queimação e ardência na pele2, que pode levar a um desconforto maior quando secundariamente ocorre uma infecção4. A aparência do intertrigo1 depende da área de pele2 comprometida e da duração da inflamação15, mas geralmente se inicia por placas16 eritematosas17 (avermelhadas) que evoluem para a formação de vesículas18 e crostas. Também pode gerar fissuras19 na pele2 e se houver uma outra infecção4 superveniente podem surgir pústulas20 cheias de pus21. No períneo3, as camadas da pele2 envolvidas costumam ser mais profundas, em comparação com superfícies convexas, nas quais em geral ocorre apenas uma dermatite22 irritativa. Em idosos, o intertrigo1 pode surgir nas pregas nasolabiais ou no pescoço23, por exemplo, formadas com a evolução da idade.
Como o médico diagnostica o intertrigo1?
O diagnóstico24 do intertrigo1 é eminentemente25 clínico, baseado na tipicidade da localização e características das lesões26. Em alguns poucos casos pode fazer-se necessário recorrer a uma cultura para identificar o tipo de germe27 causador da infecção4. Nos adultos deve ser feita uma diferenciação, entre outras, com doenças inflamatórias da pele2, dermatite22 de contato, psoríase28, dermatite seborreica29, pênfigo, doenças metabólicas e malignas. Uma biópsia30 de pele2 pode ser realizada em todos aqueles casos que deixem dúvidas ou em que o intertrigo1 não esteja respondendo ao tratamento, embora ela não seja necessária nos casos não complicados. Ela pode também ajudar a excluir outras doenças, inclusive carcinoma31.
Como o médico trata o intertrigo1?
O tratamento deve começar pela correção dos fatores causais do intertrigo1. Assim, a pessoa afetada deve cuidar de eliminar fricção, calor, umidade e maceração da pele2 e manter as dobras da pele2 frescas e secas, providências que podem ser obtidas expondo as dobras cutâneas32 ao ar. Podem ser usados, quando necessários, medicamentos tópicos, como antimicóticos, antibióticos e corticosteroides. Os antibióticos só são necessários nos casos de infecções33 secundárias por bactérias. Nos casos mais graves podem ser usados medicamentos por via oral.
Como prevenir o intertrigo1?
Para prevenir o intertrigo1 o paciente deve ser aconselhado a perder peso, controlar os níveis sanguíneos de glicose34, manter boa higiene corporal, secar bastante as dobras da pele2 e expor regularmente ao sol as áreas afetadas.
Como evolui o intertrigo1?
Com um tratamento adequado o prognóstico35 do intertrigo1 é muito bom, embora ele possa reincidir.
Quais são as complicações possíveis do intertrigo1?
A complicação mais comum do intertrigo1 é a infecção4 secundária. Um intertrigo1 infeccioso pode levar à celulite36, especialmente em pacientes que sejam diabéticos. Também pode ocorrer fissuras19 e úlceras37 na pele2. As complicações potenciais representadas pelas terapias incluem dermatite22 de contato pelos produtos tópicos utilizados.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.