Diarreia: cuidados úteis em casos de diarreia
O que são diarreias?
As diarreias consistem no aumento do número de evacuações, geralmente com fezes amolecidas, de consistência pastosa ou líquida. As diarreias podem ser classificadas em aguda (quando dura até 14 dias), persistente (duração superior a 14 dias) e crônica (quando ultrapassa três semanas).
Quais são as causas das diarreias?
As diarreias podem ter causas infecciosas (vírus1 ou bactérias), parasitárias, alérgicas, medicamentosas ou inflamatórias intestinais. Diarreias episódicas e passageiras podem ocorrer por excesso de ingestão de gordura2 ou de outras substâncias não absorvíveis.
Quais são os sinais3 e sintomas4 das diarreias?
O sinal5 capital de uma diarreia6 é o número aumentado de evacuações de consistência amolecida, pastosa ou mesmo líquida.
Nas diarreias por infecção7, geralmente as fezes assumem um odor fétido e normalmente há febre8, perda de energia e do apetite. Se a causa da diarreia6 for um vírus1, pode também haver cãibras, náuseas9, vômitos10, dor de cabeça11 e febre8. Algumas diarreias acompanham-se de cólicas12, mais ou menos intensas. Menos frequentemente pode haver a presença de pus13 ou de sangue14 nas fezes.
Uma diarreia6 pode conduzir à desidratação15, devido à perda acentuada de água e sais minerais, o que é acentuado pela presença frequente de vômitos10. A desidratação15 pode provocar olhos16 encovados, rachadura dos lábios, secura da boca17 e da pele18, saliva espessa, sede excessiva, pulso fino, letargia19, depressão sensorial, sonolência e confusão mental, na dependência da sua intensidade.
Nas crianças, pode-se observar que a fralda fica seca por mais de três horas e que há um intervalo de mais de seis horas sem urinar, bem como fraqueza geral, choro fraco, irritabilidade e indisposição para brincar.
Como o médico diagnostica as diarreias?
Grande número de diarreias não chega a demandar intervenção médica. No entanto, quando elas são mais intensas e duradouras ou quando se acompanham de determinados sintomas4 como cólicas12, vômitos10 intensos e desidratação15, o médico se valerá dos relatos do paciente sobre a duração da diarreia6, a frequência e o volume das evacuações, o odor das fezes, o aspecto e cor delas, a presença ou não de muco, pus13 ou sangue14, etc.
Quais são as recomendações e os cuidados úteis em caso de diarreia6?
- Beber 2 a 3 litros de líquidos por dia. Repor a perda de sódio e potássio com soro20 caseiro.
- Preferir arroz, caldos de carne magra, bananas, maçãs e torradas.
- Evitar saladas, bagaço de frutas e fibras.
- Chás de camomila, erva-doce e hortelã podem ajudar a aliviar os sintomas4 e melhoram a hidratação. Evite café, leite, sucos de frutas e álcool.
- Evitar alimentos com alto teor de gordura2 (frituras, carnes, embutidos, chocolate, etc.) e açúcar21.
- Não fazer uso de adoçantes à base de sorbitol22.
- Lavar bem as mãos23, especialmente antes das refeições e após cada evacuação.
- Usar copos e utensílios limpos.
- Se precisar, faça gelo com água tratada ou fervida.
- Evitar leite e derivados.
Quando devo procurar um médico quando estou com diarreia6?
Você deve procurar um médico em casos de diarreia6 quando:
- Os sintomas4 não cederem em um ou dois dias.
- Quando há sinais3 de desidratação15.
- Houver presença de sangue14 nas fezes ou se elas adquirirem coloração preta.
- As fezes mostrarem traços evidentes de muco, de pus13 ou de gordura2.
- As evacuações forem repetidas muitas vezes por dia.
- As evacuações se alternarem com crises de prisão de ventre.
Nesses casos, a diarreia6 pode ser uma manifestação de enfermidades que precisam ser diagnosticadas.
Como é o tratamento das diarreias?
O tratamento das diarreias depende da causa. Alguns cuidados com a alimentação são importantes.
No caso dos bebês24, deve-se diminuir a ingestão de leite e oferecer papas com água fervida, a não ser quando o bebê ainda se alimenta exclusivamente de leite materno.
Para as crianças mais velhas e os adultos, são permitidos alimentos sólidos e secos (arroz, batatas, cereais sem açúcar21, etc.), bolachas salgadas e torradas. Alimentos ricos em amido auxiliam na redução do distúrbio (sopa de arroz ou cenoura e canja de galinha). Também podem ser consumidos banana, maçã sem a casca, frango, iogurte, água de coco, etc.
Deve-se evitar frituras, alimentos gordurosos e bebidas muito doces como sucos industrializados e aumentar a ingestão de água.
Na maioria dos casos, o único tratamento necessário é a reposição de líquidos para evitar a desidratação15. Alguns probióticos25 podem proporcionar um alívio sintomático26 e restabelecer o equilíbrio da flora intestinal.
Medicamentos frequentemente usados sem supervisão médica para diminuir os movimentos intestinais não devem ser tomados. Nos casos de diarreias infecciosas eles dificultam ou impedem a eliminação dos microrganismos e das toxinas27 e podem levar ao agravamento e complicação do quadro. O uso de antibióticos pode ser necessário, mas só deve ser iniciado por prescrição médica.
Como evitar a diarreia6?
Alguns cuidados podem ajudar a evitar as diarreias:
- Não beber e não se expor à água não tratada.
- Manter os depósitos de água limpos e bem fechados.
- Não tomar banho em rios, lagoas ou açudes contaminados.
- Lavar bem as mãos23 e os utensílios.
- Executar com cuidados a higiene pessoal.
- Não ingerir alimentos de procedência duvidosa.
- Armazenar os alimentos adequadamente.
- Evitar alimentos sem cozimento.
Como evolui a diarreia6?
Embora possam ser muito incômodas, as diarreias são tratáveis e, em geral, cedem espontaneamente. Uma das piores complicações possíveis de uma diarreia6 é a desidratação15.
Bebês24, crianças pequenas, idosos e pessoas debilitadas tendem a se desidratar com mais facilidade, o que exige cuidados rápidos para a contenção da crise de diarreia6. Uma diarreia6 que não ceda dentro de poucos dias (dois ou três, em geral), é sinal5 de uma doença mais grave.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Mayo Clinic e da Harvard Health Publishing (Harvard Medical School).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.