Por que temos calos?
O que são calos?
Calos são áreas endurecidas da pele1 que se tornam grossas e rígidas como respostas orgânicas a contatos e pressões repetidos e que visam proteger os tecidos das camadas inferiores da pele1. Geralmente eles aparecem em pontos de contatos e pressões intensos e repetitivos da pele1 com superfícies externas, como acontece com as pessoas que usam sapatos apertados (calos nos pés) ou com os músicos que tocam instrumentos de corda (calos nos dedos das mãos2). Como as mãos2 e os pés são regiões do corpo que sofrem maiores pressões que outras partes do corpo, os calos são mais comuns neles, mas podem acontecer em outras partes do corpo.
Muitas vezes os calos chegam inclusive a ser “desejados”, na medida em que eles ajudam a aliviar e a manusear certos instrumentos sem dor. Outros exemplos de calos acontecem com os fisioculturistas e os trabalhadores rurais braçais, por exemplo, que desenvolvem calos nas palmas das mãos2 que aliviam a pressão contra elas dos instrumentos que manuseiam.
Quais são as causas dos calos?
Geralmente os calos são causados por atritos, pressões sobre a pele1, deformações na estrutura óssea ou alterações da marcha. Algumas pessoas, devido ao seu tipo de pele1 ou por sofrerem de alterações mais específicas como diabetes mellitus3, problemas endócrinos ou vasculares4, têm uma tendência maior que outras para desenvolver calos. Os diabéticos ou aqueles que sofrem de má circulação5 são mais susceptíveis a infecções6 potencialmente graves. Idosos também se encontram em risco potencial de desenvolver calos, porque têm a elasticidade7 dos tecidos diminuída, o que contribui para o surgimento de calos. Também, as pessoas que trabalham de pé por longos períodos de tempo estão mais sujeitas a desenvolverem calos.
Quais são os sinais8 e sintomas9 dos calos?
Existem calos de diferentes tamanhos e formas. Na maioria das vezes eles não são dolorosos, mas podem se tornar tão espessos que a pele1 fica excessivamente rígida e rachada, causando grandes desconfortos. Os calos dolorosos nos pés podem chegar a dificultar ou a impedir a marcha.
Como o médico diagnostica os calos?
O diagnóstico10 dos calos é eminentemente11 clínico.
Como o médico trata os calos?
A providência mais essencial para o tratamento dos calos é eliminar a fonte de pressão que dá origem a eles. Outras medidas visam corrigir as alterações estruturais dos dedos dos pés ou da forma de caminhar que possam estar na origem do aparecimento dos calos. As preparações medicinais só tratam os sintomas9, não o problema, além de que a aplicação destes produtos na pele1 saudável que rodeia a calosidade pode ser potencialmente perigosa. Só é possível tratar definitivamente um calo12 se for possível tratar a alteração que dá origem a ele, seja ela externa ou interna. Pode ser aconselhável o uso de “palmilhas” e protetores de dedo e/ou o uso de cremes queratolíticos (que desfazem a queratina, da qual os calos se constituem) e emolientes que ajudam a reequilibrar a pele1.
Como prevenir os calos?
Uma das maneiras de prevenir o desenvolvimento de calos é usar calçados confortáveis para caminhar ou correr. Manter um peso corporal dentro de limites considerados normais também ajuda a evitar o excesso de pressão nos pés.
A hidratação da pele1 é importante, mas não se pode esquecer que estes problemas são causados por excesso de pressão.
Como evoluem os calos?
Os calos podem ou não deixar marcas visíveis (cicatrizes13) e sintomáticas, mas podem ser eliminados de forma a recuperar-se a integridade normal dos tecidos.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.