Escleroterapia
O que é escleroterapia1?
A escleroterapia1 é um procedimento médico realizado para o tratamento de vasos sanguíneos2 dilatados (em geral veias3 varicosas dos mais diversos tamanhos) ou malformações4 vasculares5 (telangiectasias6). A escleroterapia1 pode ser feita quimicamente, por meio de injeções de substâncias químicas ou de espuma (forma mais comum), ou por métodos físicos, com o uso do laser e radiofrequência, por exemplo. Na mente popular, a escleroterapia1 é conhecida como destinada unicamente ao tratamento de varizes7, baseada em injetar nelas uma substância química que "esclerosa" o vaso enfocado. A escleroterapia1 frequentemente é feita nos membros inferiores, mas também pode ser realizada em outras áreas do corpo.
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Por que fazer uma escleroterapia1?
Além das varizes7, a escleroterapia1 é aplicada como uma opção para tratamento de veias3 reticulares8 superficiais, telangiectasias6 e também pelos proctologistas para o tratamento de hemorroidas9. Ela pode também ser aplicada em veias3 colaterais das safenas. Em geral, os pacientes têm objetivo estético, porém a escleroterapia1 pode ser o tratamento de várias doenças venosas, sobretudo varizes7.
Como é feita a escleroterapia1?
No dia anterior ao procedimento, o paciente não deve fazer depilação das pernas ou aplicar cremes. A escleroterapia1 química consiste na injeção10 de certas sustâncias dentro de um capilar11 venoso ou de uma veia de maior tamanho, diretamente no interior das varizes7. Esse procedimento "seca" os vasos, lenta e progressivamente, impedindo que o sangue12 circule por eles. É uma prática simples, mas exige perícia de quem a pratica e, por isso, só deve ser feita por alguém com experiência profissional. Pode ser realizada em consultório, sem anestesia13, e cada aplicação dura cerca de uma hora. O tratamento é feito em sessões e é preciso retornar ao consultório do médico algumas vezes após a primeira aplicação. Assim que esses medicamentos entram no vaso, eles provocam uma irritação que os faz contrair. Com o tempo, geram um processo inflamatório no endotélio vascular14 que ao cicatrizar origina a oclusão do vaso. Dessa forma, impedem a circulação15 local e a formação de novas varizes7 naquela área. Embora haja substâncias específicas, a mais frequentemente usada é a glicose16 hipertônica17 a 50 ou 75%, que não tem muitos efeitos colaterais18 e é facilmente absorvida pelo organismo. Depois de realizada a escleroterapia1, o paciente deve usar meias de compressão por alguns dias, evitar exercícios físicos exaustivos e evitar expor-se ao sol forte.
Apesar de um tratamento bem feito, as varizes7 podem ressurgir em áreas próximas ou distantes, demandando novas aplicações.
Quais são as complicações possíveis da escleroterapia1?
A escleroterapia1 pode provocar leve dor e queimação locais, inteiramente suportáveis. Com o uso de produtos químicos, têm sido descritos acidentes tromboembólicos graves, mas a maioria das complicações com a escleroterapia1 estão relacionadas a falhas técnicas e aplicação incorreta do produto. Em geral, podem aparecer alergias, hiperpigmentação no trajeto da vênula19 injetada, aparecimento de uma "nuvem" de pequenos capilares20, no caso de oclusão abrupta da vênula19 de drenagem21 da telangiectasia22, necroses, tromboflebite23 superficial ou profunda e embolia24 pulmonar.
Como prevenir as complicações da escleroterapia1?
O uso da glicose16 hipertônica17 a 50% ou 75% para produzir a esclerose25, constitui uma alternativa bastante segura para o paciente. O paciente deve procurar um profissional habilitado e experiente (geralmente um angiologista) para fazer tais aplicações.
Temas relacionados em "Varizes7", "Flebite26", "Dores nas pernas" e "Cirurgia de varizes7".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.