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Câncer de ovário: saiba mais sobre ele

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O que é câncer1 de ovário2?

O câncer1 de ovário2 é um raro tumor3 ginecológico maligno que afeta os ovários4. O câncer1 de ovário2 é difícil de ser diagnosticado e tem pequenas chances de cura. A maioria deles é um carcinoma5 epitelial (câncer1 que se inicia nas células6 da superfície do órgão) ou tumor3 das células germinativas7 (que dão origem aos ovócitos, gameta feminino a ser fecundado pelo espermatozoide8).

Quais são as causas do câncer1 de ovário2?

A causa do câncer1 de ovário2 ainda é desconhecida na sua totalidade, mas está relacionada a fatores genéticos, hormonais e ambientais. Sabe-se, contudo, de alguns fatores que aumentam ou diminuem o risco:

 

  • Um grande número de filhos e quanto mais cedo uma mulher der à luz, menor o seu risco.
  • Determinados defeitos genéticos parecem ser responsáveis por alguns casos de tumor3 de ovário2.
  • Mulheres com histórico pessoal ou familiar de câncer1 de mama9 ou de ovário2 apresentam risco maior.
  • Mulheres que fazem reposição de estrogênio, sem progesterona, parecem ter maior risco de desenvolver câncer1 de ovário2.
  • Pílulas anticoncepcionais, no entanto, diminuem o risco.
  • Alguns estudos sugerem que os medicamentos para fertilidade não aumentam o risco.

 

O câncer1 de ovário2 pode acontecer em mulheres de qualquer idade, mas é mais frequente depois dos 40 anos. A maioria das mortes por câncer1 de ovário2 ocorre em mulheres acima de 55 anos.

Quais são os principais sinais10 e sintomas11 do câncer1 de ovário2?

Embora o câncer1 de ovário2 seja o quinto tipo de câncer1 mais comum nas mulheres, ele causa mais mortes que qualquer outro tipo de câncer1 dos órgãos reprodutores femininos. Isso ocorre porque os sintomas11 do câncer1 de ovário2 são muito vagos e inespecíficos. Frequentemente são confundidos com os sintomas11 de outras doenças. Quase sempre, quando o câncer1 é finalmente diagnosticado, o tumor3 muitas vezes já deu metástases12 (espalhou-se para outros órgãos).

Podem ser sinais10 e sintomas11 indicativos de um tumor3 no ovário2: inchaço13 abdominal; inapetência14; dor pélvica15 ou abdominal; ciclos menstruais irregulares e anormais; constipação16 intestinal; aumento de gases intestinais; dificuldades de digestão17; náuseas18 e vômitos19; sensação de peso na pelve20; dor nas costas21 não explicável; sangramento vaginal; desconforto no abdome22; ganho ou perda de peso; aumento de pelos e aumento na frequência ou urgência23 urinária. Esses sintomas11, entretanto, também são comuns em outras enfermidades e em mulheres que não têm câncer1.

Como o médico diagnostica o câncer1 de ovário2?

A história clínica e o exame físico são os primeiros dados para o diagnóstico24 do câncer1 de ovário2. Um exame físico detido pode revelar um abdômen inchado e com líquido em sua cavidade. Um exame pélvico25 pode revelar uma massa no abdômen ou em um dos ovários4. O exame de sangue26 com o marcador CA-125 pode ser feito se a mulher tiver sintomas11 de câncer1 de ovário2 ou já tiver sido diagnosticada com câncer1 de ovário2, para monitorar o tratamento. Outros testes que podem ser realizados que ajudam a diagnosticar a doença ou a fazer um diagnóstico24 diferencial incluem a contagem de células6 e química sanguínea completa; testes de gravidez27; tomografia computadorizada28 e/ou ressonância magnética29 da pelve20; ultrassonografia30 da pelve20. Uma laparotomia31 pode ser realizada a fim de explorar os sintomas11 e fazer uma biópsia32 que torne o diagnóstico24 definitivo. Em casos muito avançados deve ser feita uma avaliação da função renal33 e hepática34 e exames hematológicos.

Como o médico trata o câncer1 de ovário2?

Uma vez diagnosticado o câncer1 de ovário2, o tratamento é cirúrgico. A cirurgia deve envolver uma histerectomia35 total (remoção do útero36), remoção bilateral dos ovários4 e trompas, remoção do omento37 (camada de gordura38 que recobre os órgãos do abdômen); biópsia32 ou remoção dos linfonodos39 da pelve20 e abdômen. Após a cirurgia, a quimioterapia40 por via venosa ou aplicada diretamente na cavidade abdominal41 pode ser usada para tratar qualquer resíduo da doença ou se o câncer1 reincidir. A radioterapia42 é raramente utilizada.

Como evolui o câncer1 de ovário2?

Em geral, quando diagnosticado o câncer1 de ovário2 já se encontra num estágio muito avançado. Cerca de ¼ das mulheres diagnosticadas sobrevivem mais de um ano após o diagnóstico24 e 50% delas vivem mais que cinco anos. Se o diagnóstico24 for muito precoce a sobrevivência43 de cinco anos aumenta muito.

Como prevenir o câncer1 de ovário2?

O médico pode avaliar e aconselhar a remoção dos ovários4 e das trompas em mulheres que apresentem alto risco de câncer1 de ovário2.

Quais são as complicações possíveis do câncer1 de ovário2?

O câncer1 de ovário2 pode espalhar-se para outros órgãos, levar a perda da função desses órgãos, causar o extravasamento de líquido para o abdômen, produzir uma obstrução intestinal, etc.

ABCMED, 2014. Câncer de ovário: saiba mais sobre ele. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/cancer/527969/cancer-de-ovario-saiba-mais-sobre-ele.htm>. Acesso em: 6 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
3 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
4 Ovários: São órgãos pares com aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura cada um. Eles estão presos ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos. Na puberdade, os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno.
5 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
6 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
7 Células Germinativas: São as células responsáveis pela reprodução sexuada e contêm metade do número total de cromossomos de uma espécie. Os espermatozoides (homem) e os ovócitos (mulher) são células germinativas.
8 Espermatozóide: Célula reprodutiva masculina.
9 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
10 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
11 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
12 Metástases: Formação de tecido tumoral, localizada em um lugar distante do sítio de origem. Por exemplo, pode se formar uma metástase no cérebro originário de um câncer no pulmão. Sua gravidade depende da localização e da resposta ao tratamento instaurado.
13 Inchaço: Inchação, edema.
14 Inapetência: Ausência de apetite, de vontade de comer; anorexia. Por extensão de sentido, é a falta de desejo ou de vontade.
15 Pélvica: Relativo a ou próprio de pelve. A pelve é a cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ilíacos), sacro e cóccix; bacia. Ou também é qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
16 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
17 Digestão: Dá-se este nome a todo o conjunto de processos enzimáticos, motores e de transporte através dos quais os alimentos são degradados a compostos mais simples para permitir sua melhor absorção.
18 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
19 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
20 Pelve: 1. Cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ossos ilíacos), sacro e cóccix; bacia. 2. Qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
21 Costas:
22 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
23 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
24 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
25 Pélvico: Relativo a ou próprio de pelve. A pelve é a cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ilíacos), sacro e cóccix; bacia. Ou também é qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
26 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
27 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
28 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
29 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
30 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
31 Laparotomia: Incisão cirúrgica da parede abdominal utilizada com fins exploratórios ou terapêuticos.
32 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
33 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
34 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
35 Histerectomia: Cirurgia através da qual se extrai o útero. Pode ser realizada mediante a presença de tumores ou hemorragias incontroláveis por outras formas. Quando se acrescenta à retirada dos ovários e trompas de Falópio (tubas uterinas) a esta cirurgia, denomina-se anexo-histerectomia.
36 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
37 Omento: Na anatomia geral, é a dobra do peritônio, antigamente denominado de epíploon ou epíploo.
38 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
39 Linfonodos: Gânglios ou nodos linfáticos.
40 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
41 Cavidade Abdominal: Região do abdome que se estende do DIAFRAGMA torácico até o plano da abertura superior da pelve (passagem pélvica). A cavidade abdominal contém o PERiTÔNIO e as VÍSCERAS abdominais, assim como, o espaço extraperitoneal que inclui o ESPAÇO RETROPERITONEAL.
42 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
43 Sobrevivência: 1. Ato ou efeito de sobreviver, de continuar a viver ou a existir. 2. Característica, condição ou virtude daquele ou daquilo que subsiste a um outro. Condição ou qualidade de quem ainda vive após a morte de outra pessoa. 3. Sequência ininterrupta de algo; o que subsiste de (alguma coisa remota no tempo); continuidade, persistência, duração.
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